Pezão corta R$ 1,5 bi em gastos

by Paulo Moreira

Rio –  O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) informou ao jornal O Globo que vai cortar R$ 1,5 bilhão em gastos durante 2016. As principais reduções serão no custeio – despesas que o governo faz para manter a “máquina” pública funcionando – e nas contratações de serviços terceirizados. Segundo o site Brasil 247, nos próximos dias, o governo deve anunciar medidas para apertar conter mais despesas, como a extinção de 20 empresas e autarquias, a redução de contratos com Organizações Sociais (OS) e o corte de carros e celulares de seus secretários e assessores.

Algumas secretarias estaduais serão extintas ainda em janeiro e o governo vai vender uma série de bens – entre eles, helicópteros e imóveis. Como medida de economia, o governo estadual também pretende centralizar o governo em um centro administrativo, reduzindo os gastos com aluguéis, que hoje estão em cerca de R$ 70 milhões por ano.

 

Razões da crise

 

Questionado sobre os motivos da crise econômica no Rio, Pezão falou sobre o preço do petróleo. “Nós mandamos o orçamento com o barril (de petróleo) a US$ 115 e estamos recebendo repasses com o barril a US$ 36. As pessoas falam que o Rio tem que tirar essa dependência do petróleo, fazer biomassa. E como é que se tira? Não é num estalar de dedos. A gente fez o dever de casa. A gente atraiu a indústria siderúrgica, a Votorantim, a CSA. A automobilística, com a Nissan, a Volvo, a Land Rover, a Jaguar, a Peugeot-Citröen. E ainda teve vinte e poucas empresas que se instalaram ao longo do Arco Metropolitano”, disse.

“Não estou jogando a culpa só no petróleo. Esta é uma das causas. A outra é a Petrobras. Porque se ela puxa o Brasil para baixo, imagina o Rio. Os royalties representam R$ 2 bi, mas a atividade petróleo, esta representa uns R$ 6,5 bi. Nós somos muito dependentes do petróleo, e tirar essa dependência não é fácil. O setor responde por 33% do PIB do estado. Isso é mortal para o Rio e é mortal para o País”, complementou.

Dando continuidade aos seus argumentos sobre a necessidade de racionalizar gastos, o chefe do executivo afirmou que “Rio Grande do Sul, com diversos problemas, tem um nível de inadimplência de 4% a 5%”. “Eu tenho mais de 25%. Então, eu tenho um dever de casa a fazer. Vou vender a dívida ativa nos primeiros 60 dias, vou fazer uma licitação de ônibus intermunicipais que não é feita há anos, vou correr atrás de receita e fazer o dever de casa na gestão, cobrar melhor na saúde, ver essa conta como fecha”, explicou.

“E também quero discutir os repasses da saúde. Não dá para o estado receber só R$ 45 milhões e a cidade do Rio, R$ 190 milhões. Não tenho nada contra o Eduardo (Paes) receber isso, mas eu quero ter pelo menos os mesmos R$ 190 milhões. Eu quero uma saúde extraordinária aqui”, complementou.

Questionado sobre o que planeja mudar na Saúde, Pezão foi taxativo. “Vou discutir com o Ministério da Saúde e o prefeito. Eu tenho que discutir com eles o Samu. O Rio de Janeiro é o único estado que faz Samu. No restante do País, isso é atribuição das prefeituras. O que for do estado eu vou fazer, e quero saber o tamanho que eu posso ter. E o que for serviço da prefeitura, que ela assuma”.

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6 comments

Ferreira 6 de janeiro de 2016, 09:44h - 09:44

Para acrescentar, a verba de propaganda não sofreu cortes, muito ao contrário…..é brincadeira esses sujeitos……e pensar que ele era a opção “menos pior”.
Gostamos muito de leis mas falta uma impondo proibição de propaganda em setores onde um padrão mínimo não fosse alcançado.

DEIXE DE VOTAR E REELEJA OS MESMOS 4 de janeiro de 2016, 22:54h - 22:54

Ele não sabia que a cidade do Rio recebia para a saúde mais do que todo o estado?

Que falta faz um governador que conhece a Administração Pública e entende de Gestão Pública, né?

jorge 4 de janeiro de 2016, 19:34h - 19:34

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk vontad de ficar rindo até amanha…mas vai melhorar

Danny 4 de janeiro de 2016, 07:40h - 07:40

Legal! A culpa nunca é dele!!! Sempre é dos outros. Porque a prefeitura recebe mais de royalties? São nas terras da cidade, mais antiga que o Estado, que estão instaladas as empresas,o local por onde passam dutos e de onde se tira gás e Petróleo, oras!!!
Para quem não sabe, a saúde da cidade do Rio de Janeiro vai bem, obrigada. São 7 hospitais de atendimento de 1 e várias UBSF que fazem a parte delas.
Paes felizmente, sabe administrar e aprendeu “com a mãe” a fazer contas só até onde o chapéu alcança. Pensa como dona de casa….

Cidadão Kane 4 de janeiro de 2016, 11:53h - 11:53

como é q é ?? A saúde do Rio de Janeiro vai bem ? Paes sabe admnistrar ?? Onde estava a senhora diante do escandalo da BIOTEC e dá morte de crianças nos hospitais municipais devido à falta de material em UTI’s.

Carmen 4 de janeiro de 2016, 03:02h - 03:02

Na verdade isso tudo já era pra ter sido feito, imagina a economia em 8 anos de mandato dele e do Sergio Cabral quanto não teriam economizado! 🙁

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