O bicho pega novamente nos cinemas

by Diário do Vale
Descoberta: A nave Covenant chega a um novo mundo

Descoberta: A nave Covenant chega a um novo mundo

Aqueles bichos babões, criados em 1979 pelo cineasta Ridley Scott e o roteirista Dan O’ Bannon, estão de volta aos cinemas. “Alien: Covenant” é o segundo filme de uma nova trilogia iniciada em 2015 com “Prometheus”, do mesmo diretor. O filme mostra o que aconteceu com a única sobrevivente da expedição da nave Prometheus, e revela a origem dos monstros que atormentam os viajantes espaciais.

Hoje em dia não é costume traduzir os títulos dos filmes. “Covenant” é uma palavra inglesa que significa acordo, pacto. E é o nome da principal nave espacial deste episódio dois. Nos filmes do Ridley Scott o nome das espaçonaves tem sempre uma ligação com a história. A nova aventura começa com um prólogo a bordo da nave alienígena tripulada pela humana Elisabeth Shaw (Noomi Rapace) e pelo androide Dave (Michael Fassbender). Shaw quer alcançar o planeta dos Engenheiros, os seres que criaram a humanidade, para saber porque eles odeiam os humanos.

Com muita paciência ela conserta o androide, que tinha perdido a cabeça no final do filme anterior. Depois é colocada em um casulo de hibernação, já que no universo do Alien as viagens espaciais levam anos. Em seguida a história salta uma década no futuro para dentro de uma nave espacial dos humanos. A Covenant é uma nave colonizadora de desenho linear, que procura um novo lar para a humanidade nos recantos mais remotos de nossa galáxia.

Saindo da hibernação a mocinha Daniels (Katherine Wateston) e seus colegas Oram (Billy Crudup) e Tennesse (Danny McBride) descobrem um planeta paradisíaco, com atmosfera e gravidade iguais aos da Terra. Parece o lugar perfeito para iniciar uma nova colônia e a espaçonave desce em meio a uma paisagem de montanhas enevoadas, bosques e cascatas.

A equipe de colonizadores, formada por vários casais jovens, começa a explorar esse paraíso celeste. Mas o paraíso logo vira um inferno. Aparentemente aquele mundo selvagem já foi o lar da civilização dos Engenheiros. Seres que manipulavam os genes para criar armas biológicas. Foram eles que produziram os xenomorfos e, por acidente, os seres humanos. Mas alguma coisa saiu errado, sua civilização foi destruída e o planeta voltou a um estado selvagem.

O filme tem os sustos habituais, com os xenomorfos caçando os humanos um por um, como é modelo na série. As plateias adoram e os filmes da série Alien têm sido um sucesso de bilheteria há quatro décadas. O primeiro filme, “Alien, o Oitavo Passageiro” fez a fama do Ridley Scott em 1979. O segundo “Aliens” foi dirigido em 1986 por ninguém menos do que o James Cameron (Titanic, Avatar). A série continuou ao longo das décadas de 1990 e 2000, sempre com um diretor diferente no comando. Ridley Scott conta que só viu o segundo, do James Cameron, e o terceiro, que ele detestou. Foi a partir de sua rejeição ao “Alien 3” que o diretor começou a conceber esta segunda trilogia.

Um fã da série, que também detesta o Alien 3, é o cineasta sul-africano Neil Blomkamp. Há três anos Blomkamp propôs à Fox uma nova série sobre o monstro espacial ignorando os Aliens 3 e 4 e retomando a história a partir do filme do James Cameron. Blomkamp chegou a escrever o roteiro que teve a aprovação da atriz Sigourney Weaver, estrela dos três primeiros Aliens. O estúdio gostou da ideia, mas o projeto foi engavetado para dar lugar a trilogia do Prometheus.

Filmes sobre monstros espaciais, como os xenomorfos do Alien, são um reflexo do medo que os seres humanos sentem diante do desconhecido. Vivemos uma época de descobertas no espaço, quando novos mundos são descobertos em grande quantidade. Mas não sabemos se existe vida lá em cima, e se ela será hostil ou hospitaleira. E o cinema é um reflexo de nossas esperanças e temores.

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Por Jorge Luiz Calife

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2 comments

rico 12 de maio de 2017, 12:33h - 12:33

Deveriam trazer um desses e soltar lá no congresso nacional no momento da votação da reforma previdenciária!

Anderson 12 de maio de 2017, 09:33h - 09:33

Mais um bom lançamento de 2017. Estou muito curioso para saber mais sobre a civilização​ dos engenheiros e o que aconteceu com o andróide David após os acontecimentos de Prometheus.

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