MPF e prefeitura de Pinheiral fazem TAC sobre regularização fundiária

by Diário do Vale

Pinheiral – O procurador do Ministério Público Federal (MPF), Júlio Araújo, explicou, durante coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira (15), o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que o MPF e a prefeitura de Pinheiral firmaram no último dia 07. O documento assegura o processo de regularização fundiária de uma área de 10 milhões de metros quadrados, antes pertencente à União e doada ao município em abril do ano passado. A área é composta por cerca de 16 mil habitantes das zonas urbana e rural, abrangendo mais de quatro mil imóveis nos bairros Ipê, Colina, Cruzeiro I e II, Palmeiras, Oriente, Chalé, Posto Zootécnico e parte do Centro.
O TAC prevê diretrizes, critérios e uma série de obrigações ao município e tem como principal objetivo assegurar a função social das propriedades e o direito social à moradia, sobretudo em favor da população de baixa renda. “Além disso, são estabelecidas regras quanto à proteção ambiental e ao patrimônio histórico e cultural da região”, complementa o procurador da República.
O documento é fruto de um acordo entre o município e o MPF para dar fim a um processo que tramita na justiça desde 2012. “Quando o MPF ajuizou esta ação, a área ainda pertencia à União e havia esta preocupação em regularizar, por gerar certo impasse por conta de limitações, de uso e de destinação. Neste contexto, a gente começou a discutir e, paralelamente, o município conseguiu a doação dessa área com algumas condições, entre elas a regularização fundiária. Após isso, a gente acelerou nossas discussões para o município realizar este processo com a participação muito incisiva da secretaria de Habitação”.
Ainda de acordo com o procurador, o efeito prático da regularização é também assegurar que a organização do espaço urbano seja feita de maneira mais justa, garantindo melhor utilização dos equipamentos públicos e infraestrutura. “Nós nos debruçamos muito sobre a legislação federal, acompanhamos e mapeamos a realidade, realizamos audiências com a comunidade, fizemos visitas e conseguimos estabelecer alguns critérios que podem, daqui para frente, ser seguidos pelo município”.
Presente à coletiva, o prefeito de Pinheiral, José Arimathéa Oliveira (PSB), disse que hoje os moradores vivem em condição de ‘posseiros’. “Eles ocuparam uma área que era da União. Em terra pública não se aplica a condição de usucapião e eles não teriam outra condição de regularização se não fosse pela via oficial do Poder Público assumir este processo”, explicou. O procurador reiterou que o que existe é um reforço protetivo na esfera de direitos dessas pessoas. “Elas tinham direitos por ocupar aquelas áreas e viverem ali, mas não estavam resguardadas por títulos de propriedade e registro em cartório, o que poderiam gerar dificuldades, eventualmente, se o Poder Público desejasse retirar ou reintegrar a posse”.
Arimathéa ainda pontuou a condição de reconhecimento do valor do imóvel e, ao mesmo tempo, uma oportunidade que facilita a vida das pessoas do ponto de vista legal. “Eles podem ter acesso a crédito para compra e venda de imóveis, para reformas e ampliações, benefícios que só são possíveis quando o imóvel é legal. Além das moradias, a gente tem muitos estabelecimentos comerciais e industriais localizados nessas áreas e que dificilmente conseguem um financiamento. O empresário vai ao banco pegar um capital de giro para a sua empresa e o banco pede uma garantia em troca e, geralmente, essa garantia é dada no imóvel. Em Pinheiral isso se torna muito difícil, pois os empresários não têm como dar o imóvel em garantia. A regularização também abre oportunidades econômicas na cidade”, frisou o prefeito lembrando ainda que todo o processo levará em consideração a condição socioeconômica. “O MP está acompanhando e orientando todos esses passos do município para que a gente consiga garantir a execução desse direito de favorecimento para as pessoas de baixa renda”.
Cabe lembrar que o processo de regularização de algumas famílias já foi iniciado e o município deu prioridade aos agricultores que são ocupantes e usuários da área como forma de produção e geração de renda. “Nós estamos encaminhando para análise da Caixa Econômica dois projetos de repasse de recursos para financiar o processo de cadastramento dessas famílias. Um já está aprovado e em fase de licitação para dar início ao cadastramento de campo, físico do imóvel e social, para saber em que categoria as pessoas se enquadram neste processo”, informou o secretário de Urbanismo, Habitação e Regularização Fundiária, Marcus Russoni. “Já há um projeto aprovado pelo Ministério das Cidades, através do Programa Papel Passado, fruto de duas emendas parlamentares indicadas pelo deputado federal Luiz Sérgio (PT) que destinou a verba para fins de regularização dessas terras”, acrescentou.
Recentemente, o procurador Júlio Araújo dialogou com o presidente da Câmara de Vereadores mostrando que a obrigação do município em responder ao TAC compete não só ao Poder Executivo como ao Poder Legislativo. Serão encaminhados, em breve, quatro projetos de lei para avaliação dos vereadores. “Todo o processo de regularização nesta última etapa precisa da autorização legislativa para ser efetivado”, informou o prefeito.
Após a assinatura do TAC, o Ministério Público Federal aguarda a homologação pelo juiz da 1ª vara federal para extinguir o processo judicial que trata da questão.

