Itatiaia – O delegado titular da 99ª DP (Itatiaia), Vicente Maximiliano, investiga o assassinato de Raplhaele Cristina, de 25 anos. O crime foi domingo (25), na localidade conhecida como Vale do Ermitão, em Penedo.
A vítima apresentava ferimentos na cabeça. O delegado explicou que as investigações ainda estão muito no início, para se fazer uma afirmação sobre motivo do assassinato da jovem.
– O feminicídio, porém, é uma das possibilidades, sim. Considerando que o motivo do crime pode ter sido passional, a policia tem sempre que explorar a possibilidade de feminicíidio – disse Maximiliano.
O policial instaurou inquérito para apurar o crime e está registrando depoimentos de testemunhas.
O Dossiê Mulher 2018, publicado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), mostra que as mulheres continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de estupro (84,7%), ameaça (67,6%), lesão corporal dolosa (65,5%), assédio sexual (97,7%) e importunação ofensiva ao pudor (92,1%).
Boa parte dos crimes contra as mulheres que ocorrerem no Estado do Rio de Janeiro é cometida por pessoas com algum grau de intimidade ou proximidade com a vítima: são companheiros e ex-companheiros, familiares, amigos, conhecidos ou vizinhos.
Os dados mostram que, em relação à Lei Maria da Penha, mais da metade dos casos das lesões corporais dolosas (65,5%) e ameaças (60,7%) foram classificados como violência doméstica e familiar. Em outubro de 2016, o banco de dados da Polícia Civil passou a contar com a variável feminicídio em seu banco de dados. Portanto, a edição de 2018 é a primeira a apresentar dados de feminicídio referentes a um ano completo, o de 2017.
Das 68 mulheres vítimas de feminicídio em 2017, 57,4% tiveram como acusados os companheiros ou ex-companheiros, e 52,9% foram vítimas de feminicídios que ocorreram no interior das residências. Em média, no ano de 2017, foram registrados cinco feminicídios e 15 tentativas de feminicídio por mês em todo estado do Rio de Janeiro.