Barra Mansa – Para tentar evitar um colapso no transporte coletivo de Barra Mansa, o prefeito Rodrigo Drable enviou à Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (29), uma mensagem criando um subsídio para equilibrar o valor tarifa técnica do Consórcio Barra Mansa, responsável pelas 35 linhas que operam na cidade e que transportam quase 1 milhão de passageiros/mês. A nova lei permitirá atender os usuários com mais viagens e sem aumento de passagem, devido a situação econômica do país.
O novo subsídio que deve aprovado pela Câmara irá atender cerca de 210 mil passageiros/mês ao custo de R$ 115 mil aproximadamente aos cofres públicos. No entanto, para chegar ao valor final a prefeitura utilizou na fórmula de cálculo do subsídio de 50% da tarifa já pago aos estudantes da rede municipal de ensino, que gera uma despesa de R$ 70 mil/mês. Ou seja, o novo subsídio deve ser aproximadamente de R$ 45 mil/mês em média. De acordo com a mensagem do Executivo, nenhum passageiro que utilize dinheiro para pagar as passagens, terá aumento nos custos, pois o valor será custeado pela prefeitura.
– Quero deixar bem claro que esta medida será a última adota pelo governo para ajustar o serviço e dar dignidade ao usuário do transporte público. O serviço está muito ruim– disse o prefeito Rodrigo Drable.
Dados da Secretaria de Ordem Pública de Barra Mansa revelam que o setor de transporte público da cidade perdeu cerca de 30% de passageiros desde 2020 com a pandemia e ainda sofre com a entrada de serviços de aplicativo e o transporte irregular de passageiros.
– Analisando o transporte público de passageiros ao longo dos últimos meses, foi verificada deficiências no atendimento à população atrelado ao colapso que atinge o sistema no pós-pandemia, onde passageiros necessitam de mais horários e as empresas sofrem com custos operacionais e logísticos, com risco até de falta de combustível – explicou o secretário de Ordem Pública, capitão Daniel Abreu.
Para se ter ideia do tamanho do problema enfrentado pelas empresas e pelos usuários do transporte coletivo com atrasos, perda de compromissos e veículos quebrados, com o atual preço da tarifa – R$ 4,40, as empresas não conseguem custear as despesas, principalmente com óleo diesel, salários e manutenção da frota. Contratualmente, segundo apurado pela reportagem, o preço da tarifa levando em consideração a planilha de custos e o contrato deveria ser de R$ 5,33. Somente com óleo diesel as empresas gastam mensalmente quase R$ 900 mil/mês. Em quase sete anos, a prefeitura concedeu apenas um reajuste. “Isso é para evitar que o cidadão seja penalizado e não pague uma tarifa tão elevada”, disse o secretário capitão Daniel Abreu. O novo subsídio não irá atender passageiros que utilizam o vale-transporte.
Morador de BM deverá se cadastrar para receber benefício
O secretário de Ordem Pública, capitão Daniel Abreu, explicou que com a mensagem aprovada pela Câmara e a lei entrando em vigor, os moradores de Barra Mansa que utilizam o transporte público de passageiros, deverão realizar um cadastro junto ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica no Sindpass (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros) para ter acesso ao benefício. A forma de cadastro será regulamentada após a aprovação da lei.
O setor em números
Empresas – Colitur e Triecon
Linhas – 35 linhas
Veículos – 100 veículos, incluindo os reservas
Passageiros mês – 930 mil pessoas transportadas em média
Usuários pagantes mês – 600 mil em média, sendo 65% que utilizam vale transporte e 35% que pagam em dinheiro
Estudantes – 47 mil passageiros em média por mês – sendo 50% custeado pela prefeitura e os outros 50% pelas empresas de ônibus
Gratuidade (idosos, pessoas com deficiência e estudantes da rede estadual) – 270 mil passageiros em média por mês
Empregos gerados – 405 empregos diretos, sendo 200 empregos na Colitur e 205 empregos diretos na Triecon
Gastos com óleo diesel/mês – R$ 880 mil para as duas empresas
3 comments
Boa noite. Eu acho que a empresa arrumou foi pretexto para aumentar o valor da tarifa, diminuindo os meios de transporte, mesmo, tendo esse plano quê o prefeito está planejando,eles não vão voltar com às frotas, vão continuar com a quantidade de carro e horário reduzido nos deixando no prejuízo.
Tem é que trocar de empresa.Chega de tramoia.Aumentam a passagem, mas o serviço continua uma porcaria.Para aumentar ainda mais, vem a falta de educação dos motoristas.
Gestão. Essa é a grande necessidade.
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