O palhaço assassino e a animação brasileira

“It – A Coisa” é mais uma adaptação dos livros de terror do escritor Stephen King. Há 15 dias tivemos “A Torre Negra”, e agora é a história de um palhaço assassino que persegue as crianças em uma cidade do interior. O livro já tinha virado uma minissérie de TV, agora o diretor Andy Muschietti trabalhou com orçamento de superprodução, criando um clima que lembra as antigas produções do Steven Spielberg como “Os Goonies” sobre crianças em apuros. O elenco é todo formado por jovens atores e com Bill Skarsgard no papel do monstro.

Stephen King ficou famoso e ganhou rios de dinheiro escrevendo histórias de terror ambientadas na sociedade americana moderna. Geralmente suas tramas envolvem cidades pequenas, do interior, ou lugares isolados, como o hotel assombrado do “Iluminado”. Os livros de King são cheios de citações a cultura popular moderna e por isso provocam a empatia dos leitores, que se identificam com os personagens.

A ideia de um palhaço assassino é antiga, e já foi tema de outros filmes. Afinal, muitas crianças têm medo de palhaços e pessoas fantasiadas e essas histórias se nutrem desse tipo de medo. Durante as filmagens de “A Coisa” o ator Bill Skarsgard teve que fazer uma cena diante de um grupo de crianças e sua atuação foi tão convincente que assustou de verdade os pequenos. A criançada começou a chorar de verdade e o ator teve que pedir desculpas pelo susto que deu nelas.

Animação

Quem procura uma diversão mais amena e menos sinistra pode conferir o longa de animação “Lino – Uma Aventura de Sete Vidas”. Um desenho animado genuinamente brasileiro, que teve a direção de Rafael Ribas e as vozes do Selton Mello, da Dira Paes e da Paolla Oliveira. Lino é um rapaz azarado, que anima festas infantis usando uma fantasia de gato. Ele não tem amigos, vive endividado, e sofre com as crianças hiperativas que o maltratam durante as festas. Tentando mudar de vida ele consulta um feiticeiro e acaba preso dentro da fantasia, transformando-se em uma criatura meio humana e meio felina.  A animação foi feita com computação gráfica e tem uma trama bem brasileira, diferente dos produtos estrangeiros.

Nacional

“Polícia Federal: A Lei É para Todos” teve pré-estreia na semana passada e agora entra em cartaz no circuitão. É o primeiro filme inspirado na famosa Operação Lava Jato, que abalou e continua abalando o cenário político brasileiro. Marcelo Serrado é o juiz Sergio Moro e o filme vai até a condução coercitiva do Lula pela polícia federal. A direção é do Marcelo Antunez e o elenco conta ainda com a Flavia Alessandra e o Antonio Calloni.

O título do filme provocou muita discussão na internet, principalmente pelo subtítulo “a lei é para todos”. Como disse um internauta, “a lei é para todos, menos Temer, Aécio, Joesley, a mulher do Eduardo Cunha, a irmã do Aécio Neves e etc”. O que revela o problema de se lidar com uma operação real que ainda não chegou ao seu desfecho. E que divide os brasileiros, com os admiradores do ex-presidente Lula achando que a operação é uma perseguição política. Talvez, se o filme tiver uma parte dois, todos fiquem satisfeitos.

Gacemss

No Cine Gacemss tem o remake do filme “O Estranho que Nós Amamos”. O original é de 1971 e tinha o Clint Eastwood no papel principal. Desta vez a direção é da Sofia Copolla e o elenco inclui a Nicole Kidman, a Kirsten Dunst e a Elle Fanning. A história se passa durante a Guerra Civil Americana, quando um soldado da União, ferido em combate, procura refúgio em uma escola para moças da Virginia, território inimigo dos confederados. Desta vez é o Colin Farrel que faz o papel do machão prisioneiro entre as mulheres. Sua presença provoca ciúmes e rivalidades que culminam em uma série de traições.

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Por Jorge Luiz Calife

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