O governador Luiz Fernando Pezão, o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, o Chefe de Polícia Civil, Carlos Augusto Neto Leba, e o secretário de Estado de Segurança em exercício, Roberto Alzir, se reuniram nesta segunda-feira (27), no Palácio Guanabara, com membros da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj e com representantes de entidades de classe para tratar do tema relativo ao calendário de pagamento dos servidores da Segurança.
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Na reunião, o governador voltou a destacar que a segurança pública é prioridade do governo e que o pagamento dos salários da categoria está em dia, tendo sido cumprido inclusive mais uma parcela do reajuste concedido em 2014. Pezão ressaltou que a definição sobre a data de pagamento do 13° salário e das gratificações só poderá ocorrer com a aprovação do projeto de recuperação fiscal dos estados pelo Congresso Nacional.
Dificuldade
“O Estado vivencia nesse momento uma grande dificuldade. Dependemos fortemente da aprovação do nosso acordo que assinamos com o presidente Michel Temer e com o ministro Henrique Meirelles. Rodrigo Maia ficou de submeter o projeto, nesta quarta-feira (29/03), ao plenário e depois segue imediatamente para o Senado”, afirmou. O governador informou ainda que, sem essa aprovação do acordo, dificilmente o Estado terá como fazer alguma previsão: “ Nós estamos com muitas dificuldades, a economia não está se recuperando, precisamos desse acordo. Somos favoráveis às contrapartidas, e vou lutar em Brasília para essa aprovação”, disse.
Participantes
Participaram da reunião a presidente da Comissão, deputada Martha Rocha, e os deputados Flavio Bolsonaro, Gustavo Tutuca e Zaqueu Teixeira. Como representantes das entidades de classe compareceram Rafael Barcia, presidente do SINDELPOL – Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do RJ; Fabio Neira, presidente do COLPOL – Coligação dos Policiais Civis do Estado do RJ; Márcio Garcia Liñares, presidente do SINDPOL – Sindicato dos Policiais Civis do Estado RJ; Fernando Bandeira, presidente do SINPOL – Sindicato dos Policiais Civis; Dilermando Amaro, vice-presidente da ADEPOL – Associação dos Delegados de Polícia Civil; Denise Rivera, presidente da APERJ – Associação dos Peritos Oficiais do Estado do RJ; Marco Antonio Campos, presidente da APPOL – Associação dos Papiloscopistas do Estado do RJ.
Cumprimento ilustre
O governador do Estado do Rio Luiz Fernando Pezão (PMDB), telefonou nesta segunda (27) para cumprimentar o presidente do DIÁRIO DO VALE, jornalista Aurélio Paiva, que fez aniversário nessa data.
Esclarecendo
O secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Júnior, será convidado para prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sobre o atraso no pagamento de funcionários da pasta. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (27/03) durante audiência pública conjunta realizada pelas comissões de Trabalho, de Saúde e de Servidores Públicos da Casa.
Antes da crise
“Essa categoria tem sido deixada de lado antes mesmo da crise financeira. Por isso, queremos ouvir representantes do Executivo para fortalecer a luta pelo respeito ao servidor e pela criação de um sistema público mais eficiente”, explicou o deputado Paulo Ramos (PSol), presidente da Comissão de Trabalho da Alerj.
Dificuldades
Durante a reunião, trabalhadores relataram que têm enfrentado ordens de despejo, contas atrasadas e condições precárias de trabalho. Apesar do cenário relatado, não há previsão para o pagamento do 13° salário de 2016 e nem das remunerações dos meses de fevereiro e março, de acordo com Edson Teramatsu, representante da Secretaria de Estado de Fazenda.
Reivindicações
Segundo André Ferraz, da Associação dos Vigilantes Sanitários do Estado do Rio de Janeiro (Asservisa), o custo com servidores da área representa apenas 2,5% do gasto total com folha de pessoal no estado. Já Clara Fonseca, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev/RJ), afirmou que os servidores fluminenses têm a menor remuneração do país. Mesmo assim, o calendário de pagamento não tem sido cumprido.
Sobrevivência
“Salário é sinônimo de sobrevivência. Com os atrasos e parcelamentos, chegamos a casos extremos em que trabalhadores precisam residir nos hospitais por não terem dinheiro para comer, se deslocar ou pagar o aluguel”, contou.
OS
Além do atraso nos pagamentos, o gerenciamento das Organizações Sociais (OSs), as realocações de servidores para áreas distantes de suas residências e o assédio moral enfrentado por sindicalistas também foram citados pelos representantes da categoria. A subsecretária-Geral de Saúde, Hellen Miyamoto, comentou as denúncias.