Performance ‘Orí’ será apresentada dias 11 e 12 de setembro em Resende, no Espaço Z

by Diário do Vale
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Espetáculo: ‘Orí’ é uma performance solo de Calé Miranda (Foto: Divulgação)

Depois de dois anos circulando pelo Brasil, Europa e América Latina, “Orí” volta a Resende para apenas duas apresentações. “Orí” é uma performance solo de Calé Miranda e Cia. Da Ação!, criada por encomenda para estrear no “VI Festival Barcelona en butoh”, em 2013. A palavra “Orí” significa cabeça em Yorubá, língua pan-africana, e é utilizada para designar os três Orixás protetores da cabeça do iniciado nas religiões afro-brasileiras.
A performance mimetiza os elementos que sintetizam os três Orixás do Orí de Calé Miranda: Xangô – o fogo; Iemanjá – os mares; e Oxalá – o ar.
Desde 2006 Calé é dedicado à dança butoh (dança pós-moderna japonesa), onde estudou com diversos mestres entre eles Yoshito Ohno, filho de Kazuo Ohno, o criador do butoh, e bailarino de Kinjiki, espetáculo seminal apontado como a primeira performance de butoh na história. Em sua dança Calé faz uma fusão entre a dança butoh e as danças de matrizes afro-brasileiras, a qual chama “afro-butoh”. Ele conta que a dança butoh trata de ancestralidade, memória, mitologia e dança pessoal, logo o “seu” butoh não poderia passar ao largo da herança cultural gravada em sua memória e seu corpo. Segundo Calé, o butoh só existe quando seu corpo percebe seu próprio movimento e toda a mitologia pessoal impressa nele mesmo.

Ficha técnica

Intérprete-criador: Calé Miranda
Música original: Vimal Keerti
Figurino: Carla Biolchini
Iluminação: Calé Miranda
Assistência de iluminação: Eliza Moreira
Supervisão jinen butoh: Atsushi Takenouchi
Supervisão cultura afro-brasileira: Eleonora Ignez
Fotografia: Marco Netto
Design Gráfico: Gisele Ferreira
Produção: Cia. Da Ação!

O que é butoh

Butoh foi criado por Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata, no Japão, no final da década de 50 sob forte impacto da bomba atômica. Após sofrer tamanho trauma os japoneses começaram a procurar na arte uma forma de expressar seus sentimentos contemporâneos já que as artes tradicionais japonesas, como o kabuki e o Nô, não eram suficientes para tal. Influenciados pela nova dança e pelo cinema expressionista alemão, por autores contemporâneos como Mishima, Artaud e Pasolini, Hijikata e Kazuo Ohno, os criadores procuraram encontrar a dança interior de seus corpos.
Para o butoísta toda dança está contida no interior do corpo, o movimento que se vê é apenas o que vazou para fora desta dança presa nas sombras do intérprete.
Apesar de confrontar a forma tradicional de arte (no Japão ou no mundo), o butoh é extremamente ligado às raízes do intérprete, à sua ancestralidade, sua mitologia pessoal. Diz-se, portanto, que butoh é uma dança pessoal e cada um tem sua forma de dançá-lo.

Serviço

‘Orí’ será apresentado no Espaço Z, na Avenida Gustavo Jardim, s/nº, no Centro, ao lado da Rodoviária Velha, em Resende, nos dias 11 e 12 de setembro, às 20h. Os ingressos custarão R$ 20 e R$ 10 e podem ser adquiridos no próprio local a partir das 18h nos dias de apresentação. Mais informações pelo telefone (24) 981118432.

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