Você também pode gostar

18 comments

Pinheiral 17 de junho de 2016, 22:15h - 22:15

Para nível acima

Vc não deve ser morador de Pinheiral,pois a obra está atrapalhando toda a população,poluição visual com tapumes espalhados ao derredor,criadouro de mosquitos e mais se os engenheiros fossem tão bons como vc diz teriam procurado melhores informações sobre a empreiteiraantes de contratar agora que já começou e não conseguirao terminar ficam usando desculpas

teteia 17 de junho de 2016, 06:33h - 06:33

To de olho. Você está certo. Errado é o médico que te deu alta do hospício.

Pinheiral 16 de junho de 2016, 22:30h - 22:30

Resposta ao Francisco

Verdade o que não conseguiram fazer em 16 anos o tateia kkk conseguiu,dderrubou a prefeitura e não conseguirá reergue-la,pois a obra mau começou e já está condenada

Nivel a cima 17 de junho de 2016, 07:53h - 07:53

Em que a construção da nova sede administrativa está atrapalhando sua vida? A obra está paralisada graças a competência dos engenheiros e arquitetos da Prefeitura que não aceitaram o serviço porco que a empresa estava fazendo e colocou ela para correr. Se fosse uma obra eleitoreira teria sido feito de qualquer jeito só para falar que fez.

Tô de olho 16 de junho de 2016, 16:39h - 16:39

Tentem outro assunto mesmo porque a regularização fundiária é fato consumado.

Tô de olho 16 de junho de 2016, 16:37h - 16:37

Funcionário do Teteia eu? hahahahahahaha
Sou a favor da minha cidade. Não está tudo a mil maravilhas mas bem melhor que antes, ah isso com certeza está.
Hoje vou ao módulo de saúde e marco consulta para o dia seguinte, o médico atende de segunda à sexta-feira, antes como era?
A farra dos aluguéis de imóveis acabou. Módulos, novinhos e muito bem equipados estão sendo entregues à população, antes eram casas que não foram projetadas para isso.
Há, também, um programa chamado Orçamento Participativo, onde nós decidimos onde será investido o nosso dinheiro. Antes como era?
Pense nisso!

Sebastião 16 de junho de 2016, 17:31h - 17:31

Quanto ao último comentário do ” Tô de Olho “, neste aspecto tem toda razão. O que questionamos é que saúde é obrigação, e não favor, bem como saneamento básico.
Verbas que poderiam ser melhor aplicadas estão sendo usadas em obras eleitoreiras, só isso.

Sebastião 16 de junho de 2016, 14:22h - 14:22

Para o ” Tô de Olho “.

Você deve ser muito mal informado.
O projeto não custa milhões coisa nenhuma. Já mandamos avisa ao Sr Prefeito que temos o projeto na mão ( na época feito pela JRO) e, verificando orçamentos de obras similares, sairia pelo mesmíssimo valor da obra do tal parque fluvial, que é tão somente obra eleitoreira, que aliás está sendo executada pelo ex secretário de obras, Anderson Costa Alonso.
O que acontece é que Pinheiral continua sendo uma fazenda, onde o gado, como você e o ” nível acima ” é tangido.

Tô de olho 16 de junho de 2016, 16:31h - 16:31

Mal informado é o Sr.
A verba do parque fluvial só poderá ser utilizada para tal finalidade.
Leia, informe-se antes meu nobre.

Francisco 16 de junho de 2016, 13:06h - 13:06

A oposição piraaaaaa… Nosso Prefeito dando aula de como se trabalha com seriedade e competência. O que não conseguiram fazer em 16 anos ele fez em 4.

VIRA LATA 16 de junho de 2016, 11:01h - 11:01

TÔ DE OLHO, É FUNCIONARIO DO TETÉIA, VÉIO.

Tô de olho 16 de junho de 2016, 16:38h - 16:38

Está enganado meu nobre. Sou muito bem formado e empregado, há muitos anos não sou sustentado por tetas.

teteia 16 de junho de 2016, 07:06h - 07:06

O MPF poderia aproveitar e levar o Tetéia para a jaula.

Tô de olho 16 de junho de 2016, 10:23h - 10:23

Se o Tio Tuninho não foi o Teteia não vai nunca.

Nivel a cima 16 de junho de 2016, 13:08h - 13:08

Por qual motivo? Se o prefeito anterior que teve as suas contas reprovadas pelo TCE e pela câmara continua solto, porque o atual tem que ser preso?

Sebastião 15 de junho de 2016, 21:20h - 21:20

O MPF deveria também propor um TAC sobre o saneamento básico e asfaltamento do Varjão, que é obrigação do prefeito, e não favor.
Este ano tem eleições, vamos cobrar.

Tô de olho 16 de junho de 2016, 10:24h - 10:24

O senhor deve morar em outro lugar que não é o varjão. Estão cansados de explicar que o projeto custa milhões e o senhor não entendeu ainda?

Nivel a cima 16 de junho de 2016, 13:09h - 13:09

Quem esteve ai no bairro e prometeu 5 milhões para fazer essa obra foi o deputado Tutuca, vai cobrar ele.

Comments are closed.

diário do vale

Av. Pastor César Dacorso Filho nº 57

Vila Mury – Volta Redonda – RJ
Cep 27281-670

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99974-0101 – Comercial

(24)  99208-6681 – Diário Delas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

© 2025 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996