
A escritora Marina Colasanti – Foto: Reprodução Redes Sociais
Rio – Morreu na madrugada desta terça-feira (28), aos 87 anos, Marina Colasanti, uma das mais importantes escritoras da literatura brasileira contemporânea. Jornalista, contista, tradutora, artista plástica e autora de mais de 70 obras para crianças e adultos, ela faleceu em sua residência, no bairro de Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada, nem o local de sepultamento.
Nascida em Asmara, na antiga colônia italiana da Eritreia, em 26 de setembro de 1937, Marina foi criada em um ambiente repleto de arte. Neta de um crítico de arte, filha e irmã de atores e sobrinha-neta de uma cantora lírica, ela se destacou como escritora multifacetada, transitando com maestria entre gêneros como contos, crônicas, poesia e literatura infantil.
Sua trajetória na imprensa começou em 1962, no Jornal do Brasil, onde trabalhou por 11 anos como redatora, repórter, colunista e cronista. Depois, dedicou-se à editora Abril, ao mesmo tempo em que publicava suas obras literárias.
Reconhecida internacionalmente, Marina traduziu importantes textos da literatura italiana e ilustrou algumas de suas próprias obras, valendo-se de sua formação como artista plástica. Entre seus livros mais conhecidos estão Uma Ideia Toda Azul, Passageira em Trânsito e suas diversas coletâneas de poesia e contos.
Premiada inúmeras vezes, Marina foi sete vezes vencedora do Prêmio Jabuti e, em 2014, conquistou o título de Livro do Ano de Ficção. Em 2023, tornou-se a primeira mulher a receber o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, um dos mais prestigiosos reconhecimentos da literatura brasileira. Ela deixa o marido, o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna, e uma filha, a atriz e roteirista Alessandra Colasanti.