Neste final do mês as duas principais novidades no cinema são a sexta Missão Impossível, do Tom Cruise, e o novo filme policial com a Tatá Werneck. Só mesmo a Tatá para tentar competir com um filme de ação hollywoodiano e seus milhões de dólares de efeitos especiais. “Missão: Impossível – Efeito Fallout” recupera alguns dos elementos da série original. Como a existência de uma equipe, que trabalha junto com o super-agente Ethan Hunt (Cruise), os ajudantes agora são Ving Rahmes e a bonita Rebecca Fergusson, que fez aquela astronauta do “Vida”.
Já “Uma quase dupla” é a versão brasileira de uma fórmula que já foi usada até o esgotamento pelo cinema americano. O da dupla de policiais com temperamentos opostos, que precisa se unir para elucidar um crime. O exemplo mais famoso é a “Máquina Mortífera”, que fez sucesso nos cinemas com o Danny Glover e o Mel Gibson e virou série de televisão. A proposta é de uma comédia inofensiva, com Tatá Werneck e Cauã Reymond tentando se entender, enquanto perseguem um assassino misterioso na pacata cidadezinha de Joinlândia.
Werneck está todos os dias na televisão, fazendo anúncios publicitários e interpretando a Lucrécia da novelinha medieval, “Deus salve o rei”. O problema é que a novela termina amanhã, com o enforcamento da Bruna Marquezine. E assim que “madame Cai-cai” estrebuchar na forca a Tatá vai estar temporariamente de férias. Daí a aposta no filme para mantê-la sob os olhos do seus fãs. Comediante nata, a atriz está tentando conseguir seu espaço no cinema humorístico nacional, competindo com a senhora absoluta do gênero, a Ingrid Guimarães. Há espaço para as duas e tomara que dê certo.
“Uma quase dupla” é um daqueles filmes nacionais que parecem ter sido criados especialmente para serem exibidos na sessão da tarde. Junto com os anúncios de bateria também estrelados pela Werneck. Já “Missão: Impossível – Efeito Fallout” é um filme típico para a Tela Quente, só para nos mantermos dentro do universo global. A trama é uma continuação do “Missão: Impossível – Rogue Nation” de 2015 e envolve o roubo de uma carga de plutônio pelos remanescentes do grupo terrorista derrotado pelo nosso herói no filme anterior.
Na verdade o termo “fall out” é uma denominação que se dá a poeira radioativa produzida pelas explosões atômicas na atmosfera. Como sempre, se Ethan Hunt não aceitar aquela missão, da pasta que vai se autodestruir em cinco segundos, o mundo enfrentará uma catástrofe nuclear. Henry Cavill, que costuma fazer o Super Homem nos filmes da DC Comics e já foi o Agente da Uncle, interpreta um assassino da CIA que tenta matar o herói. Por sinal um dos pontos altos do trailer é uma luta entre Cruise e Cavill que simplesmente põe abaixo um banheiro público.
Tom Cruise costuma se gabar de fazer todas as proezas da serie. Neste último filme ele se pendurou debaixo de um helicóptero e caiu da cobertura de um prédio. Dizem que fraturou o pé na façanha. Outra característica de uma “Missão Impossível” são as locações exóticas que aqui incluem os penhascos vertiginosos da Noruega e a cidade de Paris, que sempre fica linda nesse tipo de filme.
A ação também inclui um salto de para quedas, de altitude elevada com abertura retardada, conhecido como Halo, que o James Bond já fez varias vezes. No filme a denominação é traduzida de modo errado, como Grande Altitude e Baixo Oxigênio. O correto é Grande Altitude e Baixa Abertura, onde o paraquedista retarda a abertura para escapar do radar inimigo. Mas são pequenas minúcias que ninguém vai perceber em meio às acrobacias com carros, motos e helicópteros.
Morra de inveja Tatá!
Por: Jorge Luiz Calife – [email protected]