Carlos Conrado critica projeto que pode criar 400 novos Municípios

by Diário do Vale

Volta Redonda e Brasília

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou (16/05), por 337 votos a 36 e 2 abstenções, o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 137/15, que regulamenta a criação de municípios no Brasil. Para ser aprovado, um texto de projeto de lei complementar precisa do apoio de 257 deputados.

“Mais uma vez o que ocorre em Brasília é para indignar a população brasileira. Essa farra significa a criação de mais 400 cargos de prefeitos, 400 de vice-prefeitos, 4000 secretários municipais, 4.000 vereadores, um absurdo! E quem vai pagar essa conta? É o trabalhador, quem produz e paga impostos”, assegurou Conrado.

Para Carlos Conrado, o rombo no orçamento federal dos novos 410 municípios seria de R$ 8 bilhões por ano. A grande maioria dos municípios a serem criados não terão autonomia financeira e dependeriam da criação de novos impostos pra se sustentarem.

A aprovação da urgência, no entanto, teve grande apoio dos parlamentares. Alguns deputados chegaram a pedir que a votação do mérito fosse realizada na sequencia, mas não houve consenso.”A urgência do projeto tem clara intenção de privilegiar as eleições do ano que vem. É um  grande acordo político com prováveis candidatos desses novos municípios. Vão tirar dinheiro da educação, saúde, um desperdício do dinheiro público”, disse Conrado

No entanto, a criação de novos municípios interessa a muita gente no mundo político. Basta ver que existe uma Associação Nacional de Apoio à Criação de Novos Municípios, como se esta atividade fosse de grande interesse público. E mais: a entidade diz ter o apoio de 350 deputados federais de diferentes partidos, entre os quais o autor do PLC, José Augusto Maia (PTB-PE).

“O que precisamos mesmo é diminuir a burocracia, menos de deputados, menos senadores,  menos vereadores e de mais professores, mais médicos nos hospitais e mais policiais nas ruas”, disse Carlos Conrado.

Carlos Conrado, pré-candidato a Deputado Federal pelo DC-Partido Democrata Cristão, defende a diminuição da  quantidade de políticos em Brasília , cortando pela metade  as vagas de deputados federais . Hoje existem  513 deputados federais, sendo 46 representantes do Estado do Rio de Janeiro.

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7 comments

João Lino torres Jr. 27 de maio de 2018, 09:41h - 09:41

Pouco sabem que milhares de povoações vivem abandonadas pelo poder público por as prefeituras estão a centenas e milhares de kilometros distante e por isso a prefeitura não gere esses povoados não tem assistência a saúde, segurança, educação desqualificada falta tudo,não tem estradas não tem porra nenhuma e na opinião de muitos nem direito.
Imagina que tenha que resolver uma formalidade na prefeitura que está a 300 km e a estrada é uma trilha de lama vocês nunca passaram por tais situações senão teria outra visão do assunto.
Nós precisamos sim tem leis rigorosas e fiscalização, mas também precisamos da emancipação.
As pessoas que falam que emancipação é a farra certamente nunca transportou doentes em rede durante pelo menos 20 km, nunca soube o que é deixar uma mulher em trabalho de parto nas mãos de uma pessoa sem formação, jamais abandonou sua propriedade em tempos de chuva por falta de acesso, nunca sentiu cólica a noite toda sem ambulância pra levar ao hospital, nunca soube o que é lampião a querosene. E outras desgraçadas que mt gente Brasil afora vive.
É esse povo todo também paga imposto caros da suas contribuições através do consumo e estão em solo brasileiro, ou será que estes não são brasileiros?
O Brasil precisa mesmo e dividir os cargos políticos e fiscaliza-los para possamos ter orgulho de ser cidadãos legitimamente brasileiros.

Sul Flu 21 de maio de 2018, 15:53h - 15:53

Desnecessário, inviável e extremamente burro fazer esse tipo de coisa. Já não basta a máquina pública não fechar as contas querem aumentar ainda mais? Como pode um pais ser tao miseravel, tenho vergonha desse lugar serio.

liberdade e propriedade 21 de maio de 2018, 11:09h - 11:09

Essa questão é muito subjetiva. Os deputados que defendem a criação de novos municípios, citaram casos de distritos com mais de 100 mil habitantes, visto isso merecem emancipação. Então a zona oeste pode se emancipar do Rio? “Mas a zona oeste não é distrito é bairro.” O que ou quem define quando é bairro ou distrito?? Penedo era distrito de Resende, mas para Itatiaia ele é considerado bairro. Então Penedo não pode se emancipar? Então um município pode classificar todos seus distritos como bairros para se proteger da emancipação? E os tais distritos dos deputados com mais de 100 mil habitantes, se forem classificados como bairros, perdem o direito de emancipação. Vou dar um exemplo da subjetividade: Buenos Aires e Rio de Janeiro, tem suas regiões metropolitanas com mesma população, no entanto, somente a cidade, Buenos Aires tem metade da população do Rio. Ou seja, afastando-se pouco do centro de Buenos Aires, já entra em outro município. Ou seja, zona norte, oeste, sul (de botafogo em diante), tudo pode se emancipar, ficando o Rio somente o centro.

Brasil 21 de maio de 2018, 15:54h - 15:54

ahn ?!? AFFF

Antônio 21 de maio de 2018, 09:26h - 09:26

Realmente é um absurdo esse projeto. Bom que alguém tem a coragem de criticar isso. Não podemos mais pagar impostos e ver esses desmandos.

BKPA 20 de maio de 2018, 22:55h - 22:55

A democracia no Brasil não deu certo, só projetos louco nos últimos 25 anos, o Falecido Enéas Carneiro alertou o país e não adiantou nada.

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 20 de maio de 2018, 21:31h - 21:31

É por essas e outras que cada vez menos acredito no Brasil… O cara quer que seu curral eleitoral vire município para encaixar mais apadrinhados nos cargos públicos, quiçá eleger-se prefeito, quando no município de origem seria mais difícil. São mais fatias para dividir um mesmo bolo…

Aqui mesmo na região, temos Pinheiral e Quatis, cidades-dormitório que dependem de repasse do governo via FPM para manter sua estrutura administrativa. Este país é vergonhoso!!!…

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