Entidades de VR organizam movimento para alertar governo estadual sobre corte de incentivos fiscais

by Paulo Moreira

Empresários de Volta Redonda estão preocupados com possibilidade de empresas fecharem no Estado do Rio

Volta Redonda – Criar um movimento para sensibilizar o governo do estado do Rio de Janeiro em relação à importância da manutenção dos incentivos fiscais para as empresas. Esse foi um dos temas do encontro do Fórum Permanente das Entidades Representativas de Volta Redonda, realizado na tarde de segunda-feira, dia 15, no auditório do Sicomércio VR (Sindicato do Comércio Varejista de Volta Redonda).
A preocupação do Fórum surgiu depois que o secretário estadual de Fazenda, Luiz Cláudio de Carvalho, anunciou em encontros com empresários que o governo vai revogar diferentes leis de incentivos fiscais. “Estamos preocupados, pois muitas empresas se instalaram na região por causa desses benefícios. Agora, com a possibilidade dessas revogações, algumas firmas já começaram a fechar as portas. Temos o conhecimento de que somente uma demitiu 160 funcionários”, disse o secretário do Fórum, Evandro Queiroz.
Diante dessa realidade, Evandro alerta que as expectativas para o desenvolvimento das empresas não são positivas. “O corte dos incentivos fiscais vai promover uma reação em cadeia. Serão centenas de colaboradores nas ruas e empresas fechadas”.
O mesmo movimento visa, ainda, sensibilizar o governo estadual sobre a importância da redução na alíquota do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) no Rio de Janeiro. “Temos a maior taxa da Federação. Como representantes de entidades de classe de Volta Redonda, precisamos unir forças e fazer chegar ao secretário estadual de Fazenda os nossos anseios, mostrando o quanto este tributo pode prejudicar o crescimento econômico no interior do estado”.
Para iniciar o movimento, representantes do Fórum farão um levantamento minucioso de dados sobre os tributos pagos ao Estado. “Precisamos reunir informações para montar um trabalho bem fundamentado, com números das cidades da nossa região. Aí, sim, vamos unir as entidades da região e mostrar para o secretário estadual de Fazenda o quanto somos prejudicados com altas alíquotas”, sugeriu Adriana, lembrando que a atual taxa no Rio de Janeiro é 20%, enquanto estados vizinhos praticam 12%.
O diretor da ACIAP VR (Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Volta Redonda), Marcelo Reis, destacou que a alíquota reduzida pode até aumentar a contribuição das empresas. “Por meio de um estudo técnico, podemos fazer o governo entender que, se ele praticar uma taxa viável, certamente a arrecadação do Estado vai aumentar”.
Além dos incentivos fiscais e da redução na alíquota do ICMS, a reunião do Fórum tratou de outros assuntos de interesse da classe empresarial, como emissão de alvarás definitivos, taxa de publicidade e transformação do feriado de Santo Antônio (13 de junho) em ponto facultativo. “Todas essas questões já foram pontuadas com o prefeito Samuca Silva e com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Joselito Magalhães, em encontros anteriores. Agora, aguardamos do governo municipal uma posição definitiva sobre as demandas apresentadas pelo Fórum”, explicou Evandro Queiroz.
O diretor do Sicomércio VR, José Corrêa Neto, foi o anfitrião do encontro e colocou a entidade à disposição do Fórum. “O Sicomércio está de portas abertas para receber as reuniões do Fórum. Estaremos unidos em prol dos interesses da classe empresarial do município. E certamente apoiaremos esse importante movimento”, afirmou o diretor.
Formado pelo Metalsul, Sinduscon-SF, Aciap-VR, Aescon-VR, Sicomércio-VR, CDL-VR, Sipacon, Sinepe e Aciclica, o Fórum Permanente das Entidades Representativas de Volta Redonda atua há 4 anos, tendo como principal missão promover debates de assuntos que envolvem as empresas em suas rotinas administrativas, econômicas e tributárias.

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8 comments

AB Negativo 17 de abril de 2019, 13:43h - 13:43

Tem que cortar os incentivos das industrias automotivas pois são incompetentes,
sem eficiência e vendem os veículos com lucros absurdos.
Isso sem contar que não compram nada na região, os empresários já desistiram de
atender a eles, todos com certificação ISO e com preços competitivos, pergunta
para algum empresário se já conseguiu vender para essas montadoras ?

