Pezão garante que CPMF tem apoio dos 20 governadores que se reuniram com Dilma

by Paulo Moreira
Luiz Fernando Pezão: ‘Não tem como, hoje, os estados arcarem com o custo que está a previdência pública, com as pessoas se aposentando cedo’

Luiz Fernando Pezão: ‘Não tem como, hoje, os estados arcarem com o custo que está a previdência pública, com as pessoas se aposentando cedo’

Rio –  O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, negou na última sexta-feira que tenha ocorrido falta de mobilização dos governadores e de que apenas oito deles estejam a favor da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), proposta pelo governo federal. Ele disse que o assunto foi discutido na segunda-feira durante o jantar com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, quando estavam presentes 20 governadores. De lá, segundo Pezão, saíram oito coordenadores para ir ao Congresso discutir a medida com os parlamentares.

Pezão explicou que os governadores tomaram esta decisão porque alguns eram de estados mais distantes e precisavam voltar. “Todos eles são favoráveis. O único governador que até agora eu vi se manifestar contra foi o [Raimundo] Colombo de Santa Catarina. Todos os governadores precisam ter uma nova fonte de financiamento para a previdência pública e para a saúde. Isso nos une a todos”, disse.

Segundo Pezão, foi do governador do Maranhão, Flávio Dino, a ideia de elevar a alíquota para 0,38% para que a diferença entre o percentual e a proposta de 0,2% do governo possa ser transferida para os estados.

Os recursos seriam utilizados na seguridade social. “Para quem precisar, usa na saúde, e quem não precisar usa na previdência pública. Isso foi muito conversado entre a gente, mas estamos vivendo em uma grande democracia e quem vai deliberar é o Congresso Nacional”. Se os recursos não saírem da CMPF que se crie algum outro imposto, disse ele.

O governador do Rio revelou que, antes de mandar ao Congresso o projeto de recriação da CPMF, ele enviaria uma proposta de reforma da previdência pública. “Não tem como, hoje, os estados arcarem com o custo que está a previdência pública, com as pessoas se aposentando cedo. As pessoas estão vivendo mais e continuam levando tudo o que têm na ativa. Essa conta não fecha. Só no Brasil tem isso”, apontou.

Pezão disse que há muito tempo defende esta reforma e adiantou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu bem a proposta apresentada pelos governadores. Outra mudança defendida por ele, é o comprometimento de pagamento dos estados da receita corrente líquida.

“Hoje, os estados pagam quase 13% da receita corrente líquida. Se nós reduzíssemos, nesta dificuldade que estamos, por dois ou três anos, para 9%, isso dá uma folga para todos os estados e prefeituras das capitais. Tem estado, como Alagoas, que paga 14%”. Segundo o governador, no caso do Rio, seria um alívio no caixa de quase R$ 4 bilhões ao ano, afirmou o governador.

Pezão disse que tem se dedicado a sugerir alternativas para recuperar as finanças dos estados: “Cada dia eu estou estudando uma coisa que me permita fazer a travessia neste momento de crise dentro do país. Acho que a gente tem que debater, mas acho que a reforma da previdência é fundamental, como é a tributária, reforma política. Acho que o país tinha que aproveitar o momento de crise e discutir isso”, analisou.

O governador deu as declarações após participar, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), da cerimônia de implantação das audiências de custódia. O sistema determinará um processo mais rápido para os presos em flagrante, que após a presença do juiz poderá receber a liberdade provisória, conforme avaliação do magistrado, diante das condições de análise da ficha criminal. O Rio é o vigésimo estado a adotar a regra. A expectativa é que sejam atendidos 20 presos por semana na cidade

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13 comments

EDIGAR SILVA 25 de setembro de 2015, 08:30h - 08:30

Este “Big Foot” nunca me enganou. Só para resumir, discípulo de SÉRGIO CABRAL. Quer mais?

Leandro 24 de setembro de 2015, 11:38h - 11:38

Eu quero é que se f@da se o Estado vai gastar 37 BILHÕES nas Olimpíadas, EU NÃO VOU PAGAR ESSA CONTA. Vai à MERDA seu governador de fazenda, administrador de sítios!! FANTOCHE!

leitor 23 de setembro de 2015, 17:01h - 17:01

É impossível sustentar um governo corrupto e assistencialista. O pior é que essas duas coisa andam juntas.

