Os dinossauros estão de volta, agora em terceira dimensão. “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros” ignora as duas continuações do primeiro filme, aquele que iniciou a dinomania em 1993. A história se passa vinte e dois anos depois, quando o Parque dos Dinossauros imaginado pelo milionário John Hammond é finalmente inaugurado. Além dos tiranossauros e velociraptors do primeiro filme a nova versão tem um réptil pré-histórico aquático, um tilossauro e um dinossauro híbrido, que inicia a confusão toda.
Quem já viu um filme da franquia já sabe o que esperar. As pessoas vão para uma ilha na Costa Rica para se divertir com dinossauros recriados pela engenharia genética. Os bichos fogem ao controle e começam a comer todo mundo. Um intrépido herói tenta salvar a mocinha e as crianças de virarem sobremesa de tiranossauro. A direção de “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros” é do Colin Trevorrow e o roteiro foi escrito por um comitê de cinco pessoas, a partir de uma sugestão do diretor Steven Spielberg.
A ideia foi criada pelo falecido escritor de ficção científica Michael Crichton. Crichton escreveu uma série de livros sobre os perigos de novas tecnologias. Em suas histórias uma invenção ou projeto fugia ao controle de seus criadores e o desastre era inevitável. Em Jurassic Park o escritor juntou a ideia da engenharia genética com o sonho de dinossauros vivos em nossa época. Um conceito criado pelo escritor britânico Conan Doyle no início do século XX.
Doyle imaginou dinossauros vivendo em um planalto perto do monte Roraima, no norte do Brasil. Crichton foi além e povoou a isla Nublar, na Costa Rica, com dinossauros criados por uma tecnologia de reconstituição do DNA.
Na história original John Hammond está prestes a inaugurar seu Parque Jurássico quando os velociraptors escapam e começam a exterminar os funcionários do Parque. Agora a atração turística está funcionando e cheia de gente. Sentindo que os antigos dinossauros não entusiasmam mais o público e a Corporação que dirige o Parque mistura o DNA dos tiranossauros para criar uma nova espécie. Mais agressiva e inteligente. E o resultado é totalmente previsível.
O filme brinca com o Tubarão, o primeiro sucesso do Steven Spielberg. No Mundo Jurássico tubarões são usados para alimentar o Tilossauro. Além dos dinossauros o elenco é totalmente novo. Chris Pratt é o novo herói e a bonita Bryce Dallas Howard é a nova diretora do parque. Ela foi a Gwen Stacy no terceiro filme do Homem Aranha, aquele do Sandman. Spielberg chegou a convidar o Harrison Ford para participar deste filme, mas o ator não ficou satisfeito com o último Indiana Jones, aquele da caveira de Cristal e preferiu participar do episódio sete do Guerra nas Estrelas. Uma decisão sábia já que os verdadeiros astros em um filme desse tipo são os dinos de computação gráfica.
Para os atores o filme não exige muito. Em uma entrevista na televisão Bryce Dallas mostrou o que é preciso fazer quando a bicharada ataca. Dar um daqueles gritos agudos e estridentes de mocinha em pânico.
Em 1993 “Parque Jurássico” foi uma revolução nos efeitos especiais, com as primeiras criaturas convincentes criadas por computação gráfica. Agora, depois de filmes como “Avatar”, a tecnologia está plenamente desenvolvida, e os monstros ainda podem saltar da tela em terceira dimensão. Para a garotada, que adora dinossauros o filme é perfeito. Não importa se a ideia original não é mais novidade. Afinal, até a TV Globo já mostrou a Adriana Esteves sendo perseguida por dinossauros em uma novela das sete, que tentava copiar esse tipo de filme.
O fato é que o apetite dos dinos afugentou os concorrentes. E não há outras estreias esta semana. Preparem-se para gritar que nem a Bryce Dallas.
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