VAI VENDO 17 de abril de 2019, 17:46h - 17:46

…e qualquer dificuldade deles faturarem mais correm para o governo socorrê-los. Se o governo demorar com o socorro, então correm para a mídia para falar que vão demitir funcionários.

E logo eles que defendem (junto com muitos comentaristas daqui) que o capitalismo para ser eficaz tem de ser livre da burocracia dos governos, ou que os governos não podem interferir no mercado. O governo não deve interferir no mercado, mas exigem que os governos ajduem eles a faturarem mais.

Essa estratégia fez escola para empresários comerciantes da região. Quando o Samuca chamou os comerciantes da Colina para explicações dos incômodos aos residentes locais, eles alegaram que para cessar com o barulho e retirar as cadeiras da praça teriam de demitir funcionários.

Vamos ver como será com os empresários do Fórum das Entidades Representativas de VR. VAI VENDO Aí para não ter surpresas.

VAI VENDO 17 de abril de 2019, 18:19h - 18:19

Essa estratégia de correrem atrás dos governos para ajuda-los já existe há milhares de anos, mas os governantes até hoje não aprenderam e abrem as mãos pq NÃO CONHECEM a Administração Pública e NÃO ENTENDEM de Gestão Pública.

Há milhares de anos os artesãos e donos de terras (empresários) constituíram um rei para fazer leis que valessem para todos e para terem segurança PARA AJUDÁ-LOS nas trocas comerciais. Isso foi bom! Mas quando os reis precisaram dos impostos deles para manter soldados especializados no lugar dos escravos fornecidos para fazer valer as leis, então a coisa ficava feio para os reis.

Assim desde o início os empresários querem tudo dos governos, mas quando precisam da colaboração deles é uma briga.

E diga-se de passagem, a Adminsitração Pública nasceu a partir da iniciativa dos empresários que constituiram o rei que mais tarde precisou dos impostos para manter os soldados, ou seja, para manter o governo.

Diego Silva Ferreira 17 de abril de 2019, 13:40h - 13:40

Tenho uma idéia!!! Vamos pra rua em passeatas com camisa da seleção, falsa é claro, carregando patos gigantes e fazendo “arminha” talvez algum político de direita se sensibilize com nosso estado falido! Podemos pedir o apoio o grupo “vem pra direita” talvez nos emprestem o carro de som!!

Samula Silva 17 de abril de 2019, 08:15h - 08:15

O dinheiro não é do governo do estado é da população, que está mal servida como contribuinte e sem emprego. O estado do RJ é um dos 3 piores da federação em número de desempregados, porém é o que MAIS despejou dinheiro em empresas que pouco ou nada fizeram por aqui.

Jumento de Garimpeiro 17 de abril de 2019, 16:28h - 16:28

Cravou!!!!

FranciscoJFLacerda 16 de abril de 2019, 23:08h - 23:08

Tudo bem, mas antes desejamos saber se existe algum levantamento de qual foi o benefício para o município de Volta Redonda com os tais incentivos fiscais que estão sendo praticados a mais de 20 anos no estado?

Quantos voltarredondenses desempregados foram aproveitados nestas empresas?

Se instalaram nas outras cidades até próximas, correto! Mas quantos são os moradores da cidade estão contratados no momento em empresas que, por aqui e que eu saiba nunca se instalaram desde os governos Garotinho, Rosinha, Cabral e etc..

Pois o certo é que a cidade sofreu perdas, foi deixada de lado no fomento e atração de novos e diversificados negócios e ainda por cima nem era cadastrada nos programas estaduais de incentivos, durante a gestão municipal anterior e não havia qualquer apoio

Com isso nenhum benefício foi trazido ao seu povo onde muitos até hoje continuam sem renda, sem ocupação estável e decente!

VAI VENDO 16 de abril de 2019, 22:47h - 22:47

Em 2014, os empresários da região entraram em peso na campanha do Pezão. “Ele é a solução para o ERJ e, mais ainda, vai ajudar o Sul Fluminense por ele ser daqui.”

Está aí as consequências negativas para os mesmos empresários que diziam ser experts em política e arrrastaram muitos eleitores para o Pezão.

Falta de alerta na época não foi.

VAI VENDO ái o que dá votar em candidatos que NÃO CONHECEM a Administração Pública e NÃO ENTENDEM de Gestão Pública.

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