Sul Fluminense – A secretaria de Saúde da Prefeitura de Volta Redonda vem registrando aumento na quantidade de registros de atendimento a casos de influenza, tanto de H1N1 quanto da nova H3N2, também conhecida como Darwin. A mesma coisa ocorre em Barra Mansa. No entanto, nenhum desses municípios registra internações por causa de influenza. As variantes seguem sendo monitoradas pelos dois municípios, embora os números oficiais não estejam disponíveis, por causa dos problemas de informática no Ministério da Saúde, que concentra as informações. Em relação a variante ômicron da Covid-19 as secretarias de Saúde das duas cidades afirmam que não há casos registrados da doença.
Volta Redonda
O município ampliou nesta semana os horários das 46 unidades básicas de saúde (UBS e UBSF), das 07h às 17h, para atender casos de síndrome gripal leve. Sendo que três postos de saúde: 249, Volta Grande e Vila Mury funcionam até as 22h e cinco unidades: São Geraldo, Siderlândia, Vila Rica/Tiradentes, Santa Cruz e Santo Agostinho, até as 19h, inclusive aos fins de semana.
A medida é para não sobrecarregar a rede de emergência do município. Apenas pacientes com complicações de saúde e sinais de gravidade estão sendo encaminhados À rede de urgência – Hospital Municipal do Retiro (HMMR), UPA Santo Agostinho, Hospital Municipal Dr. Nelson Gonçalves (antigo Cais Aterrado) e Serviço de Pronto Atendimento (Cais Conforto).
Na rede particular, a Unimed confirmou aumento na procura por atendimento devido à InfluenzaA.
Vacina
Quanto à vacinação contra influenza, até outubro, antes da campanha nacional ser interrompida, o muncípio havia vacinado 90 mil pessoas. A partir da retomada, o município imunizou mais 10 mil pessoas, estando próximo de atingir 100 mil imunizados.
O número de vacinas contra a gripe (Influenza) recebido na última quarta-feira (15) é insuficiente, por isso foi dada a preferência para imunizar pessoas acima de seis meses de idade que não tenham recebido a dose este ano, além do grupo prioritário para a vacinação. As doses foram distribuídas em quatro unidades, uma por região (São Geraldo, 249, Vila Mury e Volta Grande). Novas remessas foram solicitadas, mas, por enquanto, ainda não há previsão de novas entregas.
Estado do RJ
No estado do Rio de Janeiro, o vírus da Influenza – denominado H3N2, especificamente da variante Darwin – segue ganhando as atenções das autoridades de saúde do estado do Rio de Janeiro. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), na manhã desta sexta-feira, 17, os registros mostram cinco óbitos em função da doença no decorrer do ano.
Dados da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), revelam ainda que em 2020, foi notificado um óbito causado por este subtipo e, em 2019, duas outras mortes. Já os casos de H1N1, foram responsáveis pela morte, em 2019, de 63 pessoas. Em 2020, essa variante de vírus provocou um óbito e, em 2021, foram duas outras mortes causados pelo subtipo.
A SES divulgou ainda que, em relação a variante ômicron, não há casos identificados da cepa no estado do Rio de Janeiro. Todos os viajantes estão sendo monitorados, em parceria com as vigilâncias municipais.
Sintomas
Influenza
A gripe, como é chamada a infecção pelo vírus Influenza, apresenta sintomas agudos logo nos primeiros dias da doença como: Febre alta; Calafrios; Dores musculares; Tosse; Dor de garganta; Intenso mal-estar; Perda de apetite; Coriza; Congestão nasal (nariz entupido); Irritação nos olhos;
Covid
Já os casos de Covid-19, a doença começa a evoluir a partir do 7° dia, podendo ou não levar a um quadro de insuficiência respiratória.
Ômicron
De acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, os sintomas da ômicron são “diferentes” das cepas anteriores do coronavírus e incluem:
Dor de garganta; Dor no corpo, principalmente na região da lombar; Congestão nasal (nariz entupido); Problemas estomacais e diarreia.
No Brasil, as variantes delta e gama ainda são predominantes. Seus sintomas podem incluir: Perda de olfato e paladar; Dor no corpo; Dor de cabeça; Fadiga muscular; Febre; Tosse.
Países do G7 falam em ‘maior ameaça à saúde pública’
Os ministros da Saúde do G7 – grupo dos países mais industrializados do mundo – pediram cooperação diante da variante Ômicron do SARS-CoV-2, que consideram ser “a maior ameaça atual à saúde pública mundial”.
No final da última reunião durante a presidência britânica do G7, os ministros da Alemanha, do Canadá, dos EUA, da França, Itália, do Japão e Reino Unido declararam-se “profundamente preocupados pelo aumento do número de casos” da nova variante.
Em comunicado, consideraram “mais importante do que nunca cooperar estreitamente”, bem como “vigiar e partilhar informação”. Em relação às vacinas, insistiram na importância das “campanhas de mobilização”.
Os ministros “reiteraram o compromisso” de “lutar contra a pandemia em curso e construir defesas para o futuro”.
Lembrando que o fato de “trabalhar em conjunto é crucial face à onda de Ômicron que cresce rapidamente”, insistiram na importância de “um acesso equitativo aos diagnósticos, à sequenciação genética”, bem como às vacinas e aos tratamentos.
Testes
“A Ômicron tem período de incubação mais curto, de dois a três dias. Se quisermos detectar a maioria dessas infecções e fazer algo para combater o contágio, temos de fazer um teste todos os dias”, afirmou Céline Gounder, especialista em doenças infeciosas e epidemiologista da Universidade de Nova Iorque e do Hospital de Bellevue.
A especialista explicou ainda que entre 15% e 30% dos testes positivos devem ser sequenciados para perceber qual a variante que está se espalhando.
Intensificar a vacinação, incluindo a primeira dose e doses de reforço, também será importante para combater as ondas atuais. Céliner defende que ”isso exigirá uma campanha planejada para educar o público sobre o que é importante – por exemplo, vacinar crianças”.
Melhorar a ventilação e a filtragem do ar também é importante, assim como usar máscaras de qualidade.
A especialista considera que ainda é muito cedo para dizer se a Ômicron é mais ou menos letal do que as variantes anteriores. “A virulência [capacidade de um microrganismo patogênico se multiplicar no organismo e provocar doença] depende da idade da pessoa, bem como de outros dados demográficos, mas a idade é provavelmente a mais importante”.
As evidências disponíveis indicam que a Ômicron é mais transmissível e evasiva do sistema imunológico, tornando a infecção mais provável entre os que foram vacinados ou se recuperaram da doença.
Entretanto, um painel de consultores externos do CDC recomendou o direcionamento às vacinas de mRNA para a proteção contra a covid-19 – ou seja, as vacinas da Pfizer/BioNTech ou Moderna – em preferência à da Johnson & Johnson, devido a riscos de coagulação do sangue. O regulador ainda precisa aprovar essa orientação.