Secretário explica problema que levou à prisão de servidor da prefeitura

by Paulo Moreira
Na berlinda: Vereadores questionaram Luiz Antônio e Carlos Bonfim sobre entrega de remédios

Na berlinda: Vereadores questionaram Luiz Antônio e Carlos Bonfim sobre entrega de remédios

Barra Mansa- O secretário de Saúde da Prefeitura de Barra Mansa, Luiz Antônio Viana,  e o presidente do Fundo Municipal de Saúde, Carlos Antônio Bonfim, afirmaram, na Câmara Municipal, que os medicamentos que não estavam no almoxarifado da secretaria, causando a prisão de um servidor, suspeito de desvio de remédios, haviam sido entregues na UPA, em razão do feriado na semana anterior. Luiz Antônio admitiu que a medida foi adotada devido à necessidade de manter abastecidas as unidades de emergência, por não haver expediente no almoxarifado da secretaria.

— Os medicamentos que constavam na nota fiscal, questionada pelo Ministério Público, haviam sido entregues na UPA do Centro, em razão do alto consumo de material durante o feriado da semana anterior. Mas os remédios estavam devidamente licitados pela Secretaria de Saúde. Nos comprometemos com o promotor a não usar mais essa prática e mudamos toda a estrutura de compra e entrega de medicamentos na secretaria — afirmou Luiz Antônio.

Luiz Antônio e Carlos Bonfim foram à Câmara nesta quinta-feira (05). A reunião foi provocada pelo requerimento do vereador e pré-candidato a prefeito Luiz Furlani (PV), solicitando a convocação do secretário para os devidos esclarecimentos. O requerimento foi retirado de votação, em razão do secretário ter se comprometido a comparecer à Câmara, sem a necessidade de convocação.

Furlani ressaltou que durante seu questionamento ao presidente do fundo sobre a entrega de medicamentos, na quinta-feira anetrios, chegou a notícia da prisão do chefe do almoxarifado. Para o vereador, o fato prova que sua denúncia em relação à entrega de medicamos tem embasamento.

-Quando faço uma denúncia é embasada em documentos, por isso, não tenho dúvidas que o Ministério Público vá apurar o caso  e agir conforme a lei. Existem mais notas fiscais com ressalva de que os medicamentos foram entregues na secretaria de saúde e não no almoxarifado, mas sem qualquer documento que comprove o devido recebimento – indagou Furlani.

Para o presidente da Câmara, vereador José Luiz Vaneli, o Leiteiro (PSDB), a prática de assinar notas sem o recebimento correto dos medicamentos é anterior à gestão do atual secretário.

-Sempre aconteceu desta forma irregular. Pessoas que não tinham competência para atestar o recebimento assinavam a nota fiscal, mesmo sem os medicamentos constantes na nota. Torço muito para que seja provado o destino dos medicamentos e peço ao senhor secretário que conserte este procedimento – solicitou Vaneli.

O presidente do Fundo Municipal de Saúde, Carlos Antônio Bonfim, informou que foi feita uma reestruturação da Secretaria de Saúde e de seus procedimentos.

-Assumimos um compromisso com o promotor responsável pela investigação de fazer uma reestruturação da Secretaria de Saúde e o redesenho de todo o fluxo de mercadoria, que será regulamentada por uma ordem de serviço. Este redesenho inclui desde o pedido da mercadoria até sua utilização final. Para tanto, as sete gerências da secretaria funcionarão no mesmo espaço físico, para facilitar a comunicação e controle – informou Bonfim.

O vereador Vicente Carneiro Leão Filho, o Vicentinho, indagou o secretário quanto aos medicamentos vencidos nos postos de saúde. O secretário afirmou que foi aberto um processo para a devida incineração dos medicamentos vencidos, muitos oriundos de doação, e o controle quanto ao vencimento também é um dos principais compromissos assumidos com o Ministério Púbico.

O vereador Vicente de Paula Ferreira Júnior, o Pissula (Rede), líder do governo na Câmara, agradeceu a presença dos representantes da secretaria de saúde para os devidos esclarecimentos aos vereadores.

