O futuro que não deu certo

by Diário do Vale

O ano de 2018 está chegando e continuamos vivendo no passado. Presos em engarrafamentos de trânsito e viajando em veículos lentos que levam horas para chegar a qualquer lugar. Não é o futuro que nos prometeram no século passado. O que aconteceu com aquele mundo de carros voadores e viagens à Lua dos Jetsons e outros filmes futuristas? Algumas daquelas promessas para o futuro se revelaram equivocadas ou, simplesmente, vão levar algum tempo para acontecer. O problema são obstáculos que os futurólogos do século passado não conseguiram prever.

É o caso dos navios voadores. Nos anos de 1960 os engenheiros navais achavam que o século XXI seria dominado pelos chamados aerobarcos. Que cruzariam os oceanos com velocidade de quase 200 quilômetros horários. Esses veículos são de dois tipos, os chamados hidrofolios e os hovercraft, ou veículos de efeito de superfície. Na década de 1970 a Marinha dos Estados Unidos iniciou o projeto de um porta-aviões hovercraft, o SES. A ilustração do conceito chegou a ser usada na primeira edição brasileira do jogo War.

O problema que os aerobarcos não funcionam bem em mar aberto, onde as ondas podem passar dos três metros de altura. O que impediu o uso dessa tecnologia para travessias oceânicas. Todavia, nas águas tranquilas de baías e rios, os aerobarcos são uma realidade. No Rio de Janeiro um serviço de transporte por aerobarcos, entre Rio, Niterói e a Ilha de Paquetá começou a funcionar na década de 1970. Na Europa eles podem ser vistos nos rios da Rússia e outros países.

Os carros voadores são outra promessa que ainda não chegou. A empresa Uber, que administra um serviço de táxis em vários países, lançou seu projeto de carro voador este ano. Todavia, o aerocarro da Uber não passa de um helicóptero sofisticado. Mais próximo dos Spinners do Blade Runner é o Skyraider X-2R da Macro Industries,  que ainda não passou da fase de protótipo. Estima-se que quando estiver voando ele vai custar entre 500 mil e um milhão de dólares!

Projeto: O Elevate da Uber parece um helicóptero

Projeto: O Elevate da Uber parece um helicóptero

Sonho futurista

Outro sonho futurista do século passado é o turismo no espaço. Em 1955 os visitantes do parque temático Disneylândia, na Califórnia, já podiam embarcar em um foguete da extinta empresa TWA e simular uma viagem à Lua. Esse sonho pode se tornar realidade na próxima década com o projeto do foguete BFR do empresário Elon Musk. Que promete uma frota de foguetes levando pessoas através do mundo em viagens de 40 minutos de duração. O problema é a poluição que uma frota de naves hipersônicas desse tipo poderia provocar.

Bem melhor eram os discos voadores dos Jetsons. Silenciosos e movidos a antigravidade eles poderiam levar a família do futuro para um fim de semana na Lua. Infelizmente, a antigravidade ainda é um sonho dos escritores de ficção científica.

Mais fácil de realizar é o tubo-trem, que transporta passageiros dentro de cápsulas que circulam em alta-velocidade dentro de tubos. Esta é outra fantasia futurista que o empresário Elon Musk sonha em realizar já na próxima década.  Seu tubo-trem se chama Hyperloop e ainda se encontra no estágio inicial de desenvolvimento. A vantagem sobre os trens convencionais é que os vagões se movem dentro de um tubo contendo vácuo. E assim podem atingir velocidades de 900 quilômetros horários. Pelos planos da Space X a primeira linha pode começar a operar em 2025. Não aqui no Brasil, claro, mas lá nos Estados Unidos ou no Canadá.

Fracasso: O porta-aviões voador não deu certo
Hyperloop: O tubo-trem do empresário Elon Musk
Sonho: A viagem à Lua da Disneylândia

 

Por Jorge Luiz Calife

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3 comments

الفتح - الوغد 13 de dezembro de 2017, 07:56h - 07:56

Os transportes não evoluíram muito, os motores são basicamente os mesmos de 100 anos atrás. A grande revolução deu-se no campo da eletrônica (diz-se que engenharia reversa adquirida de naves áliens, enfim) e tudo o que a ela se associa… Aqueles dispositivos portáteis, que nos filmes e desenhos animados transmitiam imagem e som em tempo real, eram considerados realidades distantes ainda nos anos 80. Vc tem um desses em seu bolso, agora!…

Anderson 12 de dezembro de 2017, 21:51h - 21:51

Grande parte dos sonhos da ficção científica serão realizados pelas próximas gerações, em especial a conquista do espaço. Se não nós destruímos antes, claro!

os ignorantes existem! 11 de dezembro de 2017, 17:34h - 17:34

porque existe a tal política para atrasar o progresso da humanidade, recursos preciosos poderiam ser melhor gasto com pesquisa, um problema deste planeta. Enquanto isso ficamos a mercê de tecnologias do século passado, mesmo lançando qualquer coisa que se dizem modernas.

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