Violonista Zeildo Gabriel Menezes lança o EP ‘Fiz que fui’

by Diário do Vale

Volta Redonda – Com quatro décadas de estrada, o violonista voltarredondense Zeildo Gabriel Menezes acaba de lançar o seu primeiro trabalho autoral solo. Intitulado “Fiz que fui”, o EP reúne sete músicas instrumentais feitas pelo artista entre 2005 e 2019. O disco está disponível em todas as plataformas digitais.
– Este trabalho é o resultado das experiências acumuladas pelo meu desenvolvimento musical. Compositores como Garoto, Baden Powell e Ricardo Dias foram alguns que influenciaram essa trajetória – afirma Menezes.
Ele explica que a maior parte das suas músicas não foi escrita pensando em algo específico.
– Sempre tive aversão a essa coisa de ter que explicar a arte. As músicas surgem de sentimentos variados e, depois de prontas, penso em um nome que combine. Uma ou outra eu fiz com um tema na cabeça. “Na pisada do coco”, por exemplo, foi escrita após uma viagem ao Nordeste. Sempre gostei muito dos ritmos daquela região, como frevo, maracatu, xaxado e o coco, que dá o nome a obra – diz.
O EP foi gravado no Mmstudios Bm, em Barra Mansa, e contou com as participações de Ciron Silva (violão sete cordas) e Tadeu Freitas (pandeiro) – seus companheiros no Quinteto Vera Cruz – em quatro músicas. As outras três foram executadas apenas por Zeildo.
O primeiro contato do artista com o violão ocorreu aos cinco anos, por influência de um primo, e foi paixão à primeira vista. A partir daí, ele ganhou um instrumento de presente do avô (homenageado em uma das músicas) e passou a estudar de forma autodidata.
Na juventude, no fim da década de 1970, a casa em que morava com os pais e os seis irmãos – no número 40 da Rua Santa Terezinha, no bairro Niterói -, tornou-se um ponto de encontro de artistas aos fins de semana.
– Meus pais compraram um sítio em Piraí e todos os finais de semana viajavam para lá, deixando a casa livre para os filhos. Meu irmão mais velho era muito amigo de músicos do choro do Rio de Janeiro e eles vinham para cá. Atravessávamos as noites bebendo e tocando violão – recorda-se.
Foi nestes encontros em que ele conheceu outros músicos da cidade e se juntou ao grupo Língua de Preto, que conquistou o prêmio Juarez Barroso no concurso de Choro do Rio de Janeiro nos anos de 1979 e 1980.
Já nos anos 2000, ele e integrantes remanescentes do grupo formaram o Quinteto Vera Cruz, que, em 2006 lançou o disco autoral “Micuim à deriva”. Em 2009 e 2010, o conjunto conquistou o prêmio de melhor intérprete instrumental no Festival Nacional de Música da Arpub (das rádios Nacional e MEC). Zeildo também conquistou, em 1998, o troféu de melhor instrumentista no concurso “Canta Rio Sul”, promovido pela TV Rio Sul.
– Fazer música instrumental no Brasil atualmente é quase uma missão de vida. É uma maneira de difundir e perpetuar um segmento da arte brasileira que, apesar de pouco visado nos dias de hoje pelo grande público, ganhou fama no mundo inteiro com a sua beleza única – conclui.

‘Fiz que fui’: Disco está disponível em todas as plataformas digitais (Foto: Divulgação)

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