Mudança nas regras amplia número de partidos na Câmara de Volta Redonda

by Paulo Moreira

Volta Redonda – A mudança na regra de distribuição das cadeiras de vereadores entre partidos teve o efeito previsto e aumentou o número de legendas representadas na Câmara Municipal de Volta Redonda. Na eleição do ano passado, 14 partidos conseguiram representação, contra 11 que elegeram vereadores em 2016. Isso aconteceu porque até a eleição municipal de 2016, os partidos que não atingiam o quociente eleitoral deixavam de participar da divisão das cadeiras distribuídas por média. Agora todos os partidos entram na divisão, tendo ou não atingido o quociente, que é igual à quantidade de votos válidos dividida pela quantidade de cadeiras em disputa, que são 21 no caso da Câmara Municipal de Volta Redonda.

A verificação das médias é feita com as seguintes regras: a) divide-se o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele obtido, acrescido de mais um, cabendo ao partido que apresentar a maior média um dos lugares a preencher; b) repete-se a operação para a distribuição de cada um dos lugares até preencher a última vaga.

É comum haver candidatos eleitos com muito menos votos do que o coeficiente eleitoral. Isso acontece porque todos os votos do partido são divididos pelo coeficiente. Assim, os campeões de votos – que conseguem mais do que o coeficiente – e os candidatos com menor votação – que no meio político costumam ser chamados de “rabiola” – têm uma grande importância no resultado da eleição.

A soma dos votos da “rabiola” também é importante – mesmo que esses candidatos menos conhecidos não tenham chance real de serem eleitos, é importante que eles se esforcem na campanha e consigam a maior quantidade possível de votos. Eles vão dar uma contribuição importante para o “bolo” de votos do partido, já que mesmo as maiores legendas não costumam ter mais do que dois ou três “campeões” que garantem seu coeficiente e ajudam outros companheiros.

Só que neste ano, pela primeira vez nas eleições para vereador, o candidato que recebe os votos tem que ter pelo menos 10% do quociente eleitoral. Isso vai evitar que candidatos com votações muito baixas sejam eleitos.

 

Variação no número de votos

 

Dos onze vereadores reeleitos em Volta Redonda em 15 de novembro do ano passado, três tiveram crescimento na quantidade de votos: Rodrigo Furtado (PSC) passou de 1.022 para 1.904 votos, num crescimento de 86,30%, Vair Duré (PSC), que saiu de 1.420 para 1.693 votos, crescendo 19,23%, e Pastor Washington (Republicanos), que cresceu 2,75%, de 1.492 para 1.533 votos.

O maior crescimento percentual de número de votos, no entanto, ficou com um vereador que havia ficado fora da Câmara, na disputa de 2016: Hálison Vitorino passou de 681 para 1.283 votos, num crescimento de 88,40%, o maior registrado entre os que se candidataram nos dois pleitos mais recentes. Temponi também havia disputado a eleição anterior, sem se eleger,  e teve alta no número de votos em 2020, quando foi eleito: de 1.131 para 1.561 votos, alta de 38.02%.

Outro que disputou as eleições de 2016, não se elegeu e em 2020 conseguiu a cadeira na Câmara Municipal foi Lela (PSC);  no entanto, se em 2016 os 2.155 votos não lhe garantiram o assento entre os 21 parlamentares

Oito vereadores tiveram redução na quantidade total de votos entre 2016 e 2020, mas continuaram em suas cadeiras na Câmara Municipal: Novaes (PP), Fábio Buchecha (PSC), Luciano Mineirinho (PSD),  Dinho (Patriota), Edson Quinto (PL), Neném (DEM), Jari (PSB) e Paulo Conrado (DC).

Dos dois vereadores que retornaram à Câmara Municipal, Jorginho Fuede (PSDB) não disputou em 2016 e Valmir Vítor (PT) conseguiu retornar em 2020, mesmo obtendo menos votos do que em 2016. No ano passado, Valmir teve 1.220 votos, contra 2.038 de 2016, quando não conseguiu uma cadeira.

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4 comments

Wanuil 6 de janeiro de 2021, 02:46h - 02:46

Deveria ter dois partidos, É pó isso que a met dos eleitores não votaram… Vai piorar hein !

VAI VENDO 5 de janeiro de 2021, 21:48h - 21:48

1 Novaes (PP),
2 Fábio Buchecha (PSC),
3 Luciano Mineirinho (PSD),
4 Dinho (Patriota),
5 Edson Quinto (PL),
6 Neném (DEM),
7 Jari (PSB) e
8 Paulo Conrado (DC)

8 vereadores perderam votos. 8 vereadores que não estão enganando mais nem os seus velhos eleitores. Em 2022 a gente tira eles da câmara para sempre.

Pagador de impostos 5 de janeiro de 2021, 17:43h - 17:43

Muda nada para os pagadores de impostos. Essa imensidão de partidos só existe aqui no Brasil, porque o dinheiro é farto. Se a farra com o dinheiro acabar, em seis meses ou menos, ficam 2 ou 3 apenas. Dinheiro é bicho arisco. Quero ver os “nobres” representantes dos pagadores de impostos suarem a camisa pra arrecadar dinheiro para manterem essa estrutura toda.

VAI VENDO 5 de janeiro de 2021, 21:41h - 21:41

É assim porque você e muitos outros eleitores aceitam tudo que eles falam. Um tapinha nas costas, um gozo, um voto garantido. Quantos e quantos eleitores bocós deram votos por gratidão a eles?

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