Benevenuto Santos Neto vê ambiente propício à renovação na eleição para prefeito de Volta Redonda

by Paulo Moreira

Professor universitário de Volta Redonda vai disputar prefeitura
(Foto: Assessoria Benevenuto Santos)

Neto de Benevenuto Santos, um dos prefeitos nomeados de Volta Redonda, no período em que o município foi considerado área de segurança nacional, o professor universitário Benevenuto Santos Neto é pré-candidato a prefeito de Volta Redonda pelo Avante. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO VALE, ele fala sobre as condições do cenário político da cidade.

DIÁRIO DO VALE – Como você avalia o cenário político atual em Volta Redonda e como sua pré-candidatura se insere nele?

BENEVENUTO SANTOS NETO – Há muitas candidaturas para essa eleição. O cenário está bastante diferente do que foi há 04 anos, quando os mesmos candidatos dos últimos 20 anos se apresentaram e a população procurou uma renovação no espectro da política. Acredito que há ambiente para renovação, mas não uma escolha às “cegas” ou em branco. Qualquer candidatura nova deverá ser coerente com as perspectivas das necessidades da cidade. Existe, por outro lado, sempre uma discussão que envolve o passado, outras administrações anteriores, que, neste caso, vai depender do posicionamento da justiça eleitoral no momento do registro da candidaturas.

DV – Seu partido tem ligações profundas com o lado esquerdo do espectro ideológico. Você pretende explorar a polarização existente?

BSN – Não são profundas estas ligações do Avante com os partidos de esquerda ou mobilizações desta natureza. A aliança nacional com o PDT nas eleições presidenciais foi salutar para o Avante, pois o partido mostrou autonomia em relação ao chamado “centrão”. O Avante tem procurado um viés mais progressista e social, que não se envolva em debates ideológicos de cunho pessoal ou econômico. Quem dita a economia é o momento e o sistema jurídico. Por exemplo, de que adianta um partido denominado “comunista” no Brasil, se nossa Constituição Federal protege o direito de propriedade a livre iniciativa econômica. Não faço parte da direção nacional do Avante, mas sinto que o partido está maduro e buscando se firmar como alternativa contra as polarizações entre direita e esquerda.

DV – Como um governo deveria agir no cenário de janeiro de 2021, com a Covid-19 ainda presente e, provavelmente, ainda sem vacina?

BSN – Há três problemas a serem enfrentados pelos futuros prefeitos: 1. O combate à corrupção na área da saúde, conforme podemos perceber em noticiários nacionais e ações judiciais envolvendo diversos governantes; este fato me impressiona, ou seja, autoridades “roubando” em plena pandemia; 2. Efetuar uma reforma urbana visando à ampla melhoria das condições de saneamento das comunidades mais carentes, pois sabe-se que a falta de condições mínimas de saneamento e de tratamento de esgotos estão vinculadas à propagação do covid-19; 3. Conscientização da população no uso de máscaras e no distanciamento social. Há uma outra questão muito delicada que envolve os municípios: os transporte coletivo, que sempre causa problemas de superlotação. Esta questão também deverá ser enfrentada pelo futuro prefeito de Volta Redonda.

DV – O Avante não elegeu nenhum vereador em 2016. Sua nominata conta com pessoas com chances reais de eleição?

BSN – O Avante possui bons quadros para as eleições de vereador. Nos candidatos não são ligados a quaisquer estruturas de poder, seja qual for o nível. Ocorre também as mesmas dificuldades que outros partidos possuem, que é a falta de candidaturas femininas. A cota legal obrigatória vincula toda a chapa e temos feito um esforço para mostrar a importância de diversidade de quadros na nominata. É bom observar que nenhum prefeito de Volta Redonda, após a redemocratização no governo Figueiredo, elegeu maioria na Câmara de Vereadores. Não há voto distrital para o legislativo brasileiro. Este fato cria a figura do candidato a vereador que busca voto em todos os bairros e não possui vínculo com nenhum.

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5 comments

Lucas 23 de julho de 2020, 16:55h - 16:55

acho que pra casa ser arrumada, o atual prefeito precisa de ficar oito anos, deveria ser candidato a reeleição

morador 22 de julho de 2020, 18:25h - 18:25

Pato novo na lagoa, sabe nada de política e vice de um passado tenebroso. Seu papai, foi prefeito biônico duplamente pois, só chegou lá porque o irmão Coronel Dilson não quis. Ou seja, mais um para costear o alambrado e só.

Marco Brandt 21 de julho de 2020, 13:14h - 13:14

É uma pessoa bem intencionada, deveria vir para vereador

Prefeito Samuca leva fácil, óbvio que irá repensar em não concorrer

Na real 21 de julho de 2020, 09:17h - 09:17

Todo mundo negando vínculo com a esquerda pra enganar o povo. hahahaha

Maria Antônia 20 de julho de 2020, 23:42h - 23:42

Tem que comer muito feijão. Em 2020 e o cara falando em Figueiredo. Esse é um Samuca de óculos.

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