— Agradeço aos meus pares que acataram pedido para o secretário de saúde comparecer, sem a necessidade de convocação, e também aos membros da secretaria de saúde que fizeram questão de virem à Câmara a apresentarem seus esclarecimentos. A prisão do funcionário foi uma situação delicada, complexa, mas que vem a nos mostrar a necessidade de algumas mudanças — afirmou Pissula.

O subprocurador do município, Ronaldo de Freitas Ramos, afirmou que foi aberta uma sindicância para apurar o caso.

— Houve uma má intepretação das explicações do funcionário. A nota fiscal atestada naquele momento veio consertar o que já havia sido entregue. A prefeitura, de qualquer forma, abriu uma sindicância que será encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público — finalizou Ronaldo.

O presidente do fundo de saúde protocolizou na secretaria da Câmara as certidões negativas das organizações sociais atuantes no município, em atendimento à solicitação do vereador e pré-candidato a prefeito Rodrigo Drable (PMDB).

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9 comments

sinesio 7 de maio de 2016, 18:35h - 18:35

o funcionário que foi preso tem e deve abrir um processo contra este dois pré candidatos. eles estão passando por cima de tudo e todos para aparecer um é igual ao padrinho cunha.

Morador de BM 7 de maio de 2016, 20:37h - 20:37

O que tem a ver os candidatos a prefeito.
Todos buscam pela verdade.
Quem tem que se defender é o acusado, ou voce é conivente com ele ?

VAI VENDO 7 de maio de 2016, 18:22h - 18:22

Ajudem-me a entender: Então o vereador sabia e nada fez antes?

“Para o presidente da Câmara, vereador José Luiz Vaneli, o Leiteiro (PSDB), a prática de assinar notas sem o recebimento correto dos medicamentos é anterior à gestão do atual secretário.”

Eu tive o mesmo pensamento do leitor Aposentado abaixo: Até então s secretaria de saúde de BM não tinha um fluxograma? O redesenho afirmado pelo presidente do Fundo Municipal de Saúde, Carlos Antônio Bonfim era o quê?

Do que adianta tudo isso se não afastar o servidor? Nem com um fluxograma ou redesenho de um vai solucionar.

O que falta na Administração Pública é quem conheça e entenda de Gestão Pública.

Costa 7 de maio de 2016, 17:35h - 17:35

Quem deveria ser preso seria primeiro o prefeito é depois o secretário, se fosse num país sério, mas infelizmente no Brasil o coitado do servidor pagou um custo alto, ter tido sua liberdade cerceada, Pior ainda ter seu nome divulgado por uma imprensa que nunca investiga o outro lado da história.

Antonio Carlos Peludo 7 de maio de 2016, 11:20h - 11:20

O Dr.Luiz Antonio não precisava disso(SMS) não,mas a politica ….Vai ter aborrecimento já já uma pena

Eleitor consciente 7 de maio de 2016, 00:24h - 00:24

Vai mais uma pizza aíì?!!!

VAI VENDO 7 de maio de 2016, 18:06h - 18:06

Eleitor consciente não torce para acabar em pizza, mas combate os corruptos.

jorge antônio da rocha 7 de maio de 2016, 00:16h - 00:16

Fico indignado com essa situação na saúde publica de Barra Mansa desde o ano 2000 que venho reclamando, por diversas vezes procurei a defensoria publica tentando desenrolar alguma coisa relacionado ao péssimo atendimento nesse sentido mas nada adiantou,eles simplesmente não atendem mandado judicial,se atendessem me entregariam o remédio contra pressão alta da minha esposa.cansei de tanta mendicância. MALDITA HERANÇA DEIXADA PELOS GOVERNOS ANTERIORES DO QUAL O ATUAL FAZ QUESTÃO DE CONTINUAR.MAS DEUS E JUSTO MAIS CEDO OU MAIS TARDE VÃO PAGAR POR ISSO MALDITOS SEJAM .

Aposentado 6 de maio de 2016, 21:46h - 21:46

A cada explicação, novas irregularidades aparecem….Não existe um fluxograma na saúde? è o vamo-que-vamo…..Ai tem coisa errada, SIM!

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