Resende
Graças à indicação do vereador Pedra (PDT), aprovada por unanimidade pelo pela Câmara Municipal, na semana passada, doentes renais e portadores de outras enfermidades crônicas poderão ser inclusos na lista de beneficiados da lei de gratuidade no transporte coletivo. O vereador pediu estudos de viabilidade visando garantir que esses pacientes e seus acompanhantes tenham direito a uma cota mensal de passagens de ônibus gratuitas.
A indicação foi encaminhada à prefeitura com o objetivo de ser analisada pela Superintendência de Transporte e Trânsito do Município. Segundo o parlamentar, o objetivo do projeto é sensibilizar o governo municipal para o envio de um projeto de lei à Câmara nesse sentido. A indicação sugere ainda a fixação de uma quantidade mensal de passagens gratuitas e não cumulativas a serem usadas pelo paciente que more em Resende e seu acompanhante.
Pedra propõe também que as passagens tenham validade por apenas um mês, devendo, portanto, ser retiradas periodicamente pelo beneficiário. Em paralelo, o vereador destaca a importância de garantir que, além do doente, a gratuidade seja válida apenas para aqueles que o estiverem acompanhando, mediante cadastramento prévio na superintendência.
De acordo com Pedra, a medida tem como proposta facilitar o acesso de doentes crônicos ao tratamento adequado, uma vez que necessitam de acompanhamento médico e visitas frequentes a unidades de saúde por conta de sua condição.
– Nosso objetivo é contribuir para que essas pessoas recebam os cuidados médicos de que necessitam, já que precisam se deslocar muitas vezes por mês até hospitais em busca de atendimento. Sabemos que o poder público disponibiliza transporte da Secretaria Municipal de Saúde para os procedimentos de hemodiálise, mas em muitos casos os pacientes precisam também de outros procedimentos médicos, razão pela qual outros deslocamentos até às unidades médicas, se tornam necessários – afirmou Pedra.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que aproximadamente 12 milhões de brasileiros apresentam algum grau de insuficiência renal, sendo que 52 milhões correm risco de desenvolver o problema por serem idosos, obesos, diabéticos, hipertensos ou terem histórico familiar. Ainda segundo a entidade, aproximadamente 95 mil doentes renais crônicos no país dependem de diálise ou transplante para sobreviver.