Operação policial prende 44 pessoas; 37 somente na região

by Diário do Vale
Deflagra: Policiais e promotores falam sobre a operação Éden (Foto: Divulgação)

Deflagra: Policiais e promotores falam sobre a operação Éden (Foto: Divulgação)

Sul Fluminense – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil de Barra Mansa deflagraram na manhã desta quinta-feira (31), a “Operação Éden”, que teve como objetivo prender suspeitos de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas interestadual que atuava também na região Sul Fluminense. Ao todo, 44 pessoas foram presas, sendo que 37 delas detidas em Barra Mansa, Volta Redonda e Resende.

De acordo com as investigações, além da região (Angra dos Reis, Barra Mansa, Resende, Itatiaia, Porto Real, Rio Claro e Volta Redonda), a quadrilha atuava nos estados de São Paulo (capital, Campinas, Roseira e Pindamonhangaba), Minas Gerais (Cruzília e Bocaina de Minas) e Mato Grosso do Sul (Coronel Sapucaia e Dourados), e era liderada por Denílson Benaque Cortat, conhecido como “Carvoeiro”. Ele está preso desde janeiro de 2015, depois de ter sido flagrado na Via Dutra, em Itatiaia, transportando 33 quilos de drogas.

Segundo o Ministério Público, os núcleos fornecedores eram em São Paulo e Mato Grosso do Sul e atuavam em conjunto, adquirindo drogas e insumos utilizados no preparo dos entorpecentes manipulando o material principalmente em uma “refinaria” localizada em Pindamonhangaba (SP). Depois disso, a carga era enviada para a região Sul Fluminense, onde “Carvoeiro” contava com uma extensa rede de traficantes, responsáveis pela movimentação, distribuição e venda de seus entorpecentes.
Parte da droga também servia para suprir a célula da quadrilha sediada em Minas Gerais, mais precisamente na cidade de Bocaina de Minas. Por sua condição geográfica favorável, localizada próximo à tríplice divisa, a cidade era usada como ponto de partida para abastecer outros traficantes de São Paulo, Rio e Minas Gerais.
Já o segundo grande núcleo de fornecedores atuava em Mato Grosso do Sul e tinha como principal operador Pedro Russian. Juntamente com outros traficantes, Pedro trabalhava desde a colheita até a venda dos entorpecentes, incluindo o transporte para outros estados realizado em veículos “clonados”, com documentos falsos.

Os presos na região foram levados para a 5ª Risp (Região Integrada de Segurança Pública), no bairro Vila Mury, em Volta Redonda. Alguns deles foram para Casa de Custódia, também em Volta Redonda, e outros para o Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio.
Um dos alvos da Operação Éden foi Fernanda Damiana Páscoa, de 36 anos. Ela, que foi presa no bairro Paraíso, em Resende, é apontada pela polícia como a mulher de “Carvoeiro”, e que mesmo preso segue comandando o tráfico de drogas.

– Após Carvoeiro e a irmã dele serem presos, Fernanda passou a gerenciar o tráfico de drogas obedecendo às ordens do marido preso – disse o delegado adjunto da 90ª DP (Barra Mansa), Michel Florosck, que participou da operação em conjunto com os outros delegados da unidade, Ronaldo Aparecido de Brito e o, também adjunto, Alcidézio Bispo Júnior.

Ainda de acordo com Floroschk, dos outros alvos da operação, 20 já se encontravam presos em flagrante, resultado de outras ações policiais e que agora tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Além das prisões, quatro veículos foram apreendidos durante a Operação Éden. Não houve apreensão de drogas. Ao todo foram expedidos 59 mandados de prisão e 62 de busca e apreensão.

Combate ao tráfico de drogas

A Operação Éden é um desdobramento da Operação Adrien. Realizada em abril de 2015, cumpriu 26 mandados de prisão e localizou cinco refinarias do tráfico, três na cidade de São Paulo, uma em Pindamonhangaba e outra em Piraí, no Sul Fluminense. Ao longo das investigações, iniciadas em meados de 2014, diversas prisões foram efetuadas, bem como a apreensão de aproximadamente 65 quilos de material entorpecente e vasta quantidade de material utilizado no preparo da droga, os quais foram parcialmente localizados em refinaria mantida pelo PCC na capital de São Paulo.

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11 comments

Marcelo 1 de abril de 2016, 11:15h - 11:15

combate a droga tem que começar de cima para baixo, quem cultiva, quem contrabadeia se for o caso, quem revende e quem consome. Por que se não vira ações paleativas. que em pouco tempo recomeça tudo de novo. mesmo assim parabens principalmente para delegado Michael esse é pica.

Cade? 1 de abril de 2016, 06:35h - 06:35

E o Edie Murph?

eduarda 3 de abril de 2016, 14:54h - 14:54

ja se entregou e o DV nem sabe ainda! kkk

Carla 1 de abril de 2016, 02:11h - 02:11

Prende traficantes mas sem drogas??? Como assim??

ZERO 31 de março de 2016, 23:27h - 23:27

Injustiça aos “tiras” que sempre ficam de fora das apresentações a imprensa, com todo respeito às autoridades.

Maniac 31 de março de 2016, 20:08h - 20:08

Prendem o traficante, mas tratam o usuário como um bebê! Isso não vai acabar nunca!

GUEVARA 1 de abril de 2016, 09:18h - 09:18

Concordo com o seu ponto de vista, Maniac. Aliás, o usuário é o agente gerador do traficante. Esta balela de que o usuário deve ser tratado, e não penalizado, incentiva em muito essa turma asquerosa dos viciados. Fico a pensar que, desta forma, o usuário “pinta e borda” no mundo das drogas e depois vai se tratar à custa do dinheiro público, ou seja, às nossas custas.

Francisco monteiro 31 de março de 2016, 19:11h - 19:11

Já passou da hora pelo menos tentar a civil prende a justiça souta e Brasil

Mavankidio de aristuquemer 31 de março de 2016, 21:44h - 21:44

A justiça Souta ou solta???

Sem medo 1 de abril de 2016, 11:52h - 11:52

kkkkkkk que vergonha não sabe escrever vai procura uma escola novamente Filho

Candido 31 de março de 2016, 14:54h - 14:54

Brasil, um país em transformação.

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