Volta Redonda – O prefeito Samuca Silva afirmou ontem que vai manter por 90 dias o estado de emergência decretado na segunda-feira, 08. A intenção do prefeito é executar neste período obras de infraestrutura necessárias para que a cidade tenha mais suporte para resistir a fortes temporais, como o ocorrido no domingo, considerado o maior dos últimos 12 anos. De acordo com o site de meteorologia Climatempo, a chuva de domingo chegou a quase 170 mm em quatro horas. O volume é superior ao que é esperado para todo o mês de abril – a média é de 120 mm.
Samuca Silva afirmou ainda que irá buscar junto aos governos estadual e federal recursos para a realização de obras, algumas delas já previstas no Plano Diretor e discutidas com as comunidades de diversos bairros, durante as elaborações das propostas. “O Plano Diretor é de fundamental importância para nortear as necessidades do município e ficou parado por muito tempo”, disse o prefeito, acrescentando ainda que a cidade teve um crescimento desordenado, o que aumenta a probabilidade de problemas amis quando surge uma tragédia natural. “Iremos verificar estas construções irregulares e proibir obras nas áreas de risco”, disse Samuca.
De acordo com ele, o Furban já investiu cerca de 2 milhões em obras de contenção de encostas, limpeza de rios e córregos, entre outras. “Inauguramos muitas obras de contenção. Fizemos a limpeza do Córrego do Bugiu, localizado próximo ao bairro Siderlândia, o que não era feito há muito tempo. Sem contar o serviço diário de limpeza e manutenção”, disse Samuca.
O prefeito pediu ao secretário de Infraestrutura, Toninho Orestes, para fazer um levantamento dos pontos mais críticos que precisam de obras emergenciais. Samuca informou também que, segundo Toninho Orestes, até a próxima segunda-feira a situação estará regularizada em 80% da cidade.
Com relação ao número de desalojadas, o número chegou a 228 famílias que estão em abrigos ou em casas de familiares e amigos. As famílias estão tendo ajuda da Smac (Secretaria Municipal de Ação Comunitária). Não há desabrigados em Volta Redonda.
Furban investiu mais de R$ 2 milhões em obras de contenções
Somente no ano passado, o Furban investiu 2.170.119,32 em obras de infraestrutura em todo o município. Em 2017, também foram feitos investimentos, como o reparo de contenção e desobstrução da rede coletora de águas pluviais na Rua Nestório, no bairro Belo Horizonte custou 48.454,75. Este ano também foram realizadas obras nos primeiros meses do governo.
– Desde 2017, quando assumimos, que estamos trabalhando no monitoramento das áreas de riscos e desagregadas. É desejo de nosso governo a valorização dos núcleos urbanos, para isso investimentos em contenção para dar segurança à população. Contenções que estão se mostraram importante neste momento de chuvas. Foram mais de 70 intervenções com investimento superiores a dois milhões de reais — disse Ronie Machado de Oliveira, diretor-geral do Furban.
Entre as principais obras feitas no ano passado, estão a execução de contenção e estabilização de talude na Viela 11, Escadão 255, n.º 26, na Vila Brasília, custeada em R$ 213.977,42. Outra obra foi um muro de contenção na Alameda Santa Maria, no bairro Santa Cruz II, onde foram gastos R$ 74.096,13. A rede de drenagem pluvial nos fundos da Avenida Alegrete, no Retiro, teve investimento de 53.371,73. A obra de manutenção e melhorias na Servidão entre os n.° 729 e 679 da Rua 6 até a Rua 6-B, Bairro Verde Vale ficou em R$ 92.342,45.. Outra contenção de encosta na Avenida Nossa Senhora do Amparo ao lado do n.º 4854, bairro Santa Rita do Zarur, ficou em R$ 182.602,53.
As obras feitas nos primeiros meses deste ano
*Obra de manutenção de Servidões localizadas na Rua B, Servidão Vista Alegre, Viela Boa Vista, Campinho II, no Bairro Açude I. R$ 73.836,59
*Execução de muro de contenção na Rua Natal, n.° 09, Servidão das Rosas, bairro Santo Agostinho. R$ 13.920,51
*Obra de construção de sistema para coleta de águas pluviais na área verde localizada entre as Ruas 15 de Novembro (24) e Parreira (22), no bairro Padre Josimo. R$ 68.693,08
*Obra de execução de manutenção de escada na Rua A, n.° 215, no bairro Mariana Torres. R$ 10.161,60
*Obra de execução de contenção e drenagem na Rua das Palmeiras, n.° 205, no bairro Belmonte. R$ 25.147,49
*Obra de execução de manutenção das Alamedas A, B e C na Rua Rio Amazonas, no bairro Água Limpa. R$ 14.554,67
7 comments
Vai buscar dinheiro estadual e federal pra jogar fora?
Enquanto isso as casas irregulares às margens do Paraíba na Vila Americana e Voldac. Continuam lá. O certo seria retirar essas invasões, pra poderem dragar às margens do Paraíba e aumentar a vasão d’água. Esse seria o único meio de acabar com as enchentes. Porque o rio com excesso de águas represa todos os outros córregos e rios de Volta Redonda.
Caso a prefeitura não saiba, no limite com Barra do Piraí, da Ambev até as margens do Ribeirão do inferno, está nascendo a quase um ano, barracos em meio à mata ciliar. Na primeira cheia do Ribeirão teremos uma comunidade inteira desalojada.
É essa falta de fiscalização que gera os desastres.
Quando vocês vão limpar avenida Paulista pagamos impostos como todos na cidade e obriga os donos de terrenos a fazerem muros de suas propriedades.
Avenida Paulista é com o Dória.
O prefeito Samuca está de parabéns em proibir construções em áreas de risco.
O FURBAN está erradíssimo em investir em contenção de encostas de morros. Tem é de tirar as construções e arborizar. Limpeza de rios e córregos é outro investimento perdido. Nas fotos que o DV mostrou o que impediu as águas escoarem foi justamente o mato cortado das margens dos córregos e, por isso, deixou a terra desprotegida que com a força da água carregou tudo para os centros da cidade, para a Vila que ficou puro barro.
Parece que no FURBAN falta Administrador Público ou ambientalistas.
Quando é que vocês vão limpar a avenida Paulista está instruída e uma importante passagem de veículos?
Espero que o prefeito de VOLTA REDONDA cumpra o que ele falou que não espere acontecer o que aconteceu e esta acontecendo no Rio de Janeiro.
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