Disputa pelo poder no PMDB traz Deley de Brasília para o Rio

by Diário do Vale
Deley vai assumir secretaria Estadual de Esporte (foto: Arquivo)

Deley vai assumir secretaria Estadual de Esporte (foto: Arquivo)

Rio –  O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB) liberaram dois assessores para voltarem à Câmara dos Deputados. Pedro Paulo – secretário de governo da prefeitura – e Marco Antônio Cabral – secretário de Esporte do Estado – voltarão para Brasília. O deputado federal Deley de Oliveira (PTB) assumirá a secretaria estadual de Esporte, enquanto Walney da Rocha (PTB) irá para a secretaria municipal de Governo.

Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral vão reassumir seus cargos em Brasília para tentar ajudar Leonardo Picciani a retornar ao cargo de líder do PMDB na Câmara dos Deputados, já que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tenta destituí-lo de qualquer forma.

O motivo da disputa são as indicações que Picciani fez para a comissão de impeachment da presidente Dilma Rousseff, consideradas governistas por Cunha.

Como funcionam as mudanças

Cunha conseguiu tirar Leonardo Picciani da liderança do partido na Câmara dos Deputados por uma margem apertada, de 35 votos em 66 possíveis. Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral somam dois votos aos partidários de Picciani, mas a ida deles retira a deputada Laura Carneiro, também do PMDB, que também era favorável a Leonardo. Com a ida de Deley para a secretaria estadual de Esporte, Laura Carneiro permanece em Brasília. Isso é possível porque o PTB e o PMDB se coligaram na eleição para deputado federal no ano passado, e as suplências são da coligação, não do partido.

Troca de liderança do PMDB não favorece impeachment, avalia Berzoini

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse, ontem, não acreditar que a destituição do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, seja um sinal do partido de que inicia um movimento em prol do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

De acordo com Berzoini, o governo respeita os processos internos de cada partido e sabe que há divergências dentro do PMDB. “Não vemos nenhum motivo para que essa turbulência possa significar algo mais duro e pesado em relação ao PMDB com o governo”, disse.

Ontem, um grupo de 35 peemedebistas contrários ao governo protocolou na Mesa Diretora da Câmara o pedido para que o deputado Leonardo Quintão (MG) assuma a vaga.

Ricardo Berzoini conversou com jornalistas após participar de um evento no Palácio do Planalto. Na opinião dele, não há legalidade na votação secreta de ontem que elegeu uma chapa avulsa para a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment.

– Eu não concordo com os procedimentos e disse isso aos líderes. Não há razão para acreditarmos em chapa avulsa quando lemos o texto da lei e conhecemos o funcionamento do Congresso, especialmente da Câmara – disse.

Sobre o resultado da votação, que representou uma derrota para o governo por 272 votos a 199, Berzoini disse que não há razão para avaliar resultados isolados mas esta é uma “luta importante” a ser travada. Segundo o ministro, a legalidade é fundamental em qualquer trâmite dos Três Poderes.

“Vamos valorizar os 199 votos que tivemos e trabalhar para que eles cresçam a partir do legítimo debate político sobre a natureza desse assunto”, disse.

Picciani diz que pode voltar à liderança a qualquer momento

O ex-líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), que foi substituído nesta quarta (9) no cargo pelo deputado Leonardo Quintão (MG), disse que a prática de trocar líder da bancada com assinaturas em listas, que vigorou há cerca de dez anos pelo período de mais ou menos dois anos, foi reaberta e, a qualquer momento, a bancada poderá novamente trocar de líder.
“Há muito o PMDB tinha encerrado a prática da feitura de lista e essa prática foi reaberta hoje. Então está reaberta a temporada de lista. Pode ser que, a qualquer momento, surjam outras listas [de troca de líder]”, disse Picciani.
A substituição de Picciani por Quintão ocorreu com a coleta de assinaturas de mais da metade dos deputados da bancada. Insatisfeitos com a decisão de Picciani de indicar para a chapa oficial da comissão do impeachment deputados contrários ao procedimento, pemedebistas recolheram as assinaturas de 35 dos 66 deputados da bancada e fizeram de Quintão o novo líder.
Picciani negou que tenha indicado só deputados contrários ao impeachment para a comissão. Ele disse que a grande maioria dos indicados não tem posição definida e que não pediu compromisso de nenhum deles para votarem contra o processo.
Em relação a sua substituição na liderança, Picciani disse que recebia a decisão com toda tranquilidade. “Não me cabe tentar voltar ao posto de líder. Se for a vontade da maioria da bancada em um determinado momento, ela se expressará”, disse. Picciani disse que, se a bancada achar que ele deve retornar à função de líder, ele retornará ao cargo.
O ex-líder informou que em função das listas que ocorreram no passado, vários deputados chegaram a ocupar a liderança do PMDB por um dia, por dois dias, por três dias ou uma semana e que isso acabou quando o ex-deputado Henrique Eduardo Alves assumiu a liderança do partido. Picciani disse que, com a volta das listas, “a partir desse momento, a qualquer momento, a qualquer hora, a qualquer dia, pode vir uma lista e trocar o líder da bancada”.

