Servidores do Degase dizem que avisaram direção sobre fatos que levaram à rebelião

by Diário do Vale

Volta Redonda –  O presidente do Sindicato dos Servidores do Degase (SindpDegase), João Luiz, disse que  antes da rebelião que ocorreu na última segunda-feira, 03, os servidores já vinham relatando diversos problemas graves, que, no entendimento do sindicato, contribuíram para a crise no local. Ele disse que, após sucessivas ingerências do Ministério Público e do Poder Judiciário na unidade, os internos começaram a mudar o comportamento, agindo com hostilidade diante dos agentes.

– Os menores começaram a combinar histórias fantasiosas e, até mesmo, chegaram a provocar lesões uns nos outros, como forma de tentar incriminar os funcionários e, com isso, ganharem a piedade e a liberdade do Judiciário. Antes mesmo da devida apuração dos fatos, foi pedido o afastamento de três agentes da unidade – lamentou João Luiz.
Os servidores, lembrou o representante do sindicato, relataram ainda grande dificuldade no registro de ocorrências policiais por atos infracionais cometidos dentro das unidades.  Durante a visita a unidade, o representante do Sind-Degase disse que viu o rastro de destruição ocasionada na recente rebelião.

– Após o fato, 51 internos foram identificados como participantes dos atos infracionais. Vinte e um internos, já maiores de idade, foram transferidos para o sistema penitenciário, onde responderão por atos praticados durante o cumprimento da medida socioeducativa. Os outros trinta internos, estes menores de idade, foram transferidos para o Educandário Santo Expedito, para que não possam articular nova rebelião e expor a vida dos servidores e demais internos. No dia do fato, 176 internos cumpriam medida na unidade, que tem capacidade para 90 menores infratores e jovens adultos de até 21 anos de idade – esclareceu.

Outra queixa dos agentes de segurança, alertou João Luiz, foi em relação a falta de materiais operacionais (algemas e rádios comunicadores, gerador de eletricidade) para realizarem o trabalho de forma, segundo ele, segura. Ele reclamou também  do baixo efetivo de funcionários. Além disso, o presidente do sindicato informou que a unidade conta com apenas uma viatura para atender cerca de vinte e cinco comarcas, o que prejudica muito o trabalho das equipes de escolta e condução.

You may also like

6 comments

Eric Alves 12 de setembro de 2018, 10:00h - 10:00

País corrupto em todas as instâncias do poder, legislativo, executivo e judiciário. O executivo mete a mão no recurso o ministério público e tribunais de contas, estranhamente, nada percebe, o judiciário ao receberem demanda contra seus pares (poderosos) dão suas sentenças em favor dos políticos, mesmo conta a constituição, como é o caso do Rio de Janeiro, onde os servidores do DEGASE estão desde 2013 sem, ao menos, a reposição constitucional da inflação, num, já defasado salário, onde ganhando, devido a especificidade do serviço realizado, mais que o agente da Seap e hoje, ganhamos a metade. Unidades superlotadas, um judiciário que fecha os olhos aos crimes da administração pública, um executivo que não trabalha para evitar o ingresso dos nossos adolescentes no mundo do crime, com políticas de distribuição de renda e educacionais falidas, quando existem, e sociedade, cada vez mais, dada a leniência com a desordem e o excesso de direitos sem responsabilidade que é dado aos nossos jovens, os levam para o interior das unidades desumanas em estruturas, em condições de transformação, pois, o adolescente, não pode trabalhar e em pouco tempo retornam ao meio criminoso que vivia. Logo o sistema, parece existir, não para recuperar, mas, para tornar marginal, tanto o adolescente quanto o agente que faz das tripas coração para tocar esses sistema falido, sofre, se decepciona, está em constante risco de vida e no final, quando todos os que podiam e teriam que fazer por força de suas funções públicas, falham, o agente quem leva a culpa, mesmo fazendo reiterados alertas as autoridades.

Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do RJ 11 de setembro de 2018, 09:17h - 09:17

Sugiro q em matérias e reportagens sobre o tema o jornal ouça também organismos de direitos humanos, como o Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro, Conselho Eatadual de Direitos das Crianças e dos Adolescente, Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública etc. É um problema grave e que exige medidas complexas.

Eliezeu gomes 11 de setembro de 2018, 01:04h - 01:04

Os jovens estao cumprindo medida socio educativa num ambiente superlotado com falta de agua dormindo no chao frio nao e de admirar q nao se recoperem e se tornem traficantes amanhã. Pai sem puslso para segurar filho de 16 em casa.

falei 9 de setembro de 2018, 21:51h - 21:51

Tinha que mandar os funcionarios sairem e soltar uma bomba e matar todos esses menores coitados

Cidadão honesto 9 de setembro de 2018, 18:33h - 18:33

Absurdo total a inversão de valores, os criminosos são tratados como coitadinhos e os funcionários públicos, como bandidos!

Eliezeu gomes 11 de setembro de 2018, 00:55h - 00:55

Senhor cidadao honesto nao é vc q esta preso dormindo no chao frio com falta de agua cumprindo medida sócio educativa meu filho esta la cumprindo 6 meses por receptação so pq estava de carona no carro clonado é a justiça do brasil do forum de barra mansa juiza ana.

Comments are closed.

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996