Sepe faz paralisação e prefeitura diz que salários subiram mais de 100%

by Paulo Moreira

Sepe paralisa aulas em Barra Mansa contra Reforma da Previdência
(Foto: Paulo Dimas – Arquivo PMBM)

Barra Mansa- O núcleo do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) em Barra Mansa convocou os professores para uma paralisação de 24 horas nesta sexta (22), para protestar contra a Reforma da Previdência. À prefeitura de Barra Mansa, porém, o sindicato enviou um documento informando que a categoria teria decidido, em assembleia realizada na segunda-feira (18), fazer uma paralisação de 24 horas para reivindicar reajuste salarial e mais quatro itens: cumprimento da data-base, perícia médica, plano de carreira e concurso público “já”.

O prefeito Rodrigo Drable (MDB), em áudio enviado pelo Whatsapp ao DIÁRIO DO VALE, afirma que usar o reajuste salarial como motivo de paralisação é “um absurdo”, e mostra que a remuneração dos professores municipais cresceu mais de 100% entre 2015 e 2019, enquanto a inflação acumulada do período, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) é de 26%.

O salário-base de um professor da rede municipal de Barra Mansa com carga de 22 horas semanais era de R$ 1.395,63 em fevereiro de 2015. Em fevereiro de 2019, aplicando-se o reajuste pelo IPCA acumulado, esse profissional deveria ter um salário-base de R$ 1.771,43. No entanto, esse profissional tem, atualmente, uma remuneração de R$ 3.024,51, o que mais de 70% acima do valor reajustado pela inflação.

O prefeito disse, sobre a paralisação, que “Barra Mansa tem o maior salário da região e eles vão fazer uma paralisação pedindo reajuste de salário”.

Já o Sepe, ao chamar os professores para uma concentração, de onde pretendem sair caminhando pela cidade, coloca a questão municipal em segundo plano: segundo eles, “No dia 22/03 o SEPE está puxando uma paralisação de 24 horas contra a Reforma da Previdência e também em favor de suas reivindicações municipais”, ou seja, o foco da paralisação é a questão nacional, sobre a qual a prefeitura não tem a menor influência.

 

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19 comments

Denise de Carvalho 22 de março de 2019, 15:17h - 15:17

Pq então não começam a reforma pelos altos salários???? É o assalariado que está quebrando a previdência????? Faz-me rir…

Professor realista BM 22 de março de 2019, 10:49h - 10:49

O Sepe quando foi governo(97/00)destruiu a Educação, colocou uma sindicalista que não tinha educação para ser a secretária de educação, a chefe da merenda nunca cozinhou na sua casa e pelo jeito nada mudou pois os novos sepistas(não são sindicalistas, são anarquistas) alguns ilegais com mais de 2 matrículas no serviço público e outros que nunca gostaram de trabalhar, envergonham a nossa classe de Professores e mentem descaradamente, pois Barra Mansa paga o piso nacional e ainda paga 90% de regência e o salário médio dos professores de 5o. a 9o. ano é de R$ 3.900,00 e das séries iniciais em torno de R$ 3.000,00, raão pela qual não entendo esta paralisação…Será que estão fazendo a classe de massa de manobra?

Denise de Carvalho 22 de março de 2019, 12:19h - 12:19

Pelo cumprimento da data base e contra a reforma da previdência, já!!! Nossa luta é legítima e apartidária. Estamos lutando por nossos direitos e não dá pra fazer isso sem parar, sem ir pras ruas gritar pra população ter ciência do que está acontecendo. Nenhum direito dos trabalhadores foi dado de mão beijada, todos foram conquistados na base da luta.

