Barra Mansa – A Câmara de Barra Mansa inicia o mês de novembro, destinado à promoção da Consciência Negra, aprovando projeto de lei que busca resgatar a valorização de uma expressão cultural das pessoas escravizadas no país: o jongo. Na sessão desta quinta-feira (9), os vereadores de Barra Mansa aprovaram o projeto de lei que cria o Dia Municipal do Jongo. De autoria da vereadora Fernanda Carreiro, o projeto de lei cria o Dia Municipal do Jongo, a ser celebrado no dia 25 de junho, e inclui a data no calendário oficial de eventos culturais de Barra Mansa.
A vereadora autora do projeto de lei destacou a importância do jongo como símbolo de valorização da memória do povo negro e agradeceu aos membros do grupo Jongo Cafezal e da OICN por poder realizar a propositura deste projeto.
– O jongo foi desenvolvido no Brasil pelos escravizados africanos de origem BANTU, que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar no Vale do Rio Paraíba no período colonial. É uma dança, uma forma de expressão, uma forma de resistência, uma prática de memória coletiva por celebrar a ancestralidade africana e a trajetória dos afrodescendentes no Brasil. A partir do jongo, surgiram vários ritmos como o Samba Carioca, a Bossa Nova e vários outros ritmos. Agradeço em nome do todos que lutam em nosso município, em nosso país, pela valorização da cultura negra, da nossa origem, pela aprovação do projeto de lei. E agradeço ao Jongo Cafezal, à Silvana Maria, ao Paulo César, à Fran, à Tania, ao senhor Chiquilim, à Organização e Integração da Conscientização Negra de Barra Mansa por me darem a oportunidade de ser a autora deste projeto tão importante para a valorização da cultura negra.
Representantes do grupo Jongo Cafezal, de Barra Mansa, estiveram presentes à sessão e realizaram uma pequena apresentação do jongo, chamada ponto.