Brasília – A presidente Dilma Rousseff classificou nesta quarta-feira (27) de “insinuação” a avaliação de que a nova fase da Operação Lava Jato está se aproximando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista no Equador, onde participou da 4ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a presidente voltou a questionar o vazamento de informações da investigação e disse que não responderia a perguntas que ligassem Lula à operação.
– Eu me recuso a responder pergunta desse tipo. Me recuso porque se levanta acusações, se levanta insinuações e não me diz por que, como, quando, onde e a troco do quê? Se alguém falasse a respeito de qualquer um de nós aqui, ‘a nova fase da Lava-Jato levanta suspeita sobre você’, e você não soubesse do que é suspeita, como é a suspeita e de onde vem a suspeita, você não acharia extremamente incorreto, do ponto de vista do respeito? – questionou.
A nova fase da Lava Jato, deflagrada nesta quarta, investiga lavagem de dinheiro com a compra de empreendimentos imobiliários no litoral paulista Três pessoas foram presas e a Polícia Federal apura se imóveis que pertenciam à cooperativa Bancoop e foram transferidos para a empreiteira OAS foram usados como repasse de propina.
Segundo Dilma, para acusar, é preciso ter provas. “Ao contrário do mundo medieval, o ônus da prova é de quem acusa. Daí por isso o inquérito, toda a investigação.”
Perguntada se a investigação de corrupção na Petrobras pode prejudicar a economia brasileira, Dilma respondeu que essa é a avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI), não a do governo. “O FMI acha. Eu acho que vocês devem perguntar ao FMI”, disse. Na semana passada, a presidente disse ter ficado “estarrecida” com as previsões do órgão sobre a economia do país.
Cooperação Econômica
A presidente Dilma Rousseff reafirmou a necessidade de intensificar a cooperação econômica e comercial entre os países da América Latina e do Caribe, para que possam “superar mais rapidamente os desafios impostos pela crise (econômica)”. Ela fez a declaração em Quito, após reunião com o presidente do Equador, Rafael Correa.
A presidente embarcou nesta quarta-feira para o Equador, onde participa da 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
“Analisamos o complexo quadro econômico internacional e a sua incidência preocupante sobre nossos países e sobre toda a região, em especial o impacto da queda do preço das commodities do petróleo, dos minérios, dos grãos e a desaceleração da economia chinesa que hoje transita de um padrão baseado em investimento e infraestrutura para outro, baseado no consumo e em serviços”, disse Dilma.
Segundo a presidente, Brasil e Equador concordaram em estreitar ainda mais o relacionamento para que as relações bilaterais possam funcionar “como uma ponte para essa travessia” que os países estão enfrentando.
Dilma citou projetos da parceria entre o Brasil e o Equador. “A Hidrelétrica de Manduriacu e o projeto de irrigação Daule Vinces dão testemunho de nosso comprometimento com a promoção de uma cooperação intensa com o Equador”.
Ela também destacou o Eixo Multimodal Manta-Manaus. “Esse projeto, de Manta-Manaus, é um projeto estratégico nessa região. Trata-se da integração de toda a região amazônica da América do Sul e aproximando as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, tanto aproximando o Equador do Atlântico quanto o Brasil do Pacífico”, acrescentou.
A presidente embarcaria ainda nesta quarta à tarde de volta para o Brasil e nesta quinta-feira participa de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, formado por ministros de estado e representantes da sociedade civil, empresariado e centrais sindicais.
1 comment
DIMINHA MINHA FILHA. O LULA É O CAPO.
ACORDA PRINCESA!
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