Consultório na Rua leva atendimento humanizado à população em situação de vulnerabilidade em BM

by Diário do Vale

Os casos, atendidos em sua maioria, reúnem uma série de fatores, entre eles, o rompimento dos vínculos familiares – foto: Chico de Assis.(PMBM).

Barra Mansa- O que há por trás dos casos  que envolvem pessoas em situação de vulnerabilidade social e que optam pela rua como moradia? Desemprego? Consumo de drogas? Exclusão social?

Segundo a equipe do Consultório na Rua, que integra a rede de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, os casos, em sua maioria, reúnem uma série de fatores, entre eles, o rompimento dos vínculos familiares. Conforme explica o coordenador do Programa, André Lacerda, essas pessoas vivem cada momento de forma específica, porém,  o dia a dia é cercado do estigma da sociedade, que os classificam de maneira pejorativa e prefere torná-los invisíveis.  “Nós, do Consultório na Rua, trabalhamos com a  abordagem deste grupo populacional, de segunda à sexta-feira, a partir das 8 horas, e oferecemos atendimentos médicos, enfermagem, psicologia, assistência social, terapia ocupacional, dentista, vacinação e atividade física – detalhou Lacerda.

Uma das pessoas que recebe sistematicamente a abordagem da equipe do Consultório na Rua é E.M, 38 anos. Açougueiro e desempregado há anos, ele está em situação de rua há pelo menos 16 anos, mas não esconde seu desejo de mudar de vida.

Durante o dia, para garantir seu sustento, E.M lava carros na Avenida Beira Rio. “Quero mudar de vida e recuperar o convívio com a minha família”, disse.

Quem também enfrenta a situação de vulnerabilidade social é M.A, de 51 anos. Ela revelou que, embora tenha uma casa em Seropédica, preferiu as ruas de Barra Mansa como moradia. “Não gosto de solidão. Lá eu ficava muito sozinha, enquanto aqui, eu faço meus crochês e tricôs e coleto materiais recicláveis para garantir a minha alimentação”.

Questionada sobre o uso de drogas, M.A, disse que gosta de uma cachaça e de fumo de rolo.

CONSULTÓRIO NA RUA

A principal função do Consultório na Rua, de acordo com o secretário de Saúde, Sérgio Gomes, é cuidar da parte clínica das pessoas em situação de vulnerabilidade.

– O atendimento humanizado é a porta de entrada para a garantia de direitos desses cidadãos, como marcação de consultas e atendimentos clínicos, especialistas, pequenas cirurgias, exames de alto custo, curativos, vacinas, abordagem na rua, atendimentos odontológicos e psicológicos. A parceria com a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos garante higienização e abrigo 24 horas, no Asilo do bairro Siderlândia – detalhou o secretário.

A equipe do Consultório na Rua é composta por um enfermeiro, um técnico de enfermagem, um psicólogo e um educador físico. O programa está dentre as especificidades da estratégia Saúde da Família e foi criado para que os cidadãos em situação de rua consigam romper a barreira do preconceito, garantindo assim a equidade no acesso aos direitos fundamentais. A média de atendimentos realizados chega a 30 abordagens por dia.

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