Denise de Carvalho 22 de março de 2019, 12:25h - 12:25

Quer falar de ilegalidade??? Acho que vc está muito enganado. Pelo visto vc deve fazer parte do grupo bem pago. O prefeito de Barra Mansa só paga o piso pq é obrigado e não pq é bonzinho, funcionários administrativos recebem abaixo do mínimo. Talvez vc deva ir até o pátio da PMBM e dar uma olhada no varal da vergonha, onde disponibilizamos alguns contracheques. Que tal???? Eu ñ escondo meu nome, pois me orgulho da minha luta. E só pra vc saber, se vc recebe o piso nacional é pq o SEPE lutou por ele… Fica a dica, antes de criticar, pesquise…

Disciplinaria descrente 22 de março de 2019, 21:27h - 21:27

Os professores podem até ganhar bem, mas nós do apoio estamos desde 2015 com o mesmo salário, só houve aumento de serviço com a impugnação do PCCS, trabalhávamos 6horas e hj trabalhamos 8horas pra ganhar 880,00, não é nem um salário mínimo, aí vem a prefeitura dizer que dá um abono e que por isso ganhamos um salário mínimo, mas na primeira falta, retiram essa abono, pq que eu saiba abono não é salário. Os professores pode até ganhar bem, mas o apoio ganham muito mal.

Alexandre 22 de março de 2019, 08:21h - 08:21

É claro que ninguém gosta de reforma porque arcamos com perda de direitos a curto prazo. Mas, aqui vale a seguinte reflexão: para um direito existir, obviamente é necessário que existam condições de prover esse direito. Caso a reforma não seja aprovada, é bem provável que futuramente o direito à aposentadoria deixará de existir pela falta de recursos. Além disso, caso a reforma não passe no Congresso, a economia sofrerá tanto a curto e longo prazo, com efeitos negativos sobre o crescimento econômico, desemprego e inflação.

É evidente que alguém poderia dizer que se não tivesse tanta roubalheira, o governo teria mais dinheiro para fechar o rombo. Certamente, mas ainda sim, a diminuição da corrupção não seria suficiente para resolver a questão previdenciária. De outro modo, devemos combater a corrupção e resolver o problema previdenciário – um não exclui o outro.

Garanta sua independência financeira: abra uma conta de investimentos na XP – é de graça!

O déficit da previdência não é uma jabuticaba brasileira, ao contrário, é um problema que afeta a maior parte dos países e uma reforma do sistema é mais que necessária, é urgente. Infelizmente, caso a reforma não seja aprovada, não serão nem os endinheirados artistas contrários à reforma (alô, Wagner Moura!) e nem os grupos de esquerda que irão se prejudicar, mas a população brasileira que irá pagar o pato. Pode apostar!

Denise de Carvalho 22 de março de 2019, 12:27h - 12:27

Pq então não começam a reforma pelos altos salários???? É o assalariado que está quebrando a previdência????? Faz-me rir…

LEVI 22 de março de 2019, 08:03h - 08:03

Ué gente e Volta Redonda o SEPE esqueceu?

VAI VENDO 22 de março de 2019, 07:54h - 07:54

Estão minando com a pouca credibilidade dos professores. O que tem a ver a Reforma da Previdência com as aulas dos estudantes? Depois os professores querem valorização. Depois reclamam que os políticos não fazem nada e a população não os apoiam.

Fernanda Carreiro Alves 22 de março de 2019, 07:31h - 07:31

O vencimento base dos funcionários da educação é de 880 reais. A Paralisação de hoje é pelo cumprimento da data base e CONTRA a REFORMA DA PREVIDÊNCIA! Além de direitos que não são cumpridos : Plano de Carreira, 1/3 de planejamento, concurso público.

Verdade 22 de março de 2019, 06:03h - 06:03

Na boa essa coisa de paralisação na educação é uma coisa que JAMAIS irei concordar, se querem fazer greve que façam de outra forma, pois estão colocando os alunos em desvantagem ao deixarem de fazer o que são pagos ainda mais pelo dinheiro da população. Já não chega tanta alienação em nossa educação agora isso e ainda querem passar a impressão que é justo, não é nada justo, principalmente com os alunos.

