Vereador propõe uso de drones no combate à dengue

by Diário do Vale

Resende

O vereador Kiko Besouchet (PP) protocolou, na secretaria da Câmara Municipal, uma indicação propondo que a prefeitura estude a possibilidade de usar drones no trabalho de identificação de focos da dengue em Resende.
Os drones são equipamentos aéreos não tripulados, cujo funcionamento é feito por controles remotos. Prefeituras de algumas cidades já estão utilizando o aparelho com o objetivo de identificar possíveis focos em imóveis de difícil acesso para os vigilantes sanitários, entre elas Santos, São José dos Campos, Marília e Limeira, as quatro localizadas no estado de São Paulo. O uso do equipamento deve ser autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e supervisionado por profissionais da secretaria municipais de saúde.
– Um dos problemas principais enfrentados pelos agentes sanitários da Prefeitura de Resende, no trabalho de combate à dengue, é a dificuldade de entrar em imóveis fechados. Mesmo com a autorização judicial para a entrada nestas residências, o problema persiste, motivo pelo qual a utilização da tecnologia tem despontado como uma das soluções para detectar a existência de recipientes com água parada, e a posterior eliminação destes objetos. Diante da gravidade da situação da dengue em Resende, todos os recursos disponíveis e legais precisam ser aplicados – concluiu Kiko Besouchet.

Vistorias em ferros-velhos

Por unanimidade, foi aprovada mais uma proposição com o objetivo de enfrentar o crescente número de casos de dengue na cidade. O vereador Kiko Besouchet está solicitando a Secretaria de Saúde do Município que intensifique o trabalho de vistoria nos ferros-velhos de Resende. Entre 1º de janeiro e 26 de fevereiro deste ano, a prefeitura tinha registrado 2.712 casos suspeitos da doença, dos quais, 664 apresentaram resultado positivo.
Ao justificar o seu pedido, Kiko Besouchet declarou que os ferros-velhos são estabelecimentos que costumam concentrar grandes quantidades de objetos passíveis de acumularem água parada, cenário que forma o ambiente propício à formação de focos do mosquito transmissor da doença. Segundo ele, em algumas cidades brasileiras, as prefeituras locais têm atuado diretamente na fiscalização destes estabelecimentos, como forma de diminuir os riscos de transmissão da dengue.
Líder da bancada governista na Câmara Municipal, Kiko Besouchet destaca que, recentemente, na cidade paranaense de Paranavaí, um proprietário de ferro-velho chegou a ser preso por determinação da justiça, pois não havia atendido a notificação da prefeitura, no sentido de que eliminasse os recipientes com água parada. Já no município gaúcho do Rio Grande, outro comerciante deste ramo teve o seu estabelecimento fechado pelas autoridades municipais, uma vez que não havia atendido as determinações para evitar a formação de focos do mosquito transmissor:
– Profissionais de saúde que atuam na prevenção e no combate à dengue são unânimes em afirmar que os ferros-velhos estão entre os estabelecimentos nos quais os riscos de proliferação de dengue são muito grandes. Entendemos ser necessário reforçar as vistorias nestes estabelecimentos, como forma de evitar que o número de casos suspeitos e confirmados da doença aumente ainda mais em nosso município – disse o vereador.

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2 comments

Al Fatah 6 de março de 2015, 20:46h - 20:46

Como se um drone fosse algo barato e simples de operar. Talvez ele queira também matar baratas com tiros de canhão… Por aí se vê o nível de nossos políticos, nem parece coisa séria…

Simone 6 de março de 2015, 01:41h - 01:41

Ele deveria ter protocolado um pedido urgente de distribuição gratuita de repelentes, ajuda das forças armadas para melhorar o atendimento das pessoas nas unidades de saúde, agora pedir drones me poupe disto. Exterminar mosquito em cidade onde existe mata e florestas nos arredores, de clima tropical, é quase impossível. Estamos a beira do caos mesmo.

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