Morre no Rio o radialista Washington Rodrigues, “Apolinho”

Lenda do rádio, estava em tratamento de um câncer e teve a sua partida lamentada por personalidades e colegas de trabalho

by bruno reis

Apolinho é considerado um dos maiores radialistas e comunicadores de todos os tempos – Reprodução

Rio de Janeiro – Morreu na noite de quarta-feira (15), no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, no Rio, onde tratava de um câncer, o radialista, apresentador e cronista esportivo, Washington Rodrigues, mais conhecido como Apolinho, de 87 anos.

Apolinho é considerado um dos maiores radialistas e comunicadores brasileiros de todos os tempos.

Há 25 anos ele apresentava o programa Show do Apolinho na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro, atração tradicional e de grande audiência. Ele também assinava a “Palinha do Apolinho”, no programa Giro Esportivo, além do quadro “Geraldino & Arquibaldos”, expressões que ele mesmo inventou e também participava de outras atrações da rádio.

O radialista também trabalhou em outras emissoras de rádio carioca como Globo e Nacional junto de profissionais de destaque como José Carlos Araújo, Eraldo Leite e Luiz Penido.

Apolinho já treinou o Flamengo

Uma infeliz coincidência fez com que a sua partida fosse anunciada quando o Flamengo, time ao qual ele era apaixonado, ainda estava em campo no Maracanã durante a partida contra o Bolivar, pela Copa Libertadores.

Em 1995, quando o rubro-negro vivia um momento de crise no ano do seu centenário, Apolinho foi ‘convocado’ pelo então presidente Kléber Leite, para ser treinador da equipe profissional que tinha craques como Sávio, Romário e Edmundo.

Naquela época ele comandou o time em 26 jogos, conquistando 11 vitórias, oito empates, sete derrotas e foi vice-campeão da extinta Supercopa da Libertadores. Alguns anos depois ele retornou ao rubro-negro como diretor técnico.

Apesar da forte ligação com o time da Gávea, Apolinho era muito respeitado por torcedores e admiradores de todos os clubes do Rio de Janeiro.

Colegas de profissão e personalidades lamentam a morte de Apolinho

A morte de Apolinho foi lamentada por colegas de profissão e outras personalidades que acompanhavam o seu trabalho.

Em um post nas suas redes sociais, o jornalista Eraldo Leite homenageou o amigo.

“Gostava tanto da vida e do trabalho no Rádio que nunca se entregou, mesmo diante deste adversário cruel, o câncer. Foi vencido. Apolinho Washington Rodrigues, sobre quem a gente precisa escrever um livro pra conseguir o descrever com perfeição, foi exemplo para todos nós, sempre com uma palavra de conforto para quem se sentia triste, e um brado de ânimo para quem sofresse uma desilusão. Com sua verve bem humorada, tinha sempre uma grande “tirada” pra suavizar qualquer ambiente mais pesado. Vá em paz, querido Velho Apolo”, disse Eraldo

Quem também falou sobre a morte de Apolinho foi o radialista Oscar Nora, considerado um dos melhores profissionais do rádio da região Sul Fluminense e que recordou de alguns momentos junto ao radialista carioca.

“Há muitos anos eu narrei uma partida que o time máster do Botafogo fez contra o Central de Barra do Piraí, na qual o Apolinho era o comentarista e que foi um jogo muito emocionante. Na época o time alvinegro tinha o Garrincha já no fim da sua jornada. Também estive com o o Apolinho e o Luiz Penido em outros momentos como uma Copa América e nos encontrávamos, algumas vezes em jogos no Maracanã. Ele era uma pessoa muito boa, correta e amável, eu estou muito triste com a passagem dele”, falou Nora.

A diretoria da Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ), em nota no seu site oficial, também lamentou a partida de Apolinho, que era associado da entidade desde 1970.

Apolinho deixou três filhos, sete netos, e uma infinidade de fãs e admiradores.

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