Fechamento do Vita eliminaria 400 consultas e 300 atendimentos emergenciais por dia

by Paulo Moreira
Essencial: Vita tem volume de atendimentos e internações que não pode ser suprido pelo restante da rede (Foto:Paulo Dimas)

Essencial: Vita tem volume de atendimentos e internações que não pode ser suprido pelo restante da rede
(Foto:Paulo Dimas)

Volta Redonda – O diretor médico do Hospital Vita Volta Redonda, o gastroenterologista Rônel Mascarenhas, afirmou nesta segunda (16), que um eventual fechamento da unidade deixaria Volta Redonda sem 400 consultas e 300 atendimentos emergenciais a cada dia. De acordo com ele, a rede privada da cidade não teria condições de absorver a demanda gerada por essa paralisação.

— Os únicos pronto-socorros privados existentes na cidade, além do que funciona no Vita, são os do Hinja e do hospital da Unimed, que não teriam condição de suportar essa demanda extra de 300 atendimentos diários. As 400 consultas diárias do Centro Médico também dificilmente seriam absorvidas — disse Mascarenhas.

Além dos atendimentos de emergência e das consultas, o médico também afirma que a cidade e mesmo a região teriam muita dificuldade de suprir os leitos que seriam fechados caso as atividades do Vita sejam suspensas.

— Atualmente temos 102 pessoas internadas. Não creio que haja vagas suficientes para suprir essa quantidade de internações na rede particular da cidade, ou mesmo das cidades vizinhas, caso o hospital feche. Basta ver que outro hospital privado de atendimento geral, o da Unimed, já está programando uma expansão mesmo antes de haver a possibilidade de o Vita parar, o que indica que está perto de seu limite de capacidade – declarou o médico.

O Vita é também o único hospital da cidade a fazer cateterismo e cirurgias cardíacas, atendendo inclusive pelo SUS. Só para a saúde pública, são cerca de mil procedimentos por ano.

— Existe também um risco para a cidade. Se as cirurgias cardíacas pelo SUS forem feitas em outro município, a destinação da verba vai se deslocar para lá e depois será difícil de recuperar — afirmou.

Rônel acrescentou que o corpo clínico do hospital está preocupado em manter a unidade funcionando justamente para evitar esse problema e a perda de know-how que pode ocorrer caso haja saída de profissionais.

You may also like

21 comments

Sul Flu 17 de abril de 2018, 18:47h - 18:47

A grande “panela” do Vita, vai acabar!!
Rede Dor vai chegar!!!
É muita gente de branco vai chorar!!!

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 17 de abril de 2018, 18:40h - 18:40

Onde há demanda cria-se oferta, ainda mais num mercado altamente lucrativo como o da saúde privada… Ninguém rasga dinheiro, os atuais funcionários do hospital sabem disso. Sabem que, se não forem eles, serão outros…

Brasileiro 17 de abril de 2018, 18:15h - 18:15

Realmente será muito bom a troca de empresa, pois a Rede Vita, além de não estar pagando aluguel, está deixando o imóvel acabar, pois como alguém já disse por aqui, os móveis e utensílios do hospital, estão defasados (tem cama desde a CSN EstataL ). Quanto ao atendimento por parte de alguns médicos, técnicos e auxiliares, deixa muito a desejar.Deverá ficar 2 a 3 meses fechado, para reformar, e depois ficará ótimo, seja com a Unimed Nacional ou o Grupo Rede DOR.

Marcus Vinicius 17 de abril de 2018, 17:02h - 17:02

Não há duvidas que os hospitais existentes não possuem capacidade para atender aos pacientes que deixarão de ser atendidos no Vita. Não há duvidas que os empregos perdidos com o fechamento do Vita não serão compensados pelos empregos que serão gerados nos hospitais existentes. Qualquer voltarredondense que se preze deve lutar pra que outro grupo assuma a administração do HSN e o mantenha funcionando. O resto é luta por interesses mesquinhos.

Não podemos ser penalizados 17 de abril de 2018, 15:09h - 15:09

Sempre gostei muito do atendimento do Vitta. Mais uma vez o povo será penalizado. A Unimed não conseguirá absorver toda a demanda da cidade. Triste …..

