Ratos magros e gordos

by Paulo Moreira

Guardo um antigo hábito: fundamentar os argumentos em fatos inequívocos. A transparência e a lógica que daí decorrem ajudam a explicitação do fenômeno e afastam a dúvida. Nesta linha de proceder trago o fato que se segue. Há mais de vinte e cinco anos que, indo à São Paulo a serviço, fico hospedado em um mesmo hotel no centro da cidade, situado nas proximidades da Praça da República. Aliás ainda hoje o faço e, de preferência, fico no mesmo andar e no mesmo apartamento. Coisas de um incorrigível conservador.

Aquele hotel de excelentes acomodações e bem recomendado sempre se revelou como o escolhido, no geral, por hóspedes de bom nível e de bom berço, quer residentes temporários ou turistas quer profissionais da classe média, média-média ou até da classe média mais alta. Podia se respirar isso nas horas comuns do café da manhã e do jantar à noite, que renovava o prazer do reencontro entre os hóspedes mais assíduos. Dava gosto de ver pessoas educadas à mesa, boas de conversa, doces no trato e gentis no gesto.

Agora não se vê mais nada disso. Os que viveram aqueles tempos se entristecem ao perceber que tudo deteriorou e se perdeu a tal ponto que, quem viu não reconhece e quem nunca viu nem acredita. O hotel é o mesmo, as acomodações até foram reformadas ou modernizadas, mas a frequência nos últimos quinze anos ficou mais se parecendo com a de uma estalagem de beira de cais do que a de um hotel de categoria. Entretanto, devo assinalar que de um par de anos para esta parte – com o ocaso do PT – a frequência tem melhorado significativamente.

Em relação à época ruim, lembro que dos então novos hóspedes, muitos se apresentavam com os corpos cobertos de “decalques” de mau gosto, trajando, invariavelmente, surradas camisetas vermelhas com vulgares dizeres e emblemas, bermudas, “chinelas de dedo”, boné virado para trás e se portavam tão mal quanto se exibiam, avançando sobre o “buffet” da manhã como um bando de trogloditas esfaimados, falando aos gritos, cuspindo em tudo e ao cabo de se refastelarem, como uma ninhada de ratos magros, carregavam nos bolsos, nas bolsas e nas mochilas tudo quanto podiam levar para o apartamento. Deus do céu!

A par disto riam e escarneciam dos hábitos dos antigos hóspedes a quem acintosamente cercavam em suas mesas ou em seus costumeiros lugares forçando-os a se deslocarem para outro canto. De nada adiantava fazer queixa à gerência que se desculpando, com tristeza, revelava-se impotente para corrigir os excessos, implorando que tivéssemos paciência e também que nos consolássemos com a situação vexatória para os velhos empregados que estavam sendo pisados e humilhados de muitas formas.

Não quis deixar por menos e como é do meu feitio procurei saber as razões para todo este desastre. Tanto fiz que acabei conhecendo. Logo depois de uns dois anos do primeiro governo de Lula esses hotéis – principalmente do Centro de São Paulo e de outras Capitais do País – passaram a ser requisitados a peso de ouro pelas hordas do PT, dos Sindicatos e de suas Centrais e pelos chamados “Movimentos Sociais” que surgiam aos borbotões. Eram convenções, convescotes, assembleias que não acabavam mais. Soube igualmente que não raro as contas daquelas turmas, que incluíam gastos irrestritos com bebidas e outras “cositas más”, eram pagas por diversos órgãos públicos, a partir de notas fiscais relativas a eventos fictícios. Por causa daqueles tempos relativos a um “petismo avassalador”, até o simples dia a dia do homem de bem resultava num verdadeiro tormento.

Trago esse fato à colação para demonstrar o grau de dano ou de prejuízo que a era petista causou ao País. Não foram somente os 900 bilhões de reais roubados do Tesouro da União que passaram a ser do domínio público em face da Operação Lava Jato. Por outros ralos – muitos e muitos outros – igualmente escoaram os dinheiros desta Nação, surrupiados pelas quadrilhas de Lula e Dilma.

