Preso por tráfico confessa que matou economista carioca em Angra dos Reis

by Diário do Vale
alberto raduan rio

Vítima: Alberto Raduan era aposentado e morava na Rua Alda Carrilho, na Barra da Tijuca, no Rio (Foto: Reprodução Facebook)

Angra dos Reis – Um homem conhecido como Jhony da Barra, de 20 anos, confessou na quinta-feira (29) que assassinou o economista aposentado, Alberto Raduan, de 66 anos, e o marinheiro que trabalhava para ele, Leonardo Rodrigues Moura Soares, de 22, em setembro deste ano. O crime ocorreu na mansão de Raduan, que fica na Praia Sítio Forte, na Ilha Grande, em Angra dos Reis.

O delegado titular da 166ª DP (Angra dos Reis), Aglaucio Batista Novaes Filho, disse que o jovem foi preso na semana passada por tráfico de drogas, mas resolveu confessar a autoria do duplo assassinato apenas na última quinta-feira (29). Apesar disso, o policial não quis revelar ao DIÁRIO DO VALE o motivo que levou Jhony a matar as duas pessoas.
– Jhony já vinha sendo investigado como suposto autor dos dois homicídios, mas quando depôs no mês passado na 166ª DP, negou a acusação. Só depois que foi preso, na semana passada após ser indiciado por tráfico de drogas, que ele confessou ter matado o economista – disse o delegado, lembrando que o alvo do suspeito era apenas Raduan e que o marinho foi morto porque “estava no lugar errado, na hora errada”.

O dia em que foi assassinado era o primeiro de Leonardo no trabalho. O corpo dele foi achado na varanda da mansão e o do economista em um quarto. Na ocasião, policiais encontraram compras dentro de sacolas plásticas que a vítima havia feito em um supermercado no Shopping Piratas, no Centro de Angra dos Reis, provavelmente antes de vir de lancha para sua casa na Ilha Grande. Além disso, a BMW branca do economista foi encontrada estacionada próximo ao shopping e as chaves do veículo foram encontradas por policiais no quarto onde estava o corpo dele.

Raduan morava na Rua Alda Carrilho, na Barra da Tijuca, no Rio, e na casa dele em Angra foram encontrados vários livros de psiquiatria. A lancha dele foi localizada à deriva numa praia, próximo ao bairro Vila Velha, em Angra. A embarcação teria sido usada pelo suspeito para fugir.
Na época, o então delegado titular de Angra dos Reis, Francisco Benitez, contou que nada tinha sido levado da casa do economista. “Quem praticou o duplo homicídio estava com sede de vingança e não de roubar” – analisou Benitez na ocasião.
Além de alugar sua casa de praia, para turistas, principalmente estrangeiros, Raduan contratava um grupo de pessoas para prestar serviços aos hóspedes. Leonardo, por exemplo, tinha sido contratado recentemente pelo economista para pilotar a lancha que também era alugada.

Por Dicler de Mello e Souza

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