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12 comments

BICHO BRABO 11 de dezembro de 2015, 17:16h - 17:16

ESSE É O MEU FUTURO PREFEITO ! TAMO JUNTO DELEY !!!

André Luis 11 de dezembro de 2015, 10:03h - 10:03

Essa manobra, que o nosso Governador esta fazendo, nada mais é do que proteger nossa Presidenta, um deputado que se presta a participar dessas manobras política, não merece o nosso voto.

perito 11 de dezembro de 2015, 08:51h - 08:51

Esse perdeu meu voto desde quando votou contra a redução da maioridade. Hoje, vive em cima do muro, só esperando para ver qual lado ganha para poder “tirar o seu”. Não tem que trabalhar de acordo com o que quer e sim de acordo com a vontade do povo.

ZERO 10 de dezembro de 2015, 15:49h - 15:49

E o Ministério Publico que ainda não tomou providencias das denuncias feitas pela Rede Record a familia Picciani.

Ta esperando o que?

loko 10 de dezembro de 2015, 09:49h - 09:49

deley para governador e a soluçao para o rio
vamos nos unir galera e tirar o pezao e por o deley ele e o cara

Costa 10 de dezembro de 2015, 11:07h - 11:07

Ta de brincadeira. Mudança geral, ninguem que tem cargo politico hj merece voltar. Todos eles estão contaminados com o virus da corrupção e falcatruas. Prova é essa mudança, tudo é um jogo de interesse e o povo só leva.

Nimue 10 de dezembro de 2015, 07:32h - 07:32

O pior momento da política brasileira, uma baixaria, um jogo de poderes, GENTE DA PIOR EXTIRPE, VOTO FACULTATIVO URGENTE, precisamos limpar a congresso, as câmaras de todo Brasil.

ÊTA POVINHO 10 de dezembro de 2015, 09:39h - 09:39

Como vamos limpar o congresso com o voto facultativo?

Precisamos urgente é colocar o eleitor para usar o seu “precioso voto” para colocar candidatos bons em substituição a esses pilantras que, infelizmente, fazem a gestão dos meus suados altíssimos impostos que eu tiro de pedra.

Voto facultativo é só para os eleitores bocós, pois os petistas e simpatizantes das bandeiras vermelhas JAMAIS deixam de votar nos petistas comunistas.

Quem não vota, concorda com o governo atual, não querem fazer troca.

alguem 9 de dezembro de 2015, 22:38h - 22:38

pra mim sao todos um bando de safados

ÊTA POVINHO 9 de dezembro de 2015, 21:59h - 21:59

Se decidiram trocar o Picciani, lider do partido, por ter indicado membros contra o impedimento, então o PMDB está em oposição à Dilma.

Bom, muito bom!

E segue o que eu disse desde o primeiro dia: A Dilma comunista está fora!

Fora comunistas! Vão para Cuba, porque para a Venezuela Vcs não têm mais chances. O ruim da Venezuela é que os bandeiras vermelhas de lá migrarão para o MEU BRasil, infelizmente.

petista 11 de dezembro de 2015, 07:39h - 07:39

Dilma vai ficar e vai fazer um bom governo o cunha vai sair de brasilia algemado,pra ele aprender a nao mexer com a maioria que quer ela no poder.

Caetano 9 de dezembro de 2015, 20:56h - 20:56

Isso picciani mostra que tem força. Vamos derrubar esse Cunha

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