Entidades discutem acessos da Via Dutra com deputado Hugo Leal

Por Paulo Moreira

Lideranças regionais se preocupam com acessos a cidades após nova concessão da Dutra
Foto: Divulgação

Sul Fluminense – A ACIAP-BM (Associação Comercial, Industrial, Agropastoril e Prestadora de Serviços de Barra Mansa) foi uma das participantes da reunião realizada nesta sexta-feira (17/09) pela ADR (Agência de Desenvolvimento Regional) Líder Vale, que teve a mobilidade como tema, com foco na questão dos acessos à Rodovia Presidente Dutra. O encontro, que reuniu representantes de entidades e de prefeituras de cidades da região, aconteceu no UGB (Centro Universitário Geraldo di Biase), em Volta Redonda, e contou com a presença do deputado federal Hugo Leal.

O presidente da ACIAP-BM, Matheus Gattás, que participou da reunião, ressaltou a importância da união das entidades e lideranças políticas na busca de soluções para os problemas de mobilidade que a região enfrenta. No caso dos acessos à Via Dutra, ele destacou a dificuldade enfrentada por empresários e pelos agricultores. “Os acessos fechados inviabilizam o interesse das empresas em se instalar em determinados locais, é uma barreira para a atração de novas empresas e também uma dificuldade para as que estão em operação. Prejudica também os agricultores, dificultando o escoamento da produção. A questão da mobilidade é uma grande preocupação da ACIAP-BM e estamos aqui para somarmos esforços na busca por soluções”, falou ele.

Durante a reunião, o diretor de Mobilidade da ADR Líder Vale, Péricles Aguiar, fez uma apresentação mostrando o trabalho e os resultados já alcançados pela agência. Ele destacou que o pleito principal em relação à nova concessão da Nova Dutra é a necessidade da via marginal e os acessos aos municípios que margeiam a rodovia. Segundo ele, dos 997 acessos, 216 estão fechados – sendo 20 em processo judicial. E, dos 781 abertos, 693 estão irregulares.

– Muitos acessos para as cidades da região estão fechados e isso tem um grande impacto, afetando a mobilidade e a economia. Há cidade, que para ir de um bairro a outro é preciso ir pela Dutra. No processo anterior, nos mobilizamos e conseguimos bons resultados em muitas demandas, como a retirada da Praça de Pedágio em Barra Mansa, a alteração no formato do repasse do ISS, entre outras, e entendemos que nossa participação foi vitoriosa. Agora temos a questão da marginal e dos acessos como foco – falou Aguiar.

O deputado Hugo Leal, que é membro da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, afirmou que a nova concessão tem que ser pensada e discutida agora, mas lembrando que o decidido vai valer por 30 anos. “Minha maior briga é pelas faixas marginais, a obrigação de fazer e manter as marginais tem que ser das concessionárias. E é necessário, ao fazer uma concessão desse porte, ouvir os municípios, que lidam com o dia a dia. Sou incisivo nisso, porque, se não discutirmos isso hoje, só daqui a 30 anos. O papel de vocês, dessa forma organizada, é um diferencial”, disse Leal, afirmando que vai avaliar os dados apresentados para buscar as soluções necessárias. “Assumo o compromisso de estudar essa situação e avaliar, se for necessário, até a viabilidade de mudanças na lei para evitar a judicialização. E também avaliar a possibilidade de se criar, dentro da ANTT, uma Câmara de Negociação para que a autorização dos acessos seja feita por ela”, completou.

O coordenador político do gabinete do deputado Hugo Leal, o ex-deputado estadual Nelson Gonçalves, ressaltou a importância da transparência no processo de concessão das rodovias federais.  Nelson enfatizou que o diálogo entre setores é primordial a fim de evitar prejuízos à economia local. “É certo que uma das grandes reivindicações da região que margeia a rodovia Dutra é a questão dos acessos às empresas, sítios, fazendas, postos e outros que constantemente sofrem intervenção da concessionária no sentido de fechar os acessos. Isso será acompanhado de perto na questão da nova concessão. Outra questão importante para se resolver é a federalização da Rodovia do Contorno, para manutenção pela concessionária”.

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