O cérebro humano já foi chamado de “hardware molhado”. Pesando poucas gramas e ocupando um espaço menor do que uma caixa de sapatos ele é mais poderoso do que qualquer computador existente atualmente. Ainda hoje o cérebro humano não sabe tudo o que devia saber sobre ele mesmo, mas progredimos muito, graças ao trabalho dos neurocirurgiões e dos neurocientistas.
“O duelo dos neurocirurgiões” é o mais recente lançamento da série científica da editora Zahar. Escrito pelo jornalista científico Sam Kean o livro mostra a história da neurociência. Aquele ramo da Medicina e da Fisiologia que tenta descobrir o que acontece dentro das nossas cabeças.
É uma história cheia de lances bizarros que daria um filme. Ela envolveu cientistas loucos, criminosos dementes, gênios indecisos e almas atormentadas. Keam explica como o nosso conhecimento sobre o cérebro foi crescendo à medida que os médicos investigavam casos bizarros. Pacientes dignos de um episódio do seriado do doutor House na televisão. Houve acidentados que desenvolveram membros fantasmas, pessoas que enxergavam com a língua, vírus comendo as memórias dos pacientes e cérebros de gêmeas siamesas em uma aparente comunhão.
A história começou no século XVI e continua nos dias de hoje. Quando os cientistas já conseguem fotografar os campos elétricos responsáveis pelas nossas emoções. Já sabemos mais ou menos como o cérebro funciona, mas não sabemos como ele cria aquilo que chamamos de consciência. Aquilo que o filósofo definiu como “penso, logo existo”.
Tentamos reproduzir o funcionamento do cérebro em nossos computadores. Mas ainda não criamos uma máquina capaz de pensar e ter consciência própria, como nossos cérebros. Há quem ache que isso é impossível. Mas a busca prossegue.
“O duelo dos neurocirurgiões” tem tradução de Maria Luiz A. Borges, 408 páginas e custa em torno dos R$ 70.
História: A busca do cérebro pelo autoconhecimento
Por Jorge Luiz Calife
(24) 99926-5051 – Jornalismo
1 comment
Ótima dica, irei comprá-lo.
Comments are closed.