
Bate-papo: Policiais conversaram sobre vários assuntos entre eles internet e sua forma de utilização, drogas e armas (Divulgação)
Volta Redonda – Alunos da ETPC (Escola Técnica Pandiá Calógeras), do Senai, jovens aprendizes e estagiários da CSN tiveram a oportunidade de debater diversos assuntos relacionados à juventude, com policiais civis do projeto “Papo Responsa”, em palestras que aconteceram nesta quarta (24) e quinta-feira (25) no auditório da ETPC. Roberto Almeida, coordenador do projeto, e Rafael Martins, conversaram sobre a internet e sua forma de utilização, drogas, armas e a conscientização de que é necessário fazer boas escolhas para ter um futuro melhor.
– O Papo Responsa é um programa que surgiu da inquietude, do estranhamento de fatos que estão cada vez mais inseridos no nosso cotidiano – contou Roberto, que prefere ser chamado de Beto, referindo-se a entrada de jovens cada vez mais novos no mundo das drogas, das armas e do tráfico.
O programa começou a ser idealizado em 2003, quando foram registrados no Brasil 60 mil homicídios, com 70% das vítimas com idade entre 14 e 29 anos.
Beto, em meio ao bate-papo, exemplifica como a juventude é vista, no geral, pela sociedade.
– Pega uma folha de papel ofício, coloca um pinguinho preto e dá para as pessoas analisarem. Isso é um estudo psicológico, nele a maioria das pessoas se debruça no pontinho preto e traça inúmeros conceitos daquela folha de papel ofício, com foco no ponto preto. Quando olhamos para a nossa molecada, vemos problemas de drogas, mau uso da internet, uma série de coisas que estão aí, mas a criatividade, a liderança, o empreendedorismo, que são características muito bacanas, também estão lá, só que a gente fica olhando somente para o ponto preto – analisou.
Quem esteve presente não desgrudou os olhos das palestras. Quando abriu a sessão para perguntas, todos queriam absorver mais um pouco de informação daqueles que trouxeram um novo olhar do futuro e de oportunidades a serem aproveitadas pelos adolescentes. Andressa Pereira, estagiária do Recursos Humanos da CSN, contou sobre a importância desse contato e dessa abordagem com os jovens.
– Às vezes, os jovens ficam muito reprimidos, não tendo oportunidade de tirar dúvidas e expor a sua opinião. Ao chegarmos aqui, a princípio deu um certo medo, né? Polícia. Mas depois foi descontraindo e a maioria conseguiu expor o que pensa – comentou.
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No meu tempo de criança lembro que só de pisar no gramado da praça já levava um pito dos policiais que sempre estavam por perto, que diziam: “O moleque sai daí pestinha”. Nenhum dos meus amigos de então se perderam na vida.
Hoje não temos policiais nas praças, e os que temos por perto fazem vista grossa para essa transgressão, e outras e outras e outras, até o moleque aparecer com uma metralhadora já que não aprendeu a respeitar a justiça.
Semana passada vi inúmeros jovens (TELEGUIADOS) simplesmente passeando por cima do gramado e do jardim da Praça Brasil em busca do “bichinho virtual”. Vi tbm um carro da PM passar por perto sem ao menos se importar com eles.
É isso aí: criam delinquentes para depois enfrentá-los.
Precisamos trabalhar com as causas, não com as consequências.
PARABENS A TODOS OS ENVOLVIDOS PARA ISTO ACONTECER.
PARABÊNS!QUE ISTO POSSA CHEGAR EM BARRA MANSA.
Excelente iniciativa, Parabéns aos policiais inseridos neste projeto.