Fórum discute prevenção e atenção à dependência Química

Por Diário do Vale

Volta Redonda – Cerca de 300 pessoas participaram neste sábado, dia 21, do I Fórum de Atenção e Prevenção à Dependência Química promovido pela diocese de Barra do Piraí – Vota Redonda na igreja Nossa Senhora das Graças, em Volta Redonda. Há dois anos uma comissão foi criada para elaborar um plano de ação que contemplasse a realidade de todas as comunidades diocesanas em relação ao avanço do uso de drogas. O tema foi apontado em diversas formações que reuniram representantes de diferentes paróquias, sempre afirmando que a dependência química é hoje um dos principais problemas que afetam a família e a vida em comunidade.

Foram meses de seminários locais ouvindo os diferentes contextos existentes na diocese. Após essa coleta de dados, a equipe finalizou uma cartilha que vai direcionar o trabalho conjunto entre diversas pastorais e movimentos para o enfrentamento às drogas e a assistência às famílias e dependentes químicos, como explicou o padre Gildo Nogueira, um dos membros da comissão.

-Esse fórum vem para buscar responder a necessidade que temos ao drama que vive a nossa sociedade, família e pessoas envolvidas com as drogas. A dependência é um sofrimento grande nas famílias pelo uso em si, mas também pelas prisões, roubos e assassinatos de pessoas envolvidas com isso – esclareceu, padre Gildo.

 

Números da droga

De acordo com estudos do projeto, em outros países ficou comprovado que quando o investimento é realizado no âmbito educativo e da prevenção, a incidência de crimes e a dependência química diminui consideravelmente. O Relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) apontou que em 2015 cerca de 250 milhões de pessoas usavam drogas, com idades entre 15 e 64 anos. Dessas, cerca de 29,5 milhões de pessoas – ou 0,6% da população adulta global – usam drogas de forma problemática e apresentam transtornos relacionados ao consumo de drogas, incluindo a dependência.

-A prevenção e atenção à dependência química dependem muito do poder público. Então a gente vai levar ao conhecimento do poder público as propostas que saírem do fórum. Vamos procurar os governos dos 12 municípios que compõem a diocese e aquilo que for de responsabilidade dos governos do estado e federal. Uma equipe será criada especificamente para dar continuidade ao que for encaminhado pelo fórum. Outras cidades do mundo já conseguiram reduzir a dependência química por causa do envolvimento inteiro do poder público em ações e atividades para os jovens. Envolvimento os pais com a escola, com os alunos, porque isso provoca uma mudança de relação dos pais com os seus filhos, presença em casa, acompanhamento dos seus filhos… – disse padre Gildo.

 

Igrejas

A dependência química não é uma preocupação recente na diocese, há anos grupos como a Pastoral da Sobriedade, Alcoólicos Anônimos (AA), Narcóticos Anônimos (NA), entre outros, estão presentes nas comunidades atendendo não só a católicos mas qualquer pessoa que precisa de ajuda. Com a proposta apresentada no fórum o que se espera é que esses grupos trabalhem em sintonia, como explicou o representante da Pastoral da Sobriedade Edson Ribeiro, o Edinho.

-Nós precisamos fazer rede. A gente está buscando esse diálogo, que é fundamental, entre todos esses segmentos que trabalham em favor da vida para que a gente possa fazer uma rede forte. E fazer com que todos aqueles que são excluídos e marginalizados possam ter um olhar de esperança – esclareceu.

O bispo diocesano, dom Francisco Biasin reforçou que o projeto é animado pela Igreja Católica, mas aberto para todas as igrejas e religiões.

-Queremos a partir desse fórum dar atenção às pessoas que passam por esse sofrimento. Ouvir o grito que vem do nosso povo, jovens, famílias, mães que perdem seus filhos…acolher essas pessoas dentro dos nossos espaços eclesiais e mais: nos abrir para parcerias com outras instituições religiosas e governamentais. O combate à droga, a prevenção e o resgate da dignidade e da vida daqueles que caíram na droga é preciso fazer juntando todas as energias da sociedade. A Igreja se coloca como parceria motivadora, animadora para que esse trabalho alcance um objetivo maior. Trabalhar juntos é muito mais importante e alcança resultados muito maiores do que colocar nossas forças sozinhos – finalizou.

 

Tema foi apontado como um dos principais problemas que afetam a família e a vida em comunidade (Credito) : Assessoria Cúria Diocesana

 

 

 

 

 

 

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1 Comentário

guto 22 de julho de 2018, 16:18h - 16:18

No governos petistas de Lula-Dilma houve desvio de milhões de reais para ONGs inescrupulosas, que não amparavam nem combatiam a dependência química dos viciados, contudo iniciativas como a “Fazenda da Esperança”, ligada à Igreja Católica, que realizam um trabalho excelente tirando centenas de pessoas da dependência das drogas, foram desprezadas pelo governo comunista do Lula e de seus companheiros!
Como diria o jornalista Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”…

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