Vin Diesel vira imortal e enfrenta as bruxas malvadas

by Diário do Vale
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Perigo: Vin Diesel é o exterminador de Bruxas (Fotos: Divulgação)

Vin Diesel é um ator que gosta de variar bastante em seus papéis. Ele ficou conhecido com a série “Velozes e Furiosos”, bancou o James Bond em “Triplo X” e namorou a ficção científica na trilogia “Ridick”. Faltava um filme de terror daqueles pós-modernos, cheios de efeitos especiais. Não falta mais, hoje, na véspera do Halloween, chega aos cinemas “O Último Caçador de Bruxas”, o mais novo filme de aventuras do fortão, que disputa palmo a palmo com o Dwayne Johnson o título de rei do cinema anabolizado.
No filme Diesel é Kaulder, um guerreiro medieval que conseguiu matar a rainha das bruxas (a loira Julie Engelbrecht). Mas ao morrer ela lançou uma maldição, que tornou Kaulder imortal, separando-o para sempre de sua amada esposa e filha. Séculos depois Kaulder se encontra em nossa época e descobre que as bruxas estão de volta. E planejam lançar a praga da morte negra, para acabar de vez com a humanidade.
Quem costuma ir muito ao cinema já notou que não tem muita novidade neste roteiro. Lembra aquele filme que o Nicholas Cage fez para a Disney em 2010, “O Aprendiz de Feiticeiro”? Onde Cage era um mago que precisava vencer a bruxa Morgana, aquela da história do rei Arthur, na Nova Iorque dos dias de hoje. E o lance do herói ser imortal, e atravessar os séculos lutando contra suas inimigas, lembra o mais famoso imortal do cinema, o “Wolverine”, da Marvel.
A concepção das bruxas neste filme, com toneladas de efeitos especiais, lembra as vampiras do filme “Van Helsing” com o mesmo Hugh Jackman do Wolverine. A direção de “O Último Caçador de Bruxas” é de Breck Eisner e o elenco inclui o onipresente Michael Caine, que fez o cientista doutor Brandt no ótimo “Interestelar” e o Elijah Wood, que trabalhou nos filmes do “Hobit”. Ele está bem a vontade em uma trama que envolve mágica e seres sobrenaturais.
Filmes sobre magos e bruxas possuem uma longa tradição. No começo as bruxas eram vistas como seres malígnos, como a bruxa da Branca de Neve, que tenta matar a mocinha com uma maçã envenenada, e a bruxa Morgana na história do rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda. Inimiga do mago Merlin, Morgana faz de tudo para levar os nobres cavaleiros à ruína.
Na década de 1960 as bruxas conseguiram seduzir os roteiristas de Hollywood e deixaram temporariamente os papéis de vilãs. Começou com a comédia romântica “Sortilégio de Amor” onde a loira Kim Novak é uma bruxa moderna, que também vive em Nova Iorque. Deve ter alguma coisa especial em Manhattan que atrai tanto as bruxas. Ela enfeitiça seu vizinho, James Stewart e acaba se apaixonando por ele.
O sucesso de “Sortilégio de Amor” levou a criação da bruxa mais famosa da televisão, Samantha, a Feiticeira. Que era casada com um publicitário e resolvia todos os problemas torcendo o nariz. Samantha chegou a merecer um longa-metragem, estrelado pela Nicole Kidman, em 2005. Kidman já tinha feito o papel de bruxa boazinha com a Sandra Bullock no romântico “Da Magia a Sedução” (1998).
Nos últimos dez anos a visão tradicional, da bruxa como uma criatura perversa e malvada, voltou a prevalecer. Em filmes como “João e Maria: Caçadores de Bruxas”, de 2013, onde os personagens do tradicional conto de fadas trucidam bruxas através da Europa medieval. É mais ou menos a mesma coisa que o Vin Diesel faz neste filme.
Na vida real, toda essa história de bruxas caçadas e queimadas em fogueiras surgiu de um conflito entre o cristianismo e as antigas crenças pagãs europeias. Que davam poder as mulheres como conhecedoras das ervas medicinais. As religiões do Oriente Médio, como o cristianismo e o islã, costumam pintar a mulher como fonte do pecado, aliada do demônio. Daí era importante para a igreja consolidar seu poder exterminando todas as curandeiras medievais. É interessante que o retorno da figura da bruxa malvada e ameaçadora às telas dos cinemas coincida que o renascimento do fundamentalismo religioso no mundo.

julie-engelbrecht

Alvo: Julie Engelbtrecht é a bruxa malvada

 
Por Jorge Luiz Calife
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