Deputadas defendem reserva de vagas para mulheres no Legislativo

by Paulo Moreira

Brasília – A coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados, Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), considera essencial aprovar proposta de emenda à Constituição (PEC 134/15) que institui cotas fixas de vagas para as mulheres nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados, e não apenas cota de 30% para as candidaturas femininas, como acontece hoje. Na região, Volta Redonda , Rio Claro e Piraí não elegeram nenhuma mulher para a Câmara Municipal.

“Nós queremos ter os 30% de concorrência, de candidaturas, queremos garantir os 30% de financiamento, mas queremos também ter vaga efetiva. Ou seja, toda câmara municipal tem que ter no mínimo uma mulher, todo estado tem que ter vagas estaduais e vagas federais. Trabalhamos ainda para ter representação no Senado”, disse. “Esse é o desafio da bancada feminina: mudar a legislação e acompanhar sua efetivação na prática. Crescemos, mas crescemos muito pouco e queremos muito mais”, avaliou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu pautar a PEC 134/15 após as eleições municipais.

Representatividade

Apesar do ligeiro aumento no número de prefeitas e vereadoras eleitas este ano, a representatividade feminina nas prefeituras e câmaras de vereadores brasileiras segue bem abaixo da proporção de mulheres no eleitorado. Conforme o TSE, as mulheres representam 52,5% do eleitorado brasileiro.

“Para a democracia, nós sabemos o quanto é importante a eleição de mulheres, porque nós devemos nos aproximar e alcançar a igualdade na representação, isso qualifica a democracia” , destaca a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Para ela, a violência política ainda prejudica o acesso das mulheres aos espaços de poder.

A parlamentar observa, porém, que houve um salto na representatividade de segmentos da população, com mais mulheres negras e trans eleitas, por exemplo. “O importante das eleições de 2020 não é apenas um aumento no número de mulheres, mas da qualidade da representação. Mais mulheres negras foram eleitas, mais mulheres no campo, mais mulheres vinculadas a pautas históricas da luta feminista, ou seja, mulheres que lutam pela liberdade e pelos direitos das mulheres e da população como um todo”, afirmou.

Mulheres negras

Mesmo com mais negras eleitas, elas representam apenas 5% do total de mulheres eleitas – 545 de um total de 10.769 mulheres, incluindo prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras. Entre os homens o percentual é próximo: 5,7% dos eleitos são negros.

As mulheres eleitas são mais instruídas do que os homens: 60% das candidatas eleitas, ou 6.475, têm nível superior completo; enquanto para os homem esta faixa de instrução representa apenas 33% dos eleitos.​

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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3 comments

Pagador de impostos 25 de novembro de 2020, 15:06h - 15:06

Ué. Basta as mulheres, que são a maioria da população, votarem nas mulheres e está resolvido o problema. Mais uma vez, estão tentando resolver com o famoso jeitinho. Teremos mais uma jabuticaba ? Será ?

Eleitor 24 de novembro de 2020, 21:12h - 21:12

Volta Redonda nenhuma mulher eleita.

Mas isso é o reflexo da sociedade.

Se metade da população é mulher, as mulheres elegeram pessoas do sexo masculino.

Mandrake 24 de novembro de 2020, 19:07h - 19:07

Essa é boa. Se as mulheres não estão sendo eleitas é porque nem elas querem. Pois segundo o último censo a população feminina b já é a maioria. Não tem que ter reserva para ninguém pra bolas. É só mostrar competência e sair em campanha e convencer o eleitor. E assim que se vc anga eleição.

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