Volta Redonda –
O comandante do 28º Batalhão da Polícia Militar, coronel Luís Cláudio Régis, disse hoje ao DIÁRIO DO VALE que o homem que esteve na redação do jornal queixar-se de que teria sido expulso por traficantes de um conjunto habitacional no bairro Candelária, já não faz parte da PM há quase dez anos.
— Ele foi desligado no dia 28 de novembro de 2005, por comportamento inadequado — afirmou o comandante, explicando que o termo “licenciado”, usado pelo homem, se refere à situação de quem foi excluído da corporação antes de completar um determinado tempo de serviço, e que o ex-policial já não recebe soldo, está impedido de portar arma e não tem qualquer vínculo com a Polícia Militar.
Sobre a intervenção de uma viatura da Polícia Militar, que escoltou o homem na saída do conjunto habitacional, o coronel afirmou que o atendimento foi o mesmo que seria dado a qualquer cidadão que recorresse à PM.
— Num caso como esse, fazemos o atendimento, seja quem for o solicitante. O fato de ele um dia ter pertencido à corporação não teve nenhuma influência no modo como ele foi auxiliado nesse caso — declarou.
Registro
O registro policial da ocorrência feita quando ele saiu do apartamento não menciona nenhuma ação de traficantes. A ocorrência foi registrada como lesão corporal, configurando um desentendimento entre vizinhos. O delegado titular da 93ª DP (Volta Redonda), Luiz Maurício Armond, disse hoje que Francisco de Assis de Souza, de 35 anos, o ex-PM, não relatou em nenhum momento, quando registrou o boletim de ocorrência, que teria sido vítima de traficantes. O documento foi feito dia 28 de fevereiro deste ano.
Na delegacia, Francisco contou que havia sido agredido por um vizinho, que não tem nenhum envolvimento com o tráfico de drogas, e por isso chamou a Polícia Militar. O acusado foi localizado e levado para a 93ª DP, onde foi feito apenas um registro de lesão corporal, que foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal de Volta Redonda, e ninguém ficou preso.
Armond revelou que Francisco já tinha acionado os policiais por achar que onde ele morava havia tráfico de drogas, antes de ter ligado para a PM, alegando ter sido agredido pelo vizinho. Isso teria causado o desentendimento com o vizinho, que alegou que a presença dos agentes teria assustados os outros moradores.
– A partir daí eles (Francisco e o vizinho) passaram a discutir. É apenas isso que consta no registro policial, não há declaração de Francisco relatando que foi expulso por traficantes – disse o delegado.
Smac nega presença de traficantes no condomínio
O secretário municipal de Ação Comunitária, Munir Francisco, disse ao DIÁRIO DO VALE que o nome do homem que esteve na redação do jornal não consta no cadastro de moradores do conjunto habitacional da Candelária. Ainda segundo Munir, a mulher que consta no cadastro como a pessoa que adquiriu o apartamento continua morando no local e não há qualquer registro de atuação de quadrilha.
— Do ponto de vista da Smac, não há nada de errado acontecendo no conjunto. Lá vivem famílias de gente honesta e trabalhadora, pessoas que foram atendidas em uma das 32 unidades do Cras (Centro de Referência em Assistência Social) da cidade e que agora mostram com dignidade, buscando uma vida melhor, com o apoio de equipes da Smac que permanecem no local. Posso afirmar que não há quadrilhas de traficantes dominando o condomínio — assegurou o secretário.
4 comments
No roma tambem não, deve ser por isso que ninguem morre lá.
que coisa estranha rzrzrzrzr. quem fala a veradade ?
Não tem trafico no minha casa minha vida, tá de sacanagem né!!!!!!
Não será só um valentão que viu a casa cair e agora está se fazendo de vítima? É o que mais tem por aí…
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