Rio –
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse em depoimento de sua delação premiada que arrecadou R$ 30 milhões para o “caixa dois” da campanha dos peemedebistas Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, candidatos à reeleição para governador e vice-governador, respectivamente, em 2010. Em resposta, Pezão classificou como absurdas as denúncias de Costa. O governador ainda voltou a negar qualquer recebimento de recursos do ex-diretor da Petrobrás.
– Isso é um completo absurdo. Não tive nenhuma conversa com o senhor Paulo Roberto Costa, e nem com ninguém da Petrobras para pedir ajuda de campanha. Não pedi e não recebi nenhum recurso dele. Estou muito tranquilo desde o primeiro momento – reiterou o governador.
Pezão voltou a afirmar que está à disposição da Justiça e do Ministério Público, caso seja necessário.
– Nada chegou oficialmente para mim. Venho enfrentando as especulações sobre a citação do meu nome me colocando à disposição do STF, STJ e MP. Para mim, é uma surpresa muito grande ter meu nome mencionado. Tenho profundo respeito pela Justiça e torço para que essa investigação fortaleça a nossa democracia – declarou Pezão.?
Segundo Costa, cada empresa deu “contribuição” no total de R$ 30 milhões. O Consórcio Compar pagou R$ 15 milhões, de acordo com o delator, e “o restante foi dividido entre as outras empresas, entre elas, Skanska, Alusa e UTC”.
– Paulo Roberto Costa fez contatos com empresas que atuavam na obra do Comperj e solicitou que elas fizessem doações para o ‘caixa dois’ da campanha de Sergio Cabral. Participaram da reunião representantes das empresas Skanska, Alusa e Techint. Do consórcio Compar (OAS, Odebrecht e UTC), ninguém participou da reunião, mas o consórcio foi o principal ‘pagador -afirmou o ex-diretor, que ainda disse que “o dinheiro saiu do caixa das empresas e a operacionalização ocorreu entre Regis e as empresas, mas não sabe precisar detalhes de como isso ocorreu”.
Pezão, como ocupa o cargo de governador do Rio, deverá ser alvo de um inquérito específico no STJ (Superior Tribunal de Justiça), onde ele detém foro privilegiado. Ele tem negado irregularidades. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode entregar ainda essa semana ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedidos para investigar governadores citados durante a operação.
Negociações
O delator ainda contou aos investigadores que reuniu-se com Cabral, a quem conhecia desde 2007, no primeiro semestre de 2010 “para tratar de contribuições [ajuda] para a campanha” de reeleição de Cabral. Na mesma reunião, segundo Costa, estavam o atual governador Pezão -que então era candidato à vice na mesma chapa de Cabral- e o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner. Em seguida, Costa fez outra reunião, desta vez com empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobras.
A PGR (Procuradoria Geral da República) entregou ao ministro Teori Zavascki um resumo das declarações prestadas dentro do acordo de delação premiada por Costa e por outro delator da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef. No documento, a PGR informa que Costa descreveu todo o processo de arrecadação para um “caixa dois” de Cabral, que governou o Estado do Rio de 2007 a 2014.
Dilma
Pezão também comentou o discurso da presidenta Dilma Rousseff, anteontem (8), em cadeia nacional de rádio e televisão. Ele avaliou que as medidas anunciadas pelo governo federal são necessárias. “Ela está certa nesse chamamento. É um momento difícil da economia, principalmente para o estado [do Rio de Janeiro], pois temos uma economia muito dependente do petróleo”, acrescentou o governador.
3 comments
Que vergonha para nosso País ! saudades dos militares . Fora Dilma , Fora PT e fora Pesão e junto o Prefeito Netto de Volta Redonda . VÃO COM DEUS OU ENTÃO COM O DIABO PARA PAGAR O ROUBO .
Não votei no Pezão, mas espero que isso realmente sejam “denúncias infundadas”, conforme ele e o Cabral disseram. Porém o dito popular diz: onde há fumaça, há fogo!
Big Foot!!! Até tu Brutus!!! Papai e mamãe vão morrer de desgosto!!!
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