Depois de discos promocionais, um disco infantil em grupo e projetos paralelos, O CD “Invisível” foi esperado por anos e, é o primeiro disco solo da cantora e compositora Sara Bentes. Entre a MPB e o pop, o disco não se define facilmente, traz a versatilidade peculiar de Sara, mas sem perder a identidade de um som elegante e alto astral, com suas doses de molecagem e ousadia.
– É, um disco que é bom para sentir, bom para pensar, bom para dançar, bom para só ouvir – define a própria artista.
O primeiro lançamento, online, acontece hoje, no Itunes e demais sites oficiais de venda de música. Sara tem buscado apoios para os shows de lançamento que estão sendo programados. Tanto o CD quanto o mp3 poderão também ser adquiridos pelo link (www.sarabentes.com.br/page/loja/).
O novo álbum traz na ficha técnica nomes de peso como os do saxofonista Josué Lopes, do guitarrista Fernando Caneca, do arranjador e saxofonista Marcelo Martins e do trompetista Jessé Sadoc. O “Invisível” nos brinda com uma canção do Marcelo Camelo, uma parceria de Sara com o maestro italiano Giovanni Allevi, outra com o rapper paulistano Billy Saga e outra com o guitarrista Júlio Ribeiro, além de sete composições assinadas somente pela cantora, que assina também, ao lado do compositor multi-instrumentista Luiz Otávio, a produção musical.
A diversidade temática e instrumental, os criativos arranjos vocais e arranjos de cordas da Sara, os instrumentos acústicos em contraponto com a presença sutil de batidas eletrônicas aqui ou ali, canções melodiosas e uma interpretação vocal dinâmica e cheia de emoção, dentre outras surpresinhas, já dão a dica do sabor que o disco deixa na razão e no coração.
Trechos do CD
Versos como “Cada dia, minha história, compondo o quebra-cabeça do infinito quadro que sou eu”, de “Todo dia”, faixa que abre o CD e que já chega com um solo de guitarra cantado junto pela voz de Sara, ou como “Espera, espera, eu chego aí pra gente cantar no banco de uma praça fria; choro uma nota, chora a outra, e nosso pranto vira melodia”, do primeiro single do disco, a faixa “Pra te ver dançar”, ou como “Quero entender o que pensa você, diz minha onda telepática que acabou de passar por aí e você nem viu, tava aí, já tá aqui, olha agora, já passou…”, do pop-rock “Invisível”, faixa que dá o nome ao disco, ou como “Canção que toca no teu peito eu quero ouvir, pra ver se cabe o meu canto de amor aí”, da romântica “Acolhendo”, que esbanja paixão no solo de sax do Josué Lopes, ou como “Se eu posso enxergar além de imagens, luz e cor, me faz voltar à casa uma música de amor, que me afaga o peito e depois já quer voar, então canto e mais forte ela retornará”, de “Back to life (Voltar à casa)”, uma das faixas que traz um intenso diálogo entre piano acústico e quarteto de cordas, e como “Perfume que te alegra lembrando alguém, é quem te faz rir às 6 da manhã, parceria em que não se sabe mais que nota é de quem, em tudo que for melhor ou tão bonito, eu acredito”, da faixa “Acredito”, que fecha o trabalho no mesmo tom positivista do início, traduzem bem toda a poesia provocante e revigorante de Sara e a alma do novo trabalho. Uma produção independente, o projeto traz ainda como destaque o samba “Choro sara”, o baião “O mundo fala”, ambas composições premiadas da artista, e, é claro, a própria voz da Sara, uma intérprete premiada no Brasil e no exterior e que carrega na bagagem atuações no teatro, na literatura e no circo. Sobre o título, “Invisível”, a autora declara.
– Quis que este trabalho nos remetesse a algo muito bom, já que o melhor que há no mundo e nas pessoas é invisível – fala.
Sara na Tailândia
As experiências vivenciadas nessa aventura estão sendo escritas
pela cantora e o relato pode virar um livro
Depois de já ter levado nossa música brasileira para os Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Argentina. Sara agora soltou a voz e levou as mensagens de suas canções para o outro lado do planeta e se apresentou na Tailândia. Concorrendo com músicos de todo o mundo, Sara foi selecionada, ao lado de artistas da Suécia, Indonésia, Camboja, Laus, Itália, Quênia e outros, para participar do “The III Thailand International Blind Music Festival – rhythm and blind”, e foi à única representante do nosso país. Promovido pela Tahiland Association of the Blind – TAB, o festival aconteceu em três etapas: a primeira na capital Bangkok, a segunda em Phuket e a terceira em Chiang Mai, onde Sara se apresentou, nos dias 13 e 14 de fevereiro. Os dois shows aconteceram ao ar livre, em um parque público, e Sara, acompanhada pela banda tailandesa Jazz Bacanus, formada por grandes apreciadores da música brasileira, interpretou algumas de suas composições e algumas das mais conhecidas canções brasileiras em todo o mundo. Para Sara, a participação no festival e os shows na Tailândia representam uma experiência muito particular, já que ela viajou sozinha. Por problemas de patrocínio, o festival não conseguiu bancar as passagens de um acompanhante para a cantora, que decidiu encarar o desafio mesmo assim, sem nenhum conhecido no país distante.
2 comments
é isso! prata (ou ouro) da casa, da cidade de volta redonda!
cantora, compositora, arranjadora.
parabéns, sara, parabéns, volta redonda!
Muito bom! A Sara Bentes canta muito e tem uma voz para colocar muitos cantores no bolso. E o melhor: ela é voltaredondense! Ela não merece ser taxada de ÊTA POVINHO
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