Adilson Boy 23 de setembro de 2015, 09:50h - 09:50

O quê o Senhor Governador fez para reduzir os custos do seu Governo? Antes de pedir mais dinheiro.

Gustavo 22 de setembro de 2015, 23:16h - 23:16

Se realmente a cpmf passar não representará a vontade do povo brasileiro! Ficou claro que a presidente convocou os governadores no claro intuito de conseguir apoio e como sempre acontece no Brasil dar uma “beiradinha” para os estados e municípios. Conclusão: se aceitarem vão continuar como cordeiros, sempre pedindo clemência ao governo federal.

gilberto 22 de setembro de 2015, 16:48h - 16:48

SÓ COM O COMBUSTÍVEL DO HELICÓPTERO, O QUAL SEU ANTECESSOR USOU P LEVAR OS CACHORRINHOS P PASSEAR, AS VIAGENS À PARIS, MAIS OS MARACANÃS, MAIS AS OLIMPÍADAS, MAIS A DERRUBADA DA PERIMETRAL, EM QUE AS VIGAS DE AÇO “SUMIRAM”, MAIS OS IPVA’S. DARIAM MLOE, MOLE SEM PRECISAR CPMF’S

Maurício 22 de setembro de 2015, 16:22h - 16:22

Engraçado eu queria saber onde estavam os outros 14 governadores, pois nas notícias que vi e li só tinham 06, neste tal jantar.. Foi lá puxar saco pois que emplacar um afilhado no novo ministério, e o povo que se dane com mais impostos.

jorge 22 de setembro de 2015, 14:29h - 14:29

Porquê não aceitaram meu comentário?

ANDRÉ LUIS 22 de setembro de 2015, 14:24h - 14:24

Pensei quando me decidir votar no Sr. Pezão, seria um governador, com jeito caipira, pessoa simples, nascida em Pirai-RJ, mostrou sua mãe na campanha eleitoral, então pensei esse será o nosso futuro presidente. Mas acho que foi a maior decepção em candidato que votei, nossas estradas abandonadas, sem ninguém, buracos, a empreiteira abandonou o Estado, só vemos nosso governador em Brasilia, puxando saco da nossa Presidente, arrumando mais imposto para nos brasileiros, estou envergonhado por ter votado nesse senhor.

indefeso 22 de setembro de 2015, 10:08h - 10:08

Gente esqueceram de avisar ao pezão que se os políticos roub….. menos vai sobrar dinheiro no caixa, se as obras fossem cobra preço justo, se obras como hospital regional, rodovia do contorno e outras mais não tivessem aditivos para que o eles roub…….. o dinheiro sobraria no caixa.
A coitado, inocente não sabe de nada.

ÊTA POVINHO 22 de setembro de 2015, 09:38h - 09:38

Mais uma dele para a minha lista negra: APOIO INCONDICIONAL À CPMF.

Então num jantar com a presidente, que ganhou a eleição mentindo para os “seus” eleitores, eles, os governadores, decidem apoiar a CPMF?

Eu vou convidar para um jantar (colaborativo) os eleitores do governador para decidir o que fazer com ele.

E saber o que dizem esses eleitores que o reelegeram.

Como sei que esses eleitores não vão, posso afirmar que apoiam a CPMF tbm.

zé brega 22 de setembro de 2015, 12:01h - 12:01

pior que os seus eleitores – sou um deles – certamente se sentem ludibriados! chego à conclusão que estamos ferrados! essa cambada só pensa em arrecadar. cada vez mais!

ÊTA POVINHO 22 de setembro de 2015, 22:04h - 22:04

Pois é, eu poderia ter sido culpado tbm já que votei no senador pastor da universal no 1 turno e no 2 tive de votar no garotinho para derrotar o Pezão devido as únicas opções que os eleitores me deram. Mas com a consciência tranquila por ter mudado de direção… de não cooptar com a corrupção.

Eu avisei aqui para não votarem nele devido o seu histórico e pelas prestação de contas dele ao TSE.

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