Por dentro dos cenários do cinema

by Diário do Vale
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Ícone: O interior do Milleniun Falcon no ‘Incredible Crossections’
(Foto: Divulgação)

Uma das coisas que distinguem o cinema do teatro é os cenários grandiosos. Desde 1916 quando D.W. Griffith ergueu uma réplica da Babilônia nos estúdios de Hollywood que os diretores não pararam de criar mundos fantásticos nos estúdios. Nenhum palco de ópera jamais vai superar a centrífuga de “2001: Uma Odisseia no Espaço” ou o base secreta da Spectre, dentro da cratera de um vulcão, criada para o filme “Com 007 só se Vive Duas Vezes”. Agora, os detalhes desses cenários podem ser conferidos em uma série de livros, publicados pelas editoras inglesas. Livros que podem ser encomendados pela internet.
Hoje em dia quase tudo é feito por computação gráfica. Mas no século passado não era assim. Os filmes da série James Bond, por exemplo, exigiram a criação de um palco com 5.500 metros quadrados nos estúdios de Pinewood, em Londres. Com 114 metros de comprimento por 48 de largura e um tanque de água com 91 metros por 22 esse estúdio gigantesco aloja as bases secretas dos vilões do James Bond e também foi lá que construíram a fortaleza da solidão do Superman, aquele palácio de cristal dos filmes do Christopher Reeve.
A única exceção foi à estação espacial do vilão Hugo Drax, no filme “007 Contra o Foguete da Morte”. Ela foi montada em Paris, no Épinay Studios. Um livro interessante, que deixa o leitor passear por esses cenários do 007 é “James Bond – The Secret World of 007” de Alastair Dougall, editado pela Dorling Kindersley inglesa. Ele tem desenhos detalhados de todas essas bases secretas e de vários veículos como o iate Disco Volante do filme “Chantagem Atômica” e o navio invisível ao radar de “O amanhã nunca morre”.
O “Palco 007” só era comparável ao dos estúdios da MGM, em Borahan Wood, também na periferia de Londres. Um estúdio que foi sucateado no final dos anos 70 e não existe mais. Foi lá que Stanley Kubrick montou um dos cenários mais fantásticos da história da sétima arte. A centrífuga da nave Discovery para o épico “2001: Uma Odisseia no Espaço”. Com doze metros de diâmetro e dez de largura a centrífuga pesava 30 toneladas e foi projetada pela empresa de engenharia aeronáutica Vickers Armstrong. O objetivo era mostrar como seria possível criar um ambiente de gravidade artificial a bordo das naves interplanetárias do futuro.
Fotos e detalhes sobre os cenários de 2001 podem ser encontrados nos livros de Piers Bizoni, como “Filming the Future” (Filmando o futuro) e “The Making of 2001” (A criação do 2001) do qual reproduzimos o diagrama da Discovery aí ao lado. Outra série de filmes que criou um universo fantástico foi “Guerra nas Estrelas”. Para o episódio sete de Star Wars foi criada uma réplica em tamanho natural da nave “Milleniun Falcon”. Construída dentro de um hangar da base aérea de Greenahm  Comom, em Berkshire ela mostra que nem tudo pode ser feito com computação o gráfica hoje em dia. “Star Wars – O Despertar da Força” também está usando os enormes palcos de Pinewood, que ficam perto da base aérea.
Lembra da editora DK, aquela do livro sobre o James Bond aí em cima? Ela também tem uma série de livros sobre Guerra nas Estrelas, os “Incredible Crossections” que detalham todo aquele universo de uma galáxia muito, muito distante. Nos livros você pode conhecer todas as cabines da Millenium Falcon, entrar dentro de um daqueles andadores ou da Estrela da Morte do imperador Palpatine. Livros como estes estabelecem uma ponte entre a arte gráfica e a arte cinematográfica. A pessoa vê o filme para curtir a ação e a história e depois mergulha nos detalhes da cenografia reproduzidos a cores nas páginas coloridas dos livros.
Infelizmente as editoras brasileiras não investem nesse segmento. Eles acham que são livros caros que só interessam a um público restrito de apaixonados por cinema. Mas não tem problema, eles estão disponíveis na rede. E alguns podem até ser baixados de graça, em pdf.

Por Jorge Luiz Calife
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