Denise de Carvalho 22 de março de 2019, 12:28h - 12:28

Você conhece outra forma de fazer greve?????
Pq eu só conheço essa…

Funcionário de apoio 23 de março de 2019, 16:54h - 16:54

“”Verdade ” Me explica como faz para reivindicar seus direitos sem ser através de uma greve? Se nem recebidos pelo prefeito para encontrar uma solução somos. Se você tem alguma sugestão melhor por favor fica a vontade para nos ajudar.

estamos de olho 21 de março de 2019, 22:47h - 22:47

Guto vc calado é um intelectual de m… Adoro ler seus comentários e percebo como existem pessoas como vc e o vendedor de couve que não possuem embasamento nenhum e ficam a favor ou contra alguma coisa só pelo achismo. Vc deve ter muito dinheiro, ser militar ou político para ser a favor da reforma da previdência do jeito que o governo quer. Faz arminha e prepara rsrrsrsrs

guto 22 de março de 2019, 11:43h - 11:43

Eu sou à favor da Reforma, contudo não sou “a favor da reforma da previdência do jeito que o governo quer” como você escreveu, pois eu sou à favor que os militares apertem mais os cintos!!!

guto 21 de março de 2019, 18:48h - 18:48

O problema é que o sepe é um dos braços do PT, PSTU e do PCdoB, por isso que são irresponsáveis e decepcionam a grande maioria dos professores, que desejam a reforma da previdência!
Todos querem a Reforma da Previdência, pois sem ela o Brasil quebra! Quem não quer a Reforma?! São as pessoas que desejam que o governo Bolsonaro fracasse, ou seja: PT, PSTU, PDT, PSB e PCdoB!
O que dizer daqueles que não querem que o governo federal tenha sucesso na geração de empregos e na recuperação da economia?!!!
Como diria o cientista Albert Einstein (que é desprezado pela esquerda por ser judeu): “Há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana…”. E Einstein não tinha certeza disso para a primeira coisa.

Valmir 21 de março de 2019, 23:01h - 23:01

…..é Guto, reforma da previdência só vai ferrar o trabalhador, a elite politica, judiciaria e os militares continuaram ganhado fortunas..o pobre é que vai se ferrar..parlamentar continua aposentado com OITO anos de “trabalho “duro”, NÂO é porque o PT saqueou o brasil que agora todos tem que ficar quieto enquanto o trabalhador se ferra. NÃO SOU DE ESQUERDA mas não sou obrigado a concordar com essa reforma que na pratica torna quase impossivel a a aposentadoria. Tirar dos pequenos e fácil,m quero ver tirar dos grandes;;;

Fernanda Carreiro Alves 22 de março de 2019, 07:34h - 07:34

O SEPE é um sindicato que está nas ruas desde 1977 defendendo escolas públicas de qualidade. NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA e VAMOS LUTAR PARA NÃO PERDER DIREITOS!

Alexandre 22 de março de 2019, 08:19h - 08:19

A reforma da previdência divide a opinião de muita gente. Infelizmente, muitas pessoas são contra a reforma sem ao menos entender por que a mudança do sistema previdenciário é vital para o país a médio e longo prazo, principalmente para a população mais pobre.

Lamentavelmente, a maioria das pessoas contrárias à reforma da previdência segue clichês, “#hashtags” ou opiniões de celebridades que não entendem absolutamente nada de economia e finanças.
O problema é que o sistema foi desenhado baseado numa expectativa de vida menor das pessoas. No entanto, hoje esses limites ficaram muitos baixos, dado que a expectativa de vida aumentou significativamente (45,5 anos em 1940 contra 75,5 anos em 2015). Em outras palavras, o aumento da expectativa de vida das pessoas trouxe uma consequência econômica para o sistema previdenciário: a sociedade tem de sustentar o aposentado por mais tempo.

O ponto central é que os limites de idade desenhados no passado para sustentar as aposentadorias não condizem mais com a realidade atual do Brasil. Sem contar que, em parte, o sistema é deficitário devido à existência de aposentadorias exorbitantemente altas no funcionalismo público comparativamente aos trabalhadores do setor privado.

É evidente que todo mundo gostaria de um mundo em que as pessoas se aposentassem aos 40 anos e todo mundo tivesse dinheiro para fazer tudo: morar, comer bem, se vestir, viajar, cuidar da saúde, etc. Um mundo de abundância de recursos, sem esforço, sem trabalho e sem sofrimento. Infelizmente, este mundo não existe porque no mundo real os recursos são escassos e as necessidades, ilimitadas; obrigando a sociedade a fazer escolhas.

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