Região amplia saldo positivo de empregos

Por Paulo Moreira

Volta Redonda puxa recuperação do mercado de trabalho no Sul Fluminense (Foto: Secom-VR)

Volta Redonda – Os principais municípios da região registraram saldo positivo de empregos no mês de outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26)pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia.

Em Volta Redonda, foram 2.561 admissões contra 1.618 desligamentos, com saldo positivo de 943 empregos criados – número 77% maior que o registrado em setembro deste ano (531). Barra Mansa também registrou saldo positivo, com 928 admissões e 807 desligamentos, gerando um saldo positivo de 121. Em Resende, houve 876 admissões e 636 demissões, trazendo um saldo positivo de 240. Angra dos Reis teve 792 admissões e 495 desligamentos, com um saldo positivo de 297.

Destaque na região

A cidade lidera a geração de empregos na Região Sul Fluminense e está na quarta posição no estado, tendo à frente apenas a capital e os municípios de Macaé e Petrópolis. O estado do Rio de Janeiro também registrou saldo positivo, com 16.271 novos postos de trabalho.

O setor que mais contribuiu para a geração de empregos em Volta Redonda no mês de outubro foi o da Indústria, com 481 novas vagas criadas. Em seguida vem a área de Serviços, que registrou 283 novos empregos. O setor de Comércio vem logo depois com o saldo positivo de 172 novas oportunidades geradas.

Mesmo com as restrições sanitárias impostas por conta da pandemia de Covid-19, Volta Redonda adotou as medidas necessárias para controlar a circulação do novo coronavírus, em acordo com o Ministério Público. Isso permitiu que a cidade reabrisse os setores de comércio e serviços de forma segura. Ocorreram apenas duas interrupções, uma por uma semana e outra por duas, desde o início da flexibilização, em maio.

“Os números mostram que Volta Redonda está no caminho certo para a retomada da economia. São mais de 900 famílias que contam com uma nova fonte de renda em nossa cidade. O trabalho não para e continuamos para que a cidade avance cada vez mais”, afirmou o prefeito Samuca Silva.

A retomada na geração de empregos nos últimos anos em Volta Redonda vem ocorrendo graças a ações executadas pela prefeitura, incluindo a desburocratização de serviços e processos, além do incentivo ao empreendedorismo. Dentre as ações, destacam-se a criação da Casa do Empreendedor e o novo espaço do Banco VR de Fomento, na Rodoviária Municipal, para melhorar o atendimento aos microempreendedores individuais; a adoção da plataforma gratuita Compras VR que funciona como canal de compras virtuais, ligando empresários e clientes; e a implantação do Alvará Fácil que, em alguns casos, sai em até 24h.

“O trabalho realizado pela administração municipal visa fomentar a vinda de mais empresas para a cidade, gerando mais emprego e renda, além de auxiliar os empresários que já colaboram para o desenvolvimento econômico de Volta Redonda. Isso reflete no aumento da geração de emprego e, como consequência, na melhoria da qualidade de vida da população”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rogério Loureiro.

Saldo positivo no Brasil chega a quase 395 mil

Brasília – Pelo quarto mês consecutivo, o saldo de geração de empregos ficou positivo. Foram criadas 394.989 vagas com carteira assinada em outubro, resultado de 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos. O resultado recorde na série histórica iniciada em 1992 está no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta (26) pelo Ministério da Economia.

O estoque, que é a quantidade total de vínculos ativos, em outubro chegou a 38.638.484, variação de 1,03% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o saldo é negativo em 171.139, decorrentes de 12.231.462 admissões e de 12.402.601 desligamentos.

Dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no emprego em outubro. O principal foi o setor de serviços, que abriu 156.766 novas vagas. No comércio foram criados 115.647 postos; na indústria, 86.426; na construção, 36.296.

Segundo o secretário do Trabalho, Bruno Silva Dalcolmo, em abril as admissões caíram e as demissões registraram alta, em função da crise gerada pela pandemia de covid-19. Esse efeito do início da pandemia levou o saldo de empregos formais a permanecer negativo ao longo do ano. “As admissões encolheram muito, chegaram a 40% do volume normal, durante o mês de abril. E houve pico de demissões também. Isso abriu um déficit grande no mês de abril. A partir daí, podemos notar uma progressiva retomada do ritmo normal da economia. Mas como as empresas demitiram muito durante o mês de abril e depois já estavam muito enxutas, é natural que as demissões perdessem ritmo”, disse.

Atualmente, acrescentou o secretário, as contratações estão em crescimento. “No momento de reabertura da economia, de retomada forte como está acontecendo agora, isso documentado por gastos de cartão de crédito, de energia elétrica, falta de matéria-prima, é natural que as admissões crescessem em ritmo mais forte do que as demissões”, acrescentou.

Recuperação de empregos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que até o fim do ano é possível recuperar os empregos perdidos no início da pandemia de covid-19. Para o ministro, ao observar o saldo acumulado do ano até outubro, negativo (mais demissões que contratações) em menos de 200 mil (171.139), é possível prever que 2020 terminará sem perdas de empregos. “A pandemia atingiu tragicamente as famílias brasileiras, derrubou os empregos, atingiu pessoalmente todos nós. Mas reagimos com resiliência, soubemos fazer o distanciamento social para proteger as nossas vidas e, ao mesmo tempo, manter a economia girando para proteger os nossos empregos e nossas empresas. E podemos terminar o ano perdendo zero de empregos no mercado formal. Nesta recessão, que nos jogou ao fundo do posso, não perdemos o rumo, nos levantamos, e estamos criando empregos em alta velocidade”, disse, ao participar do início da coletiva virtual para a apresentação dos resultados do Caged.

Guedes acrescentou que o resultado foi tão bom que pode não ser possível melhorar. “A notícia é extraordinária. É tão boa que é difícil melhorar. Acho que não vamos conseguir criar ainda mais empregos. Mas só a indicação de que podemos terminar o ano com zero, é extraordinário”, ressaltou.

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