Victer afirma que evasão escolar caiu na rede estadual

Por Paulo Moreira

Rio – A evasão escolar na rede pública de ensino do estado diminuiu cerca de 41%, no último ano, segundo o secretário de Estado de Educação, Wagner Victer. A informação, apresentada nesta quarta-feira (12/12), consta no relatório da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), apresentado à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), durante audiência pública. O balanço é apresentado anualmente, conforme determinação da Lei 5.451/09, de autoria do presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS).

Segundo Victer, 740 mil alunos foram matriculados na rede pública este ano. Número menor do que a quantidade de vagas ofertadas pela Seeduc no final de 2017. “Temos ofertado historicamente mais vagas do que tem sido ocupadas. Esse ano, na primeira fase de matrícula – que encerrou agora dia 04 de dezembro – já tivemos uma ampliação de cerca de 30% das vagas ocupadas para o ingresso da rede estadual comparado a outros anos”, informou.

 

Repasses

 

O repasse de verba para as escolas também foi ampliado em 2018. Segundo o secretário, foram repassados R$ 222 milhões para as direções das 1.240 unidades do estado. Os recursos também foram ampliados para a merenda e a manutenção das escolas, informou o secretário. O representante do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Seperj), Lucas Hippolito, reconheceu os avanços nas unidades e o aumento do repasse.

Porém, Lucas lembrou que ainda há um déficit de profissionais nas unidades. “É preciso abrir concursos e contratar servidores para a educação. Esse governo, assim como outros, vê a educação como um gasto e não como investimento. Por isso há falta de professores e especificamente de profissionais fora de sala de aula. O que acaba acontecendo é um acúmulo de funções da direção das escolas que não conseguem fazer o seu trabalho político e pedagógico e acabam tendo que cumprir outros papéis. Desde a limpeza, até funções de secretaria”, relatou.

 

Destaque da Seeduc

 

O número de unidades escolares de tempo integral profissionalizante também cresceu no último ano e foi destacado como ação positiva da Seeduc durante a apresentação. Em 2016, o estado contava com 117 unidades, e este ano passou para 248. Os alunos dessas escolas assistem a nove aulas por dia. “Eles passam mais tempo em sala de aula do que os estudantes de um curso de engenharia. Por ano eles assistem 5.400 horas de aula”, informou Victer.

 

Medidas para 2019

 

Entre as modificações adotadas nesta gestão da Seeduc está a matrícula online. A medida atende ao pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e à demanda das direções das escolas e passou a ser implementada este ano, nas inscrições para 2019. Os responsáveis terão até dia 31 de janeiro para matricular os alunos pelo programa Matrícula Fácil. Victer também disse que do total de matrículas realizadas até o momento, 13% são de alunos vindos da rede particular.

No entanto, para a diretora da unidade Pandiá Calógeras, em São Gonçalo, Gilcélia Coelho, a mudança não é positiva. “Para ter realmente uma democratização do sistema eu preciso pensar em quem não tem acesso à internet. Quando abrimos a escola no dia em que se iniciou o processo de matrículas para 2019 houve fila na porta da escola com 300 pessoas. Acho que a terceira fase da matrícula deveria ser presencial”, sugeriu Gilcélia.

 

Final de gestão

 

Victer também se despede dessa gestão com o calendário escolar de 2019 pronto. “Vamos publicá-lo ainda esse ano. Separamos uma data para a realização de feira de livros, entregas de diplomas e outras atividades.”

O secretário concluiu a apresentação afirmando que estão sendo implantadas nove unidades de ensino no estado. Os prédios serão construídos em Búzios, Maricá, Rio das Ostras, Parada de Lucas, Ilha do Governador, Campo Grande, Cabo Frio, São Gonçalo e no Alto da Boa Vista. “Essas obras são factíveis de terminar em seis meses. A ideia é que elas comecem a operar em 2020”, disse Victer.

O presidente da comissão afirmou ter divergências com a visão do secretário, mas afirmou que houve avanços nessa gestão.

“Temos muita coisa ainda pra superar. Em cada encontro, de forma sistemática, vamos garantindo continuidade dentro do que a comissão buscou nesses anos todos. O que queremos é que a educação seja uma política de estado e não de governo”, finalizou Comte.

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