fernando 17 de abril de 2018, 13:34h - 13:34

Se fechar não ira fazer falta alguma. A administração é pessima, a qualidade dos profissionais são de baixissimas qualidade, os equipamentos (macas, camas, etc etc) enferrujados, ultrapassados. Alguns não querem que fecha porque sempre mamaram e continuam mamando na teta desde a epoca de estatal. Tive minha mae internada neste necrotério onde só havia duas auxiliares de enfermagem para cuidar de mais de 50 pacientes, os familiares que tem que dar banho nos pacientes, trocar fraldas e até lembrar os auxiliares de enfermagem da hora de dar os medicamentos. E quando vamos a sala dos auxiliares chama-los quando estão dormindo, ainda ficam nervosos e passam a destratar os pacientes e familiares DIZENDO QUE, NÃO TINHA DORMIDO PORQUE HAVIAM SAIDO DE UM OUTRO PLANTÃO. Como uma pessoa trabalha 24hs todos os dias sem dormir???/ É certo que dormem no hospital. Houve dias que o médico nem aparecia para ver os pacientes e quando passava um deles, mau olhava no rosto do paciente e peguntavam aos familiares como o acamada estava, ao inves de o “profissional” nos informar. Dai iam para uma sala no meio do corredor e ficavam de papos no whasapp. FECHAM ESSE HOSPITAL, AINDA HÁ TEMPO

Olho Vivo Original 17 de abril de 2018, 13:05h - 13:05

É ABSURDO O QUE ESTÃO FAZENDO COM A SAÚDE DO POVO. DESCASO TOTAL. MERCENÁRIOS.

Olho Vivo Original 17 de abril de 2018, 12:57h - 12:57

QUEM PERMITIU A “VENDA” DA CSN FOI A FORÇA SINDICAL, POR QUE ELES NÃO DESFAZEM O F…

Maniac 17 de abril de 2018, 12:53h - 12:53

O hospital em questão é de suma importância para toda a região e insubstituível nesse momento! Berço do ensino médico na região e referência de qualidade na prestação de serviços, é inalienável da história de nosso município. Será uma prova de sensibilidade do poder público aliar-se aos funcionários do hospital para evitar o caos, essa injustiça com a comunidade.

Voltaredondense 17 de abril de 2018, 10:52h - 10:52

Agora não adianta ficar de chororô, porque não pensaram em resolver esta situação antes? Muita incompetência e incapacidade de ver que o mundo mudou. Todo mundo dormindo em berço esplêndido do HSN. Deu nisso.

Dbobo não t nada 17 de abril de 2018, 09:02h - 09:02

Com todo esse movimento vcs não estavam pagando aluguel?

tão de brincadeira

OLHOVIVO 17 de abril de 2018, 08:48h - 08:48

Essa novela de novo!
O Hospital da Unimed esta preparado para dar conta da demanda até que outra empresa seria assuma o hospital caloteiro.
Tudo vai se ajeitar.

MORADOR 17 de abril de 2018, 12:32h - 12:32

Não existe só a Unimed, tem o HIMJA também.

Adival Monteiro 17 de abril de 2018, 08:16h - 08:16

Toda essa situação reflete a outra crise brasileira: a gestão!
Nunca tivemos tantas empresas com déficit de gestão como agora. É muita gente pensando e decidindo besteiras, achando que o “jeitinho” resolve tudo. Os tempos mudaram e a forma de gerir empresas também.
No caso específico do Hospital Vita, há anos temos presenciado uma queda de braço entre a CSN e sabe lá quem (quem afinal conduz esse hospital?).
Em tudo isso, fica uma certeza: o bom senso e a competência têm ficado em segundo plano.

Pobre de nós, que somos dependentes dessa gente!

TO DE OLHO 17 de abril de 2018, 08:08h - 08:08

se nâo pagar tem que fechar sim e pronto ,a gente fica sem pagar luz e àgua eles vem e corta , agora porque os colarinhos brancos nao querem pagar a conta que usou, e vir outros planos de saude para cidade , o unico plano da saude da cidade é unimed ,por isso este preço alto , que venha mais planos saude para cidade com preços justos .

MORADOR 17 de abril de 2018, 12:35h - 12:35

Engano seu, usamos o BRADESCO SAÚDE e a AMIL também.

CTI pé na cova 17 de abril de 2018, 05:11h - 05:11

Eu enchergo isso como uma tentativa de amolecer o coração gelado da csn pra perdoar ou atenuar as dívidas.

Julião 17 de abril de 2018, 11:59h - 11:59

Eu marcaria uma consulta com oftalmologista para “ENXERGAR” melhor as palavras

Realista de plantao 17 de abril de 2018, 05:08h - 05:08

Se tivessem tanta preocupação com os pacientes não deixariam ter chegado a esse ponto de inadimplência,segundo a imprensa.

MORADOR 17 de abril de 2018, 12:40h - 12:40

Inclui também o comportamento soberbo de alguns funcionários, do hospital Vita e do Centro médico.
O prestador de serviços tem que valorizar seus clientes, serve para as clínicas, bancos, comércio etc…

Euzinha 16 de abril de 2018, 23:59h - 23:59

Guilherme q faz
cateterismo e cirurgias cardíacas. E ele saiu do hospital semana passada…

Comments are closed.

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996