O custeio daqueles bugres que passaram a invadir espaços que jamais teriam alcançado por meios e méritos próprios, juntamente com os milhões e milhões gastos com o aparelhamento da máquina governamental no executivo, no legislativo e no judiciário nos três níveis da Federação – e que até os dias de hoje ainda continua ocorrendo – certamente que representam outros tantos 900 bilhões de reais e quem sabe muito mais.

Tenho repetido, incansavelmente, que a forma de se estancar toda aquela malversação de dinheiro público e muitas outras que nem conhecemos profundamente, ou seja, a única maneira de extirpar este carcinoma que “metastesiou” todo nosso tecido social está jungida a uma única solução. É necessário destruir o PT, seus partidos coligados e a esquerda delinquente que o apoia e blinda.

A medida certa e mais eficaz seria a Intervenção das Forças Armadas com base no pedido direto do povo rebelado nas ruas como autoriza, expressamente, a Constituição Federal. Outra solução surge agora com as eleições gerais de outubro deste ano se o resultado consagrar a mais do que consabida revolta da nossa Sociedade contra as quadrilhas de Sarney a Temer, que levaram o Brasil ao caos moral, social e econômico e o humilharam perante a Comunidade das Nações livres.

Tenho recebido, através da rede mundial de computadores, fotos e mais fotos, filmes e mais filmes vindos do Brasil inteiro demonstrando que o bom cidadão está se mobilizando em massa, como nunca se viu, para apoiar um candidato que, para o desespero dos poderosos e da “Rede Goebells de Comunicação”, dissente de todos os demais num requisito básico: nunca esteve ele, direta ou indiretamente, ligado a toda essa corja que tomou o Brasil de assalto nos últimos 30 anos.

Se antes nesta Terra de Santa Cruz padecemos com a invasão dos ratos magros que, na esteira de Lula e Dilma, vieram sangrá-la, hoje o perigo que corremos é bem maior porque enormes e cevadas ratazanas da mesmice e do continuísmo estão dispostas a tudo para manter suas tocas, onde podem procriar a vontade, intocadas.

Contudo tenho esperança e, com os ventos fortes que chegam dos quatro cantos do País, já ouço os sinais de um novo tempo ante a possibilidade da eleição de um candidato execrado pelo sistema vigente. Realmente, diante da visível ira da classe política abjeta e desprezível; pelo que percebo do ódio na expressão facial dos engomados calhordas e das calhordas cativos da grande mídia; em face do que vejo da movimentação covarde e sorrateira dos intelectuais da impostura e diante do pavor que demonstram os psicóticos da esquerda doente e irracional, todos os citados roedores estão sentindo que sua hora de serem apeados do poder e de serem varridos para o lixo da história se aproxima inexoravelmente. O povo já decidiu em quem votar e, podem crer, num só turno das eleições vindouras vão decidir esta parada. Como diria o velho Ibrahim Sued; “Sorry, periferia”.

 

José Maurício de Barcellos, ex Consultor Jurídico da CPRM-MME, é advogado. (Email.: [email protected]).

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2 comments

guto 2 de setembro de 2018, 15:01h - 15:01

O PT conseguiu fazer a Maior Crise Econômica que o Brasil já teve, além de fazer o Maior Esquema de Corrupção da História Mundial! O PT, como é comunista, só acredita na matéria e não acredita em Deus, só usa a religião para ganhar muito e muito dinheiro, como vimos no caso do Petrolão!
Como diria o ex-Senador Mão Santa: “A gente faz apenas uma vez na vida: nascer, morrer e votar no PT!”…

Com cola na mão e Wal do Açaí no coração 1 de setembro de 2018, 18:17h - 18:17

Textinho de campanha eleitoral bem raso. A expressão “bom berço” já denota o preconceito do sujeito que o escreveu.
Quanto ao hotel, é o que dá pro seu salário pagar. Se não for o caso, uma sugestão: deixe de se hospedar lá e vá a um hotel melhor.
Lembrei-me daquela declaração da Danuza Leão há poucos anos: “Que graça tem agora em ir a Paris, se até seu porteiro pode ir?”

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