Delegada afirma que mulheres precisam denunciar violência no início

by Diário do Vale

Volta Redonda –

Registro Policial. Este é o único caminho para que o ciclo de violência contra mulher seja interrompido, segundo avaliação da delegada Maria Madalena  Carnevale, titular da DEAM (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher), de Volta Redonda. A declaração da policial foi motivada devido as recentes notícias divulgadas no Sul do Estado do Rio de Janeiro sobre o dois assassinatos de mulheres que, possivelmente, foram praticados por companheiros das vítimas.

Na avaliação da titular da DEAM/VR, boa parte da violência contra a mulher acaba se agravando e terminando de forma trágica, quando a vítima opta em não denunciar os casos de agressões. Ao acionar a polícia nos casos de violência, conforme lembra a delegada, a vítima passa a contar com o auxílio necessário a sua segurança, onde a mulher, recebe inclusive,  apoio policial para que retorne a sua casa, caso necessário.

O mesmo acontece nos casos de flagrante, ou seja, quando o crime acabou de acontecer e há um risco iminente à integridade física ou a vida da vitima, que também recebe apoio policial caso precise retornar ao local do incidente. “Havendo queixa o autor será ouvido e o Inquérito encaminhado à Justiça”, explicou a delegada, avaliando que o registro desempenha um papel repressivo.

A intervenção policial pode ainda ter um caráter preventivo evitando que novas práticas de delitos, possam ser concretizadas pelo autor, que teme ser preso, principalmente, após a aprovação de medidas protetivas previstas pela Lei Maria da Penha, prevendo punição para autores de violência praticada contra as mulheres.

– Somente podemos investigar e intervir após a denúncia que pode ser feita pessoalmente ou anonimamente, através do disque 180 ou do disque denúncia – , ressaltou a delegada, lembrando que os casos de violência contra a mulher podem ser denunciados por parentes ou vizinhos.

DIA A DIA

A violência doméstica e familiar não acontece da noite para o dia. A titular da DEAM/VR lembra que, nestes casos, o dia a dia vai revelando uma série de acontecimentos onde os ataques verbais, ameaças e agressões físicas se tornam parte da rotina daquele casal. Estes episódios podem evoluir chegando ao fenômeno chamado feminicídio, recentemente introduzido no ordenamento jurídico, pela Lei 13.104/2015, onde a vitima acaba morrendo, simplesmente pelo fato de ser mulher.

– Por isso destaco a importância de as vítimas se dirigirem a uma DEAM ou a outra Delegacia Distrital para registrar a ocorrência e requerer as medidas protetivas que visam impedir a aproximação do agressor – concluiu a delegada lembrando que há casos, no entanto, considerados extremados de pessoas portadoras de algum tipo de anomalia psíquica que continuam a importunar suas vítimas mesmo após o registro. Esses casos, ressalta a policial, são raros mas existem e a única saída, é a prisão do agressor.

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4 comments

Rafael 5 de abril de 2015, 01:16h - 01:16

Na teoria o conselho desse delegada é ótimo mas vai ver a pratica . qque mulher que chega na delegacia da mulher de VR pra registrar uma ocorrência é mal tratada, desaconselhada a registrar ocorrência. CHEGA DE HIPOCRISIA

Karine Pimentel Mota 4 de abril de 2015, 16:33h - 16:33

O que adianta denunciar, se não tomam nenhuma providencia para acabar com a violência? Pelo menos foi assim que aconteceu comigo.

ÊTA POVINHA 4 de abril de 2015, 11:42h - 11:42

Vamos lá mulheres, deixem de ser omissas! Hoje existe leis que vos amparam das palmadas da infância quando foram obrigadas a aprenderem a ficarem caladas e quietas.

Se verem que a vizinha ou parentas estão sendo agredidas denunciem tbm. Isso serve tbm para os homens a ajudar a acabar com os “machões em casa”, mas na rua e no botequim eles são umas florzinhas.

gordinha 4 de abril de 2015, 16:50h - 16:50

nao adianta denunciar,a policia so toma atitude depois que a mulher morre.si eles prendesse o homem na 1ª denuncia ,muitas mulheres estariam vivas

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