
Nelson: ‘Em Volta Redonda, apesar das dificuldades, a Apae funciona muito bem’
Rio e Volta Redonda – A Sessão Solene pelos 60 Anos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Volta Redonda), realizada pelo deputado estadual Nelson Gonçalves (PSD), na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), reuniu pais, alunos e professores da entidade, na noite desta quinta-feira, no Rio de Janeiro. O evento comemorou as realizações da entidade em Volta Redonda, a segunda sexagenária do estado do Rio de Janeiro, sendo a primeira a Apae da Tijuca.
O presidente da Federação Estadual das Apaes, Hélio Torres, que acompanhou o evento, elogiou a iniciativa do parlamentar, e o trabalho da equipe da entidade em Volta Redonda, que atua com o objetivo de acolher e proteger pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Torres lembrou que há anos a associação, responsável por acompanhar 347 assistidos, mantém a tradição de estimular e promover a inclusão social dos alunos.
– Esta equipe é extremamente competente e uma das melhores que conheço, pois em Volta Redonda, apesar das dificuldades, tudo funciona muito bem e acompanhamos o progresso destas crianças assistidas por esta entidade que, tenho a honra de comemorar o aniversário, na mesma data – ressaltou o deputado estadual Nelson Gonçalves, lembrando que a fundação da Apae/VR ocorreu em 9 de Abril de 1956.
As palavras do parlamentar foram reforçadas pela dona de casa, Josefa Guilhermina da Costa, mãe da Rafaela, de 27 anos que estuda na associação desde os seis meses de vida. Josefa garante que a escola foi fundamental para o desenvolvimento da filha que tem síndrome de down. E é na Apae que Rafaela recebe todo o apoio que precisa como aulas e oficinas para o desenvolvimento psíquico, motor e social.
– Não imagino a minha filha sem o apoio dos profissionais da Apae, porque lá recebemos todo o suporte necessário para o desenvolvimento e a inserção dela à sociedade – ressaltou Josefa, acrescentando que também recebe orientação por parte da equipe de profissionais da escola.
E para melhorar ainda mais o atendimentos aos assistidos, a diretora da entidade, Cláudia Dornellas, anunciou ontem, a conquista de novos parceiros para convênios visando a manutenção de projetos existentes na Apae/VR. Um deles, que estava paralisado e será retomado ainda este mês, será a oficina de informática, que vai beneficiar pelo menos 160 alunos. Com equipamentos novos e modernizados esta oficina volta a funcionar graças a um convênio entre a associação e uma empresa privada.
A diretora da unidade explicou ainda que outros parceiros estão sendo procurados, através de um projeto entre a Apae e Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. O objetivo também é buscar recursos para investir em projetos existentes na entidade, que somente, no ano passado, conseguiu a efetivação de 14 assistidos ao mercado de trabalho, além de três outros contratados como estagiários.
Outros 90 alunos foram incluídos em escolas regulares, dois outros, ao Projeto Brasil Alfabetizado, outros dois ao Colégio Diogo Levenhagem e quatro outros ao Caped. A Apae acompanhou ainda, as atividades dos alunos inseridos em 52 escolas da rede regular onde realizou intercâmbio com as unidades de ensino, buscando um melhor aproveitamento social e escolar dos alunos.
Conquistas
A associação realiza atendimentos diversos que vão desde às consultas clínicas, pedagógicas e terapêuticas, à estimulação, desenvolvimento e reabilitação dos assistidos, que podem ser acompanhados através de grupos ou em atendimentos individuais. E seguindo esses atendimentos os alunos recebem ainda acompanhamento com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo; pedagogo, neurologista e pediatra.
A família também recebe apoio, através de atendimento com serviço social e psicológico que atuam buscando melhorar a qualidade das relações entre o portador de deficiência, família e o meio social. E para complementar os trabalhos surgem os projetos, entre eles, Educação Física, na Escola e Oficinas, que contam com 151 assistidos. Este projeto visa entre outros objetivos a Educação psicomotora, manutenção das atividades de vida diária e prática.
Outros projetos que se destacam entre os alunos são: Dança; Fanfarra, Estimulação e Desenvolvimento, e o Sob Medida – buscando, principalmente o acompanhamento, controle e intervenção junto aos assistidos que apresentem sobre peso, obesidade ou aqueles que estejam abaixo do peso.
Outro destaque na lista de atividades desta entidade deve ser dado ao Departamento Pedagógico Especializado – DPE, onde 87 crianças, adolescentes e adultos, com idades entre 6 à 21 anos, portadores de Deficiência Mental Leve e/ou Moderada, estão inseridos. Ao lado desse trabalho se destaca ainda a Escola especializada Lar Pestalozzi, onde 120 alunos estão inseridos na Modalidade Especial. Esta unidade desenvolve seu trabalho a partir de Adaptações Curriculares, destinado aos alunos com deficiência Intelectual.