
Pioneiro: Uma reportagem no espaço sideral
O cineasta italiano, Antonio Margheritti tinha passado sua juventude lendo livros de ficção científica. Em 1960 ele recebeu uma proposta irrecusável: Rodar um filme futurista, passado no espaço sideral, com um orçamento mínimo de alguns milhares de dólares. O cineasta não perdeu a oportunidade, correu para a loja de brinquedos mais próxima e comprou modelos de naves e estações espaciais. Depois reuniu um elenco de atores desconhecidos e montou os cenários dos foguetes e satélites nos estúdios de Cinecitta, em Roma.
O resultado é um filme que inspirou até o Stanley Kubrick, que consultou Margheritti antes de filmar sua obra prima, “2001: Uma odisseia no espaço”. O roteiro, de Ennio de Concini introduz várias ideias que apareciam depois em filmes mais caros. O uso da hibernação para permitir viagens de longa duração, a nave controlada por um computador que ameaça destruir os seres humanos, a vida a bordo de uma estação espacial.
Rik Van Nutter (Que trabalharia na serie James Bond) é o repórter Ray Peterson, do jornal Interplanetary News (Notícias Interplanetárias) de Nova York. Ele recebe a missão de viajar até uma estação espacial internacional onde deverá produzir uma reportagem sobre a vida dos “homens do espaço”. No satélite tripulado (Feito com um modelo para montar da empresa Revell), Ray conhece a bela Lucy (Gaby Farinon) e forma um triângulo amoroso com o comandante George (Dave Montressor).
A disputa dos dois homens pelo amor de Lucy fica em segundo plano quando uma catástrofe ameaça atingir o planeta Terra. Uma nave fotônica, a Alfa 2, ficou desgovernada depois que o computador de bordo se descontrolou e matou o piloto em hibernação. Se Alfa 2 colidir com a Terra será o fim da humanidade. Assim nossos heróis partem no foguete Bz-88 para interceptar a nave renegada e salvar o mundo.
Embora tenham nomes americanos, os personagens se comportam como italianos, que mal conseguem controlar suas emoções. Um marco da ficção científica no cinema, “Destino: Espaço Sideral” está disponível em DVD e também pode ser visto de graça, no Youtube, em copia com as cores restauradas.
Por: Jorge Luiz Calife – [email protected]