Polícia Civil realiza nova ação contra agência de carros em Volta Redonda

by Diário do Vale

Volta Redonda – Policiais civis da 93ª DP, coordenados pelo delegado titular Wellington Vieira, realizaram nesta quarta-feira (11) a segunda fase da Operação Gangsts, em Volta Redonda. A operação visou desarticular uma associação criminosa que pratica crime de estelionato na venda de financiamentos de automóveis. Foi apreendido um carro roubado.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em várias agências. Um dos estabelecimentos foi  agência de veículos Primus, na Vila Mury. Segundo o delegado, o local é comandado por “laranja”, mas os dois proprietários já respondem na Justiça por estelionato, envolvendo vendas de veículos.

– Os dois comerciantes foram os alvos da operação desta quarta-feira. Eles já foram denunciados por diversas vítimas. Eu acredito que existam outras vítimas, que devem comparecer à 93ª DP (Volta Redonda) para denunciar os criminosos. Já que no caso, eles forem condenados, essas pessoas que foram lesadas, serão ressarcidas – explicou Wellington.

Na agência Primus e nos outros locais, onde os mandados foram cumpridos, foram apreendidos veículos suspeitos de adulteração. Uma deles foi  um Fusion, cuja procedência será apurada. O veículo vai ser periciado.

Também foram apreendidos documentos, sinistros entre outros objetos.

1ª Fase da Operação

A primeira fase da Operação Gangests foi realizada em outubro desde ano. Na ocasião, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva, mais 11 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de diversos automóveis e bloqueio de contas bancárias dos indiciados, que chegam a um patamar de R$ 7 milhões.

A investida envolveu 30 policiais civis, inclusive de outras delegacias, é decorrente de investigação da delegacia de Volta Redonda e do laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, que apurou o movimento da organização criminosa com estelionatários em financiamentos de automóveis.

A denúncia

 Segundo a denúncia, os crimes eram cometidos da seguinte maneira: os líderes da organização criminosa eram donos de agências de automóveis, porém essas agências não eram credenciadas para realizar financiamento. O segundo escalão da organização, denominados “agentes”, eram revendedores autônomos de automóveis e vendedores de lojas, que captavam documentos de vítimas.

Os documentos eram obtidos de várias maneiras. Em uma delas, o cliente saía das agências para realizar o test drive no veículo, deixando cópias dos documentos pessoais, que eram utilizados pelos criminosos. Outra estratégia da quadrilha era utilizar documentos de pessoas que ficavam aguardando a liberação de crédito para compra do veículo. Até mesmo dados das vítimas que compravam o veículo eram utilizados no esquema criminoso.

Uma vez que estivessem de posse dos documentos das vítimas, a quadrilha montava “fichas” que eram repassadas às financeiras, através de uma agência de veículos devidamente cadastrada junto aos bancos. O valor solicitado era, em caso de aprovação do crédito, depositado nas contas das agência de automóveis.

Investigações da polícia revelam, por exemplo, que uma Land Rover, orçada em mais de R$ 90 mil,  foi financiada em nome de uma pessoa que já está morta. Outra Land Rover foi financiada em nome de um deficiente mental, que sequer tem condições de assinar o próprio nome.

Após as fraudes, criminosos chegavam a pagar as primeiras parcelas para não levantar suspeitas e quando percebiam que a fraude poderia ser descoberta, quitavam a dívida, muitas vezes com dinheiro oriundo de outras fraudes. O líder da organização criminosa movimentou mais de R$ 7 milhões durante o período das investigações.

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10 comments

Saviola 11 de dezembro de 2019, 17:35h - 17:35

SE eu encontrar esse jardel bartolini na rua, eu vou dar muito na cara dele, pra aprender a não ser tão pilantra como ele é, e vou fazer de tudo pra encontrar com ele. Lesou as pessoas, agora ele será lesado a bordoada.

José Alex 12 de dezembro de 2019, 11:08h - 11:08

Ameaça velada…criminoso também!

Roberto Mendesi 11 de dezembro de 2019, 14:28h - 14:28

Infelizmente, existem muitas revendas de carros em VR comercializando verdadeiras tripas… Vendem carros provenientes de leilão, com chassi remarcado, clonados, com parte mecânica e elétrica maquiadas para quebrar na mão do futuro comprador e se recusam a oferecer garantia quando o cliente retorna com o veículo apresentado defeito e outras maselas mais… E uma prática não ilegal mas lesiva, são os preços estorcivos, onde na avaliação de seu veículo para troca ele não vale nada mas o da revenda custa o mesmo que um zero quilômetro!! Estes espertos sobrevivem pois há muitos pra caírem no conto do vendedor do carro “filé”!! Sai fora que é treta!!

tadeu 11 de dezembro de 2019, 14:24h - 14:24

Ja soltaram os sete bandidos? Realmente o crime vale a pena, lesou centenas de pessoas e estão soltos, que absurdo.

Catilina 11 de dezembro de 2019, 13:27h - 13:27

Tudo cidadão-de-bem

Bolsonaro 11 de dezembro de 2019, 12:43h - 12:43

Quase q eu comprei um carro nessa agência, só ñ finalizei a compra pq eu ñ tinha dinheiro

Gato de botas 11 de dezembro de 2019, 13:51h - 13:51

Kkkkkkk. Tipo quase que eu ganhei um carro, só não ganhei, porque o cara disse não.

LulaLadrão 11 de dezembro de 2019, 14:36h - 14:36

Então vc não ia comprar nada!! Kkkkkk

Zero 11 de dezembro de 2019, 10:55h - 10:55

Esse judiciário e seus juizecos são a vergonha do Brasil. Precisamos acabar com essa corrupçao.
FFAA
AI5

juanito el caminhador 11 de dezembro de 2019, 15:15h - 15:15

A começar pelo ministro da justiSSa, aquele que não encontra nem o queiroz
Quanto ao AI-5 voce pode enfiar no traseiro da